1977: Padre Confirma Fenícios no Ceará
Jornal Correio do Ceará, 5 de novembro de 1977.
Os Fenícios Estiveram Mesmo nos Sertões do Nosso Ceará
Reportagem: Alberto Banhos. Fotos: Geraldo Oliveira.
Pe. Patrício e uma pedra com inscrição fenícia. |
O padre José Patrício
de Almeida, antigo vigário de Boa Viagem CE, onde nasceu em 1906, estudioso da história das
civilizações, especialmente oriental, especialmente a fenícia, e do Brasil,
continua no seu duro labor de pesquisar, visando única e exclusivamente
orientar os jovens, esclarecer o povo. Convicto de que os fenícios, em priscas
eras estiveram de fato no Brasil e mais precisamente no Ceará, baseia-se seus
fundamentos nas inscrições em pedras. Após anos e anos de estudos, não tem mais
dúvidas de que suas observações são precisas.
As Primeiras Descobertas
Padre Patrício passou
a interessar-se pela história dos fenícios
ao ouvir, no interior, histórias de agricultoras sobre letreiros de
índios gravados em pedras. Diz ele: “Passei a ler e a ideia de índios evoluiu
para fenícios. Graças à leitura das viagens da frota do Rei Salomão adentrando
o Atlântico, interessei-me mais pelo assunto. Divulguei as célebres inscrições
do rio Conceição, que possui semelhanças com o epitáfio do Rei Aquirão. E de
estudo em estudo, já tenho provas relativamente seguras de que essas inscrições
são fenícias. As inscrições na Cordilheira da Borborema, mandadas por Dom Pedro
II a Ernesto Renan também não seriam fenícias? Por que ele não respondeu ao
monarca, sendo chefe de expedição arqueológica e grande estudioso europeu?
Provado o Essencial
Segundo o Padre
Patrício, o essencial já está provado, os fenícios estiveram mesmo no Brasil: “Tenho
em mãos uma pedra, uma pequena estátua encontrada numa lage, em Tanques, que parece
de fornos fenícios, que realmente estiveram aqui. Quem anda pelos rios e
observa as Lages, vê tinta vermelha aqui e ali. Essa tinta era característica
da indústria fenícia. E a Cordilheira da Borborema não fica distante do rio
Conceição. O que faz ver tudo muito distante é a indiferença. A falta de
observação e a ignorância, mais ainda, concorrem para a ausência de estudos
mais apurados. A cabeça moldada em massa que encontrei numa expedição, no alto sertão, já estava
danificada, mas vê-se perfeitamente as marcas dos chefes dos transeuntes...”
Inscrições
Segundo o padre, pedra com estilo fenício. |
A conversa da
reportagem com Padre Patrício objetivou despertar nas autoridades e estudantes
o interesse por questões que sempre preocuparam outras culturas. Por que não
promover pesquisas por parte de universitários? Por que não aprofundar esses
estudos até aqui somente objeto de
estudo de amadores?
Os fenícios
simplificaram os hieroglifos dos egípcios, criaram o primeiro alfabeto, e, como
navegadores experientes, é certo que chegaram a estas plagas. Não no sentido
militar do termo, mas preocupados com o comércio, por isso não demoram aqui,
deixando, porém, sua marca. Esses marcos que precisam ser preservados e
amostras outras transportáveis deveriam estar há muito tempo em museus, uma
forma de fazer cultura muito válida e jamais superada
Biografia: http://www.historiadeboaviagem.com.br/pe-jose-patricio-de-almeida/
.
Comentários
Postar um comentário