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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

Trairi de Nossa Senhora do Livramento - Cadê a Santa?

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Novenário da Santa, finalizando em primeiro de janeiro Boulevard Livramento Havia, no Centro de Fortaleza, uma capela simples, Nossa Senhora do Livramento, cercada por um jardim, cuidado pela Prefeitura, com vista para uma lagoa. A rua adjacente, hoje Barão do Rio Branco, ao lado da Praça Gonçalves Ledo, chamava-se Boulevard Livramento em sua homenagem.  A igrejinha, que era administrada pela Paróquia do Patrocínio (Praça Marquês do Herval, futura José de Alencar), foi construída no Século XIX, em pé de 1850 a 1892, quando, por ordem de Dom Joaquim, paulista, segundo Bispo do Ceará, foi demolida, dando lugar à Igreja do Carmo, cujas obras estiveram sob comando do pároco do Patrocínio, Padre João Dantas F. de Lima.  Sua inauguração ocorreu em 25 de março de 1906, na época do terceiro Bispo do Ceará e primeiro Arcebispo de Fortaleza, Dom Manoel, baiano, o mesmo que mandou derrubar o prédio da antiga Catedral de Fortaleza. Adiante, a partir de 21 de abril de 1915, pa

Eleições 1958 – Partido de JK Decide no Ceará

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 A política dos anos 50 diferencia-se da atual, no País, pela fantasia e ingenuidade da época, contra a capacidade de informação do eleitor atualmente, alimentada pelos avanços tecnológicos e liberdade para a escolha dos candidatos. Naquela época os nomes sufragados nas urnas eram impostos por lideranças políticas, destacando-se a figura dos coronéis, os chefes locais, grandes proprietários de terras, sujeitos cercados pela pobreza dominada, que praticamente se obrigava a eleger uma figura longe da sua representatividade.  Caminhamos eufóricos na marcha pela democracia, a partir de 1982, mas hoje, apesar de os números apontarem crescimento na educação brasileira, permanecem os vícios, a cultura do “cabresto”, numa evidência de que o eleitor continua se apegando aos ideais conservadores, votando em candidatos ricos, num sonho vago de que, quem sabe, possa se beneficiar futuramente dessa aproximação. É o que vemos no interior, onde o “chefe” apresenta o seu candidato e o povo o segue

Edifício Pimentel - Entre Jacarecanga e o Centro de Fortaleza

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Anúncio do edifício residencial (Unitário, 1/2/1959) Construído pelo engenheiro Almir Macedo de Mesquita, no Centro de Fortaleza, foi inaugurado em primeiro de janeiro de 1959, por Moisés Santiago Pimentel (dono da Siqueira Gurgel e da Radio Dragão do Mar), onde residiu. Segundo propaganda no jornal Unitário, em fevereiro de 1959, possuía apartamentos “luxuosos, confortáveis e com água abundante”. Na sua cobertura, seu proprietário fez grandes festas, como as de dezembro.  Localização: rua Pedro Pereira com Princesa Isabel.  A fábrica de óleo, cera e sabão Siqueira Gurgel ficava na Av. Bezerra de Menezes, onde hoje se localiza o hipermercado Bompreço.  Outros moradores daquela zona central, a grande Jacarecanga: família Filomeno Gomes, Nobre, Menezes Pimentel (interventor do Estado), Fernando Leite (Reitor da UFC), Jader de Carvalho, Prof. Caio Lossio Botelho, Dr. Jozino da Costa (advogado) e Alfredo Salgado. A cor original desta placa era vermelha Fevereiro de

Padre Tomás Féliu Amengua - O Jesuíta de Trairi

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Pe. Tomás, defensor dos pobres  No Brasil da Ditadura Aos 36 anos, ele desembarcou no aeroporto do Rio de Janeiro, três primaveras após a sua ordenação na cidade natal, Palma de Mallorca, Espanha, no mesmo local onde o patrono dos jesuítas se converteu (Santo Afonso Rodriguez iniciou como porteiro da Igreja de Montesión, foto). Aquele encanto turístico, berço de notas românticas e cartão postal do mundo, contrastava com a missão do jovem jesuíta, já de passagem por Cuba e El Salvador, um convívio social e entre os povos carentes da América Latina, não importando se a devoção se voltava ao magistério ou à religiosidade. Em Solo Cearense  Três meses depois, adentrou ao Seminário da Prainha, em Fortaleza CE, onde, naqueles bancos centenários, tantos notáveis se sentaram, indo ter com o seu superior, Dom Miguel Fanelón Câmara, Bispo Auxiliar de Fortaleza, de quem recebeu o ofício de comandar a Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, em Trairi CE, que estava sem pároco of

Índios do Ceará – 7 de fevereiro, Dia Nacional de Luta dos Povos Indígenas

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 No Ceará, eles já foram incontáveis heróis, felizes pelo abandono alheio, livres, tendo a terra como irmã. Hoje a esperança os faz existir, embora poucos, em torno de 21 mil índios, pelo menos (dos 900 mil do Brasil), divididos em onze etnias: anacé, tremembé, tapeba, pitaguary, jenipapo-kanindé, kanindé, kalabaça, paiacu, kariri, tabajara e potyguara, tendo como Nações Tupis, Kariris e Tapuias, todas em constante processo de lutas pela sobrevivência, ante a ganância dos brancos pelas suas terras. Índios Tapebas e Pitaguarys unidos por seus direitos  Documentos mostram que o então Siará Grande passou a sofrer invasão do branco europeu a partir do final do Século XV, na mesma época em que Colombo chegou ao nosso continente. Franceses, holandeses e espanhóis não apenas avistaram como desembarcaram em sua costa, como tiveram contato com os índios, fazendo trocas de gêneros materiais, em busca de madeira e prata. Os franceses foram além, subindo a serra da Ibiapaba, onde sociali

JK, 60 Anos de Brasil. 01 de fevereiro 1956 - Jornal O Globo

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Juscelino assume a Presidência prometendo fazer 50 anos em 5 JK no parlatório. Promessa cumprida. Acervo O Globo A vida política brasileira vinha de uma série de tumultos, como o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e o ataque de coração que impediu Café Filho de completar o mandato, quando Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 53 anos, venceu as eleições de 3 de outubro de 1955. A aliança PSD-PTB e o apoio dos comunistas deram a Juscelino mais de um terço dos votos, vitória desafiada por rumores de golpismo e manchetes virulentas na imprensa conservadora. Era um mineiro simpático de sorriso largo, médico de formação e democrata por convicção. Assim que tomou posse no Palácio do Catete - cercado por uma multidão que fora ver o novo presidente, como noticiou O GLOBO -, em 1º de fevereiro de 1956, suspendeu o estado de sítio e a censura e deu início a uma era de euforia desenvolvimentista inédita no Brasil, estampada em seu Plano de Metas, sintetizado no slogan "50 ano