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Mostrando postagens de 2016

Paraipaba CE - 1964: As Águas Levaram o Velho Tigre

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  Águas destruíram a Velha Paraipaba A antiga Passagem do Tigre (depois apenas Tigre), fundada por Manuel Simplício Damasceno, de origem pernambucana e vindo de Canindé, sempre enfrentou as dificuldades e consequências das chuvas nos períodos invernosos. A principal data do ano de 1964, quando a velha cidade, à beira do rio Curu (hoje seco), foi destruída pelas águas. Haveria de ser construída uma nova Paraipaba. Governador Figueiredo Correia lidera a comitiva, pelo rio Curu.  Conforme o jornal Gazeta de Notícias, de 18 de abril daquele ano, o governador interino, Figueiredo Correia, e os secretários de Agricultora e do Trabalho, além do prefeito, Francisco Batista de Azevedo, sobrevoaram as áreas atingidas. Em terra, seguiram de canoa, a partir de Poço Doce, rio acima até a sede. A população perdeu os seus imóveis e se acomodou no hoje bairro de Monte Alverne (Mont’Alverne). Ainda contra a vontade de alguns, uma verdadeira operação solidária, à frente o bispo D. José de M

Ferroviário Atlético Clube - Pantheon das Oficinas

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RVC - Panteon do Esporte Cearense ( O Jornal, 18 de julho de 1958) Texto: Alencar Benevides. Fotos: Byron Araújo  Nas Demóstenes Rockert trabalham craques que já brilharam em gramados brasileiros - O Ferroviário nasceu de uma fusão de Matapasto com Jurubeba – Uma visita ao Museu dos Vivos.  Os romanos da antiguidade tinham um templo no Campo de Marte para culto a todos os seus deuses, a quem eles chamavam de Pantheon. Também os gregos honravam a memória dos seus antepassados num templo com o mesmo nome. Aqui, em Fortaleza, o engenheiro Demóstenes Rockert construiu as oficinas do Urubu, para mais tarde transformá-las em Pantheon do Futebol Cearense. A nossa reportagem teve a oportunidade de visitar as Oficinas da RVC, onde encontrou uma legião de antigos jogadores , que como os deuses dos romanos e os antepassados dos gregos foram ídolos do povo. A RVC e o Futebol Cearense  A nossa rede ferroviária contribuiu, sem dúvida, para o lugar de destaque que ocupa no

1977: Padre Confirma Fenícios no Ceará

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Jornal Correio do Ceará, 5 de novembro de 1977. Os Fenícios  Estiveram Mesmo  nos Sertões do Nosso Ceará Reportagem: Alberto Banhos. Fotos: Geraldo Oliveira. Pe. Patrício e uma pedra com inscrição fenícia.   O padre José Patrício de Almeida, antigo vigário de Boa Viagem CE, onde nasceu em 1906, estudioso da história das civilizações, especialmente oriental, especialmente a fenícia, e do Brasil, continua no seu duro labor de pesquisar, visando única e exclusivamente orientar os jovens, esclarecer o povo. Convicto de que os fenícios, em priscas eras estiveram de fato no Brasil e mais precisamente no Ceará, baseia-se seus fundamentos nas inscrições em pedras. Após anos e anos de estudos, não tem mais dúvidas de que suas observações são precisas. As Primeiras Descobertas  Padre Patrício passou a interessar-se pela história dos fenícios  ao ouvir, no interior, histórias de agricultoras sobre letreiros de índios gravados em pedras. Diz ele: “Passei a ler e a ideia d

Trairi - 1957: Deputado pede Emancipação de Mundaú

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Denilson Teixeira, deputado estadual. Jornal Unitário, 7 de julho de 1957 Mundaú. Nada de emancipação 59 anos depois.      Vimos mais uma vez através desta coluna, como intérprete do pensamento dos nossos conterrâneos, comentando sobre a necessidade da criação do município de Mundaú, por considerarmos aquela região praiana um centro de grandes possibilidades econômicas, dada as belezas naturais da terra comum, qualidades essas que bem atestam a boa receptividade daqueles que nos visitam, e, mui particularmente, a boa acolhida que de certo terá da parte dos representantes do povo, na Assembléia, quando pleitearmos a autonomia política. Indústria de sal  Mundaú, velho distrito dos mais populosos, possuidor de uma grande colônia de pescadores, localizado na orla marítima, onde se situa uma indústria de sal, numa zona salineira de franco desenvolvimento, na qual o Sr. Cassemiro Montenegro & Filhos, importante firma do comércio local, faz a exportação do produto em lar

Abrigo Central - Acrísio Moreira da Rocha, o "Prefeito do Povo"

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Abrigo em Obras (Gazeta de Notícias)  Naquela manhã, feriado de 15 de novembro de 1949, diante da tradicional brisa da Praça do Ferreira, os apaixonados pela cidade presenciaram a inauguração de mais um monumento da capital alencarina. Na quadra norte do logradouro, o Abrigo 3 de Setembro, o popular Abrigo Central, onde um dia existiu uma vacaria, um complexo comercial com administração terceirizada, marcado por uma arquitetura moderna para a época, abria-se para o fortalezense. Para o prefeito, Acrísio Moreira da Rocha, preenchia uma lacuna, como o ordenamento do transporte urbano. Exageros à parte, como a capacidade de abrigar “quatro mil pessoas”, o imóvel surgia num momento de crescente estabilidade social e comercial, num período em que reinava o populismo político, pelo qual Acrísio preenchia bem o requisito. O Prefeito e sua Praça Ed. José Jereissati em construção, mas com a loja 4400 (Brasileiras) funcionando no térreo. (Arquivo Nirez)  O chefe do executiv

Vandick Ponte - Médico Anarquista, Mestre dos Psiquiatras

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  Dr. Vandick Ponte (O Povo)  Após formar-se, em 1933, o cearense de Sobral, Dr. Vandick Ponte especializou-se em neuropsiquiatria pela Universidade de Columbia (EUA), dedicando-se, ao retornar à sua terra, à psiquiatria, em definitivo, como médico e professor. Desapontado com os trabalhos do único centro de atendimento da área em Fortaleza, o Asilo de Parangaba, segundo ele preconceituosamente denominado de “Asilo dos Alienados”, notabilizou-se pelos esforços, ao lado do colega Dr. Jurandir Picanço, para a criação da Casa de Saúde São Gerardo, fundada em maio de 1935. De um ambiente outrora superlotado e com altas taxas de mortalidade, partiu-se para o gerenciamento de uma unidade descentralizada, aberta, destacando-se pelo pioneirismo na assistência psíquica e humanitária no Norte e Nordeste brasileiro, ainda que de iniciativa privada, comum numa época de abandono às causas sociais, Somente depois da reforma da Previdência, quando surgiram os convênios, voltou-se ao público

Paróquia de Fortaleza - Jornal O Nordeste, 7 de setembro de 1963

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Jornal da Diocese, O Nordeste  Matéria de O Nordeste. Fortaleza, 7 de setembro de 1963 O Siará (forma primitiva de Ceará), durante o século XVI, não deu sinal de vida religiosa. As tribos selvagens que povoavam toda a região cultivavam suas divindades, com seus ritos. Muitos anos transcorreram para que fosse possível  organizar uma paróquia em Fortaleza. Supõe-se que em 1671 houvesse uma paróquia em sentido lato, tendo por igreja paroquial a Capela do Forte de Nossa Senhora da Assunção, e por vigário o Padre Francisco Ferreira Lemos, mas não na certeza. Ela, também conhecida como Oratório dos Soldados, teria servido à população como Matriz até 1700. Contudo, à luz dos documentos, há de se considerar a mais antiga das paróquias cearenses a de São José de Ribamar de Aquiraz (1700). Donatários da Capitania  Nos albores do século XVII, pelo interior da Capitania de Antônio Cardoso de Barros desenvolveu-se alguns núcleos de cristandade, como veremos. Seu  território, porém,

Clóvis Beviláqua. Cearense de Viçosa, o Maior Jurista Brasileiro.

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Criador do Código Civil Brasileiro Nasceu em Viçosa do Ceará, 4 de outubro de 1859, filho de Ângelo Beviláqua e Martiniana Maria de Jesus. Estudos, em Sobral, Fortaleza e Rio de Janeiro. Considerado o maior jurista brasileiro, bacharelou-se em 1882 pela Faculdade de Direito de Recife, da qual foi Bibliotecário e, depois, Professor. Proclamada a República, foi Secretário de, governo de Taumaturgo de Azevedo, 1° Presidente do Piauí. Deputado à Assembléia Constituinte, no Ceará. Consultor Técnico do Ministério das Relações Exteriores. Encarregado da elaboração do Código Civil Brasileiro. Jornalista, filósofo, polígrafo. Participou do movimento da Academia Francesa do Ceará. Fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira n° 14, patrono: Franklin Távora), afastando-se quando viu cerceada a possibilidade de sua esposa, a romancista Amélia de Freitas Beviláqua, ingressar na mesma. Detentor de diplomas, medalhas e honrarias, nacionais e internacionais, do mais alto significado. Public

Rock Cearense - O Heavy Metal e suas Origens - 1951 - 1986

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Surgimento do Rock  Depois de mais uma instabilidade política no Brasil, com a morte de Getúlio Vargas, autor de garantias trabalhistas e idealizador da abertura do mercado para as multinacionais, houve um direcionamento para a música internacional, abrindo espaço para as grandes gravadoras americanas, que por estas terras, durante o governo de Juscelino Kubitschek, a partir de 1956, introduziram um arsenal de bandas e músicas que amedrontaram um dos orgulhos nacionais, a música brasileira, na época popularizada pelo samba e bossa nova. Restrito a três gravadoras, RCA Victor, Odeon e Columbia, passou a abrigar outras poderosas, que investiram na novidade, na rebeldia dos jovens, com o rhythm blues, a progressão do rock’n’roll. Bill Haley & His Comets. Começa o embalo  Obviamente que o rock já rolava. Consta que a negra evangélica americana Sister Rosetta possuía um programa gospel de rádio durante as décadas de 30 e 40, tendo como fãs Elvis Presley e Bob Dylan. Era