Mozart Soriano Aderaldo - 22 de Abril, Nasce o Historiador Conservador de Mombaça
Mozart Aderaldo (Tribuna do CE, 1988) |
Origem e Estudos
No Colégio Cearense,
onde começou seus estudos, teve o reforço da educação católica, que vinha da família.
Por toda a vida defendeu o culto cristão, austero, condenando a “indecência”,
os novos costumes, que iam em desencontro aos ensinamentos da Bíblia, não
admitindo, por exemplo, homens de cabelos compridos. Depois foi para o Liceu do Ceará, de estilo
agnóstico, sendo ali onde adquiriu sua paixão pelas letras, com os ensinamentos
do Professor e filólogo Martinz de Aguiar, de quem herdaria a cadeira 19 (patrono José Albano) na
Academia Cearense de Letras. Portanto, uma pessoa de formação conservadora,
ainda que de fortes amizades com os socialistas.
Professor e Historiador
Professor Administração
da UFC, advogado, servidor público, jornalista e escritor; imortal da ACL, da
qual foi presidente, assim como do Instituto do Ceará; membro do grêmio
literário Clã, que contava com talentos como Antônio Girão Barroso, João
Clímaco Bezerra e Otacílio Colares, Mozart foi um grande defensor do patrimônio
Público e pesquisador sobre o Ceará, autor do célebre livro “História Abreviada
do Ceará” (1974), e responsável pelas anotações do primeiro livro de História do
Ceará, “Esboço Histórico do Ceará” (Pedro Theberge, 1869), na sua segunda
edição, de 1973, e do “Diário de Matias Beck”.
Prefeito
Medalha Rotary Ceará |
Em 1939, por
indicação do interventor federal Menezes Pimentel, foi prefeito de Senador
Pompeu (CE) por quase dois anos, pedindo demissão, segundo o próprio, para
terminar, na capital cearense, o curso de Direito iniciado no Rio de
janeiro. Após passagens pela assessoria jurídica da Secretaria de Agricultura,
conselheiro do Tribunal de Contas do Ceará e Juiz do trabalho, foi secretário
de Administração no Governo Virgílio Távora, além de governador do Distrito 450
do Rotary Clube Internacional e diretor da Imprensa Oficial.
Praça do Ferreira, a Paixão
Publicou “A Praça”
como forma de protesto contra a demolição da Praça do Ferreira, o coração da
cidade, em 1969. Parecia acertar, pois, fisicamente, foi, segundo os seus
frequentadores mais antigos, a mais feia. Sua última reforma partiu da gestão
do prefeito Juraci Magalhães, tentando resgatar a sua maior lembrança, a Coluna
da Hora.
Cidadão
Como jornalista, foi
redator, repórter e correspondente de vários jornais e revistas nacionais. De prêmios,
ainda, recebeu, entre outras, as Medalhas Boticário Ferreira, José de Alencar,
Centenário do Instituto do Ceará, Mérito Cívico e Barão de Studart. Um ano
antes do seu falecimento, em 25 de junho de 1995, foi agraciado com o troféu Sereia
de Ouro, do Grupo Edson Queiroz. E pelas mãos do vice governador Castelo de
Castro, da sua Mombaça, recebeu, em 1980, o título de Cidadão do Estado do
Ceará.
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