Profetas da Chuva - De 1603 a 2024. Secas e Chuvas no Ceará


 Histórico dos Profetas


Foto 23/04/1924. Sangra o Cedro pela primeira vez.
É comum, desde a chegada dos seus primeiros habitantes, a curiosidade com as chuvas, historicamente escassas no Ceará. Até hoje, para alguns, vale-se de crenças que remontam os primeiros estudos daquele povo. Tais pesquisas pelo homem branco iniciaram-se com as missões jesuítas no Século XVII, quando os padres procuravam entender as superstições indígenas, incomuns aos europeus.O português, ao catequizar os nativos, reservou a enorme planície do sertão para a chegada do gado pernambucano e baiano, em área propícia, ainda verde, ideal para a criação bovina e produção de seus derivados. Com ele as sesmarias, garantindo terra para os forasteiros, portugueses ou descendentes.


  Deu-se origem às charqueadas (tratamento e comércio de carne seca), cuja riqueza atraiu moradores de todo o Nordeste, no início do século seguinte, fixando-se os novos “cearenses” à beira dos rios navegáveis, como o Jaguaribe, Banabuiú, Acaraú, Aracatiaçu, Coreaú/Camocim e Mundaú.

 Fato que duas secas prolongadas acabaram por praticamente extinguir o principal produto exportador do Ceará, passando o comprador a optar pela “carne do sul”, a charque do Rio Grande do Sul. O Século XIX, portanto, foi de reconstrução econômica, sob cautela. As pesquisas para se prever o início da estação chuvosa, prevenindo-se contra estiagens, avolumaram-se, surgindo os “profetas da chuva”. 


Açude Arneiroz II, inaugurado por Lula, na região mais seca do Ceará, é a esperança do povo dos Inhamuns.
Foto: José Rodrigues Xavier


Além da crendice indígena, revigorada pela religiosidade cristã, os agricultores, dentro da sua simplicidade e rudeza, utilizavam da parceria com a natureza o sentido de adivinhação quanto ao futuro relativo às chuvas: colmeias, formigueiros, cantos e ninhos de aves, e até a umidade do sal eram e continuam sendo as apostas quanto ao “inverno”, mantendo-se a tradição positivista.

 Diz-se “inverno” erroneamente, pois o período chuvoso no semiárido nordestino não ocorre nessa estação. Os europeus que aqui viviam (portugueses, franceses e, esporadicamente, holandeses) introduziram essa colocação tendo em vista que as precipitações caiam exatamente no inverno do seu continente, indo até 19 de março, posteriormente a primavera (outono no Brasil), sendo no Ceará, equatorial, apenas inverno e verão, este correspondendo às chuvas. Como exemplo, temos o histórico registro sobre Martim Soares Moreno, em “Relação do Siará”, do Século XVII: “...e no tempo dessa fruta, sustenta todos aqueles índios, que recolhem muita castanha para o inverno”.


Antônio Duarte Passos


Destacado servidor da Delegacia Fiscal, esse profeta cearense iniciou suas pesquisas em 1891, aos 37 anos. Fundamentava-se nos astros, e dizia: "O ano em que o Sol governar será de inverno". Faleceu em Fortaleza no dia 15 de janeiro de 1928, com 75 anos.


Roque de Macedo



Roque de Macedo. Previsões ba-
seadas nos animais. 

 A partir de 1913 o Sr. Francisco Roque de Macedo (falecido), fazendeiro de Iracema CE, pôs em ação um tipo inusitado de pesquisa sobre as previsões: o estudo sobre os comportamentos dos animais. Para tal, urgia que se analisasse com atenção todas as suas ações.

A formiga, por exemplo, intensifica seu ritmo de trabalho, que é constante, quando sente que vai chover, procurando, nesse caso, levar para o formigueiro a maior quantidade de alimentos, prevenindo-se contra a quadra chuvosa. As “operárias” reforçam o cone de entrada de sua moradia na intensão de impedir a entrada de água, fato que, às vezes, seus cálculos saem errados e o líquido acaba invadindo o formigueiro.

 Com 15 cm, o joão-de-barro é um caso histórico entre os “profetas” (inclusive citado aqui) com relação às chuvas. O observador concluiu que se o passarinho sentisse que a chuva viria do leste, imediatamente preparava o reboco da casa-ninho pelo mesmo lado, e caso a chuva que se aproximasse fosse de grande intensidade o serviço seria feito com várias camadas, num trabalho cansativo e incessante de transporte do barro.

 Outro pássaro de pequeno porte, de cores azul com violeta, é o fura-barreira. Para o agricultor, nas épocas de secas constrói seu ninho após perfurar o solo dos açudes e barreiras de rios. Ali, encontra o seu alimento preferido, minhocas e vermes. Quando demora para retornar ao seu habitat era previsão de seca.

 Ao contrário, o pica-pau prefere lugares úmidos, com a riqueza da vegetação, expondo a riqueza da seiva no seu interior. Ele pica a madeira em busca do seu alimento preferido, e quando intensifica o barulho das picadas na madeira está prestes a encontrar seiva adocicada, indicando chuvas.

 Roque de Macedo dizia que se alguém visse a sericora cantar, era chuva chegando, um canto onomatopaico “três-potes-e-um-coco”, inconfundível para o sertanejo. Sem chuva, permanece quieta, estática, no mesmo lugar por muito tempo. Em seguida procura migrar, em voo longínquo, de cerca de 300 quilômetros, para onde prevê chuva.

 Já o bigodeiro, pássaro de pequenas dimensões, que nasce cinza-amarelo, e quando adulto torna-se preto e branco, canta quando a estação das chuvas iniciam, e dele não se pode concluir se favorável ou não, porém a seriema, ave pernalta, de porte médio, indica as precipitações da natureza de acordo com o amanhecer. Se ela cantar cedo é previsão de chuva no mesmo dia. Quanto à sua prima, a ema, solta “gemidos” altos quando antecede as chuvas. Sua intensidade pode ser ouvida a três léguas e isso é sinal de boa quadra chuvosa.

 Seu Roque observava a aranha, notadamente a caranguejeira, mais escondida. Quando saía, expondo-se aos demais animais, sua teia de proteção, ao lado do local do esconderijo, deveria estar pronta. Se ela fosse destruída por intrusos, a aranha voltava a tecer pacientemente no mesmo local, independente ou não de época de chuvas. Difere de exemplos de outros animais.

 Pelo lado dos batráquios, a rã possui o onomatopaico “reco-reco”, característico do coaxar característico de algumas subfamílias, que indica chuva; também o teimosinho, conhecido como “foi-não-foi”, que anuncia água com a cantilena interminável à noite, podendo prologar-se ao dia sem sol, enquanto a jia, que quando observa seu habitat pouco úmido vai atrás de outro que indique chuva.

 Não esqueceu do peba, animal simpatizante de sujeira, preferindo moradia próxima ou no interior de cemitérios, por gostar de carne em decomposição, cujo sovaco é termômetro de previsão. Se estiver suado ou hospedando pode aguardar a chuva. Isso foi matéria da famosa BBC de Londres. O seu primo tatu, entretanto, não traz previsão alguma, mas tem bom gosto por limpeza, alimentando-se de raízes. Para o tatu, nosso amigo de Iracema deixou a sua opinião: “É o único animal entre os irracionais sujeito à morte por nostalgia. Se for transportado para um lugar distante do seu habitat, pode ter certeza que não viverá além de um dia. Morrerá de saudade”.


Roque, Profeta das Chuvas. (TC, 1977)
Outros alertas do profeta: "O calango cego quando se inquieta é prevendo chuva, e sai logo a procura de abrigo para não morrer afogado". "As cobras de duas cabeças só aparecem quando inverno está para começar". "As marrecas não se enganam. Geralmente elas vêm do Maranhão, terra do arroz, e ficam alguns dias nas lagoas do Iguatu. Na alegria de festejar a sua chegada às águas dos açudes e lagoas do Ceará, levantam os biquinhos. Isso é um evidente sinal de que vai chover dentro de 24 horas onde elas estejam". "Os animais mais feios que habitam o sertão, como a mariticaca, que vive às margens dos rios, quando dão a luz e caso o local fique úmido tratam de se mudar prevendo chuva, sendo no caso dela com quatro filhotes de uma vez e dois noutra, até um local onde a água não os possa alcançar".

 No livro "Histórias e Estórias", Nascélio Limaverde conta os jornais da época traziam as previsões de Roque Macedo sobre a estação chuvosa seguinte. Considerava promissor o fato de os sapos - cururus e as jias acharem-se de "boca aberta no mundo".

 Segundo os estudiosos mais experientes, antigamente o "inverno" começava mais cedo, em novembro, adentrando o ano novo com o capim do burro garantido, raramente estendendo-se a março. Banhado o vizinho Piauí era a certeza de alegria do agricultor cearense, pois sem muito tardar ela, a bendita água do céu, chegaria (crendice que persiste). Porém, as mudanças climáticas, marcando a ação do homem junto à natureza, começaram a surgir entre as décadas de 30 e 50, com o retardamento das chuvas, que iniciavam em janeiro, sendo que já nos anos 70 não eram garantias de chuva. Em 1973, numa matéria do Correio do Ceará, Roque de Macedo sugeriu chuvas a partir de março e acertou. Antes disso, mesmo com as precipitações de janeiro, ele alertou sobre as pragas das lagartas, que além de plantas comiam até pedra.


Profeta Lemos



Lemos: "vozes superiores"
Nos anos 50/60, Antônio Lemos, servidor público, apresentou-se como um privilegiado. Não havia técnica, havia prognósticos. "Forças superiores" lhe indicavam as previsões, e segundo o mesmo "nunca falharam". Não apenas quanto às chuvas como aos acontecimentos em geral, que incluiu a renúncia do presidente Jânio Quadros, louvando-se de antecipar a grande seca de 1958. Em matéria do Correio do Ceará de dezembro de 1965, previu boas chuvas em 1966, que acabaram dentro da média, além da orientação para o agricultor plantar duas vezes: "os açudes não serão levados de roldão, como nos anos anteriores, e não haverá destruição das lavouras. Isto não é balela, as vozes não mentem". Entretanto, errou quando citou o senador Wilson Gonçalves o próximo governador, e o Fortaleza tri-campeão em 1966 (deu América).

Pedro Lima




Lima acertou em 1989
Matéria do Diário do Nordeste de janeiro de 1989 mostrou o profeta Pedro Nogueira Lima, de Ubajara, tendo como experiência as safras de frutas e os astros. Todos os anos ele viajava para o vizinho Piauí para pesquisas. “O Piauí é a fonte, se lá aparecer muitos ventos o Ceará terá um inverno promissor”. O pequi, que em dezembro deveria cair estava verde. Por outro lado, “se a primeira lua cheia ocorrer coberta por nevoeiro será um bom inverno para todo o Nordeste”. O profeta foi preciso. A pré-estação chegou forte no Cariri em janeiro, para um grande período chuvoso que perdurou de março a julho.

 




Alcides Rocha




Alcides Rocha: Vênus como
fonte de pesquisa (O Povo)
 Em outubro de 1991, o agricultor de infância, do tempo em que se levantava de madrugada para acompanhar o pai no roçado, livreiro José Alcides Rocha, na época proprietário da Livraria Antiquário, em Fortaleza (Av. Heráclito Graça,110, que já não existe), baseou-se no planeta Vênus para dar sua versão sobre as chuvas. O "inverno" de 1992 começaria no mês seguinte, novembro. Segundo ele, porque a estrela "D'Alva" estava "nascendo" às 4 horas e "morrendo" às 16 horas, raridade, fato idêntico ocorrido em 1973, antecipado a quadra chuvosa de 1974. Não teve sorte. Errou feio.








Surgimento do Encontro



Ainda nos anos 1990 ocorreu um fato inusitado, quando os profetas da chuva acertavam as previsões mais vezes que a FUNCEME, órgão público responsável pelo monitoramento da meteorologia do Ceará. Aliado dos observadores agricultores, estava o caririense Caio Lóssio Botelho, professor titular do departamento de Geografia Física da UFC, que ia à imprensa quando discordava das previsões científicas oficiais do Estado, baseando-se, geralmente, nas correntes marítimas frias nas ilhas de Benguela e Malvinas, no Atlântico Sul. Acertou muito, mas também errou. Ninguém escapa, pois  quem mudou foi a natureza, ofendida pelas ações maléficas do homem.


Profeta Antônio Lima no Açude do Cedro (Quixadá)
 Foi então que, em 1996, os sertanejos João Soares e Helder Cortez, apoiados pelo Instituto Viola e Poesia do Sertão Central, resolveram organizar, a cada segundo sábado de janeiro, segundo uma Lei de Quixadá CE o Dia do Profeta, um encontro onde todos os convidados expõem suas pesquisas. Um encontro de profetas da chuva de todo o Estado, passando a ocorrer as reuniões a partir de 1997, respaldadas pelo Governo do Estado, órgãos competentes, estudiosos de todas as áreas, imprensa e pela curiosidade popular. Até ministro se fez presente. Contudo, tais previsões, durante os vinte eventos ocorridos até janeiro de 2016, foram marcadas pelo otimismo, levando os profetas a uma sequência de erros, contra acertos constantes da FUNCEME, cada vez mais modernizada tecnologicamente.

Convém lembrar o encontro de 1988, quando o cineasta Marcus Moura gravou um documentário de grande repercussão, servindo de lição em instituições de ensino, inclusive de nível superior.
 Previsões alardeadas por diferentes institutos indicam 2016 como mais um ano de seca no Nordeste. O fenômeno El Niño, alusivo ao aquecimento das águas do Pacífico Norte (2,8 graus, intenso) é a principal justificativa.


Resumo dos encontros a partir de 2012:


2024

Profetas

Durante o encontro do dia 13 de janeiro no Instituto Federal do Ceará, sede de Quixadá, os profetas fecharam opiniões por dentro da média de chuvas no Ceará. Aliás, alguns acreditavam em precipitações acima da média. Clébio Viriato, secretário de Cultura de Quixadá, tocou num ponto interessante, em que, para os profetas, o "bom inverno" é agua para plantar e cisternas cheias, enquanto para o Estado açudes cheios.

Funceme

Diante da influência do El Niño classificado entre "moderado a alto", aspecto constatado desde junho de 2023, e com possibilidade de pico em janeiro, a Funceme vê com pessimismo a quadra chuvosa:

Acima da média: 15%.
Dentro da média: 40%.
Abaixo da média: 45%
 
Com tendência de aquecimento das águas do Oceano Pacífico, e com o Atlântico raramente tão quente, além da preocupante constatação de recaída das chuvas já em abril, é difícil quaisquer análises otimistas. Por isso, a tendência é de uma estação chuvosa curta, com apenas dois meses caracterizando-se como "inverno": fevereiro e março..

Segundo o presidente do órgão, Eduardo Sávio, os reservatórios têm agua suficiente para o ano, mas necessitarão de uma boa recarga em no próximo ano.

Janeiro:

Ceara: 37,2%

Castanhão: 36,41%

Orós: 50,72%

Banabuiú: 31,39%

Araras: 75,84%

Pentecoste: 16,57%

Cedro: 0,69%



2023

Em meio à novidade de trâmite de pedido de Patrimônio Imaterial, o evento ocorreu no dia 14 de janeiro, com a maioria dos profetas otimista, mas com previsão de confirmação da quadra chuvosa apenas a partir de março. José Célio, 95 anos, o mais velho, se disse muito otimista, assim como a rezadeira Maria Genésia, 69 anos, que estuda os astros. Dos trinta analistas da natureza presentes ao 27° encontro em Quixadá, apenas três foram pessimistas. A nova secretária de Cultura do Ceará, Luísa Cela, destacou a importância do evento, com a sua missão de valorizar os guardiões e guardiãs da cultura.

2022

Profetas

No dia 7 de janeiro, em Orós, ocorreu o primeiro encontro do ano.  No sítio Aroeiras, debaixo de um juazeiro, árvore tradicional do sertão, houve consenso de que será de boas chuvas. Alguns deles, Amilton Alcântara, José Santana e Francisco Vítor, que seguem estudos sobre o posicionamento da Estrela D´´Alva, natureza e pedras de sal, mostraram suas experiências. A promoção foi do músico Zezinho Vicente.
No dia seguinte ocorreu o 26° Encontro dos Profetas em Quixadá, com 80% de previsões de boa quadra chuvosa. Apenas Manuel Estalinau e Josimar Pacheco foram pessimistas. Na ocasião, o deputado estadual Salmito Filho (PDT) anunciou a verba de R$ 1 milhão do governo estadual para a transformação da Estação Ferroviária de Quixadá em estação tecnológica.


Funceme

O prognóstico inicial do governo ocorreu no dia 21 de janeiro. Diante de um sinal otimista, predominando a influência da La Niña, quando ventos alísios agem entre o centro e o leste do Oceano Pacífico, causando o esfriamento das águas e consequentemente chuvas no Nordeste brasileiro, o órgão desenhou o cenário:

Acima da média: 40%

Dentro da média: 40%

Abaixo da média: 20%

Ceará: 21,4% de acumulado nos reservatórios em 20 de janeiro.

Acumulado nas Macrorregiões. De 01/01/2022 a 20/01/2022

Maciço do Baturité: 102,30%

Litoral de Fortaleza: 66,70%

Jaguaribana: 35,10%

Sertão Central e Inhamuns: 34,40%

Ibiapaba: 34,0%

Cariri: 8,80%

Litoral do Pecém: 4,40%

Litoral Norte: 4,40%


Fevereiro a abril de 2022. Balanço

Com influência da ZCIT, as chuvas ficaram dentro da média histórica, chegando a 514,0 mm, contra 510,0 mm da média do Ceará. Destaque para o Litoral de Fortaleza, que superou a sua média em 35,6%. Porém quatro regiões meteorológicas  não atingiram as suas médias: Sertão Central/ Inhamuns, Litoral Norte, Jaguaribana e Ibiapaba. Os dados superaram os de 2021, com 438, 1 mm.

2021

No dia 20 de janeiro, com o Ceará contando com reserva de 25% nos açudes monitorados pela COGERH, a tradicional divulgação da previsão das chuvas deixou certa frustação:

Acima da média: 10%

Dentro da média: 40%

Abaixo da média: 50%

Na reunião nos dias 23 e 24 de janeiro, no Paço Municipal de Quixadá, culminando com o 25° Encontro do Instituto de Pesquisas de Violas e Poesia Cultural Popular do Sertão Central, os profetas previram “bom inverno”. A maioria, entretanto, pediu cautela, pois as fortes chuvas só chegariam a partir de março, “enchendo os açudes”. Entre os participantes, novamente dona Lurdinha Leite, 83, com experiências em pedras de sal.


2021

Mais um encontro em Quixadá, realizado no Paço Municipal, com a presença de doze profetas. No dia 23 de janeiro, os pesquisadores do Instituto de Violas e Poesia Cultural Popular do Sertão Central, durante o seu XXV encontro, mais uma vez previram um "bom inverno", com apenas uma opinião de previsão abaixo da média.
Ficando o período chuvoso abaixo da média, conforme previsão da Funceme, famosos profetas erraram, como Erasmo Barreira ("Abaixo da média não vai ser") e Lurdinha Leite.

2020


 Iniciando 2020 com o pessimismo do CPTEC, do INPE, o qual prevê chuvas abaixo da média no período de janeiro a março, que oficialmente não é o da estação chuvosa, no primeiro sábado da segunda semana do ano, veio o alento, embora daqueles costumam errar. 
O XXIV Encontro, ocorrido a partir do dia 11 de janeiro, não contou com a participação dos técnicos da FUNCEME, mas com os nomes  mais tradicionais das metodologias tradicionais dos camponeses. Prevaleceu o otimismo, com boa carga d'água e chuvas bem distribuídas. 
O veterano Erasmo Barreira foi um dos mais otimistas, acreditado num dos "maiores invernos dos últimos vinte anos". Segundo ele, as chuvas já estão fortes e em todas as regiões, mas o veranico, ainda no mês de janeiro, será inevitável para que haja a floração do mandacaru. "Elas retomarão em fevereiro e seguirão fortes em março e abril", disse à Rádio Assunção de Fortaleza.
Aliás, florações carregadas em flanboyantes, cumarus e carnaubeiras, como estão, indicam otimismo também para José Célio de Assis, de Limoeiro do Norte.
Já Dona Lurdinha Leite, todas as suas experiências, com pedras de sal, deram satisfatórias para boas chuvas.
Resumindo, Helder Cortez, um dos notáveis idealizadores do evento, em contato com os seus colegas, destacou o otimismo marcante, indo "da média para cima", sendo que para os pessimistas "o inverno vai ser bom". 


2019


 XXIII Encontro. Em meio ao calor e uma plateia de duzentas pessoas, dessa vez na Faculdade Cisne, no Jardim dos Monólitos, os estudiosos previram uma boa quadra chuvosa no ano. Foram 25 profetas a favor e três contra. Contudo, a maioria dos otimistas optando por uma normalidade, ou seja, chuvas dentro da média, regular. Nosso conhecido Erasmo Barreira, experimentando a colmeia de inchuí, e vindo de acerto em 2018, aposta em novamente em “muita chuva” a partir de 20 de fevereiro e finalizando em junho. No estudar de Dona Lurdinha Leite, a decisão por ano chuvoso foi constado em 13 de dezembro último, dia de Santa Luzia. As poções de sal que colocara naquela data ficaram úmidas, uma técnica que chama de Tábua de Santa Luzia
 Três, porém, foram pessimistas: Luís Gonzaga, na força do método científico, com base na convergência intertropical, chuvas dentro da média, mas curto, até abril. Mais pessimista, o odontólogo Paulo Costa, 72, experiente, estudando os ventos sudeste, acredita em chuva, mas não o suficiente para um “bom inverno”, com um desvio pluviométrico negativo de 180 mm na média histórica. Para ele, seriam necessários doze dias com esses ventos, contra sete registrados. Entretanto, acredita que a situação se reverta em 2020O mais velho, Seu Estalinau, 81 anos, foi o mais radical: seca com chuvas somente em junho. Não temos registros de previsão tão pessimista.
 O homenageado do ano foi o radialista e profeta Ribamar Lima, falecido em 2018, um dos mais envolvidos no trabalho de Helder Cortez e colaborador do evento. Das autoridades estaduais, participaram do encontro Assis Diniz, Secretário de Desenvolvimento Regional e o presidente da CAGECE, Neuri Freitas, e a presidente do Instituto Agropolos do Ceará, Ana Teresa Barbosa de Carvalho. O deputado Geovani Landim, na ocasião. prometeu apresentar um projeto de lei instituindo o segundo sábado de janeiro Dia do Profeta, como existe em Quixadá. Ceará.


2018



Durante o 22 ° encontro, em janeiro, no IFCE de Quixadá, em meio às homenagens ao profeta Paroara, cujo falecimento ocorreu no ano anterior, concluiu-se que a quadra do ano deverá ficar na media ou acima da média histórica, melhor do que em 2017 Porém, insuficiente para repor as perdas dos últimos anos nos grandes reservatórios. Um dos mais assíduos, Erasmo Barreira, apresentou a colmeia de inchuí, de 9 kg, o que, segundo ele,”o inverno será medonho”. Já Meyrismar Nobre apresentou um belo ramo de Flamboyant, cuja beleza da florada do sombrião garantira “um ótimo inverno”, e que a pré estação teria começado, e bem, em dezembro. Entre as autoridades presentes, o secretário de Desenvolvimento Agrário do Ceará, Dedé Teixeira, o reitor do Instituto Federal CE, Virgílio Araripe, prefeitos de Quixadá e da vizinhança. (Diário do Nordeste). Mais otimista foi o profeta Davi, de Sobral, que trabalha seguindo os astros. Garantiu chuva até agosto, com temporais: "vai ter gente que ficará com medo de tanta água".



Quixadá 2018. O otimismo continua


 Anteriormente, dezembro, Tauá testemunou outro encontro e conclusões idênticas ao tradicional de Quixadá, conforme o DN:

 “A esperança de um bom "inverno" em 2018, com chuva dentro da média, mas com períodos irregulares, e a ocorrência de cheia de pequenos e médios açudes. Esse é o sentimento unânime dos profetas da chuva, que revelaram seus prognósticos com base em observações da natureza, na manhã de ontem,em Tauá, na Região dos Inhamuns, em encontro realizado no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), campus Tauá.

O evento foi promovido pelo IFCE; Centro de Educação, Ciências e Tecnologias da Região dos Inhamuns (Cecitec) da Universidade Estadual do Ceará (Uece); e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio de instituições governamentais. Além do relato das experiências, houve apresentações culturais (violeiro, sanfoneiro, poesia) e apresentação de prognósticos oficiais de institutos meteorológicos. De Quixeramobim, veio Francisco Arcelino do Rego, 65, mais conhecido por Titico Baia. "Vamos ter chuva, não 100%, mas vai fazer água", disse. "Teremos mais água durante a segunda quinzena de janeiro, março e junho, com sol pelo meio". O agricultor disse que o pior período será a ocorrência de um veranico entre 15 de fevereiro e 15 de março. Outra previsão é que o mês de abril não será bom.




Otimismo também em Tauá
O produtor rural Antônio Brasil de Souza, 53, é observador das plantas do Semiárido e da barra do nascer do sol (horizonte). Para ele, o "inverno" vai superar o do ano passado e quem plantar no fim de fevereiro vai ter colheita. José Roberto Oliveira, 47, observa o tempo. Se nublado, ou ensolarado no dia de Santa Luzia, 13 de dezembro, ele faz projeção para os meses seguintes. "Vamos ter um bom inverno, com muita água", disse. "O mês de abril será fraco, mas maio vai ser muito bom".
Valderez de Lima foi categórico: "Com certeza, teremos um bom inverno, pelo que vi na barra de outubro, nos dias 18 e 28". Ele disse que vai aguardar a observação da Estrela Dalva, em janeiro vindouro, e da lua nova, e deixou um recado: "choveu, plante". O mais idoso dos profetas, Manoel Pereira, também prevê uma boa quadra chuvosa: "A barra e o tempo nublado no dia 8 deste mês e a passagem da lua deram bons sinais", frisou. O primeiro encontro dos profetas da chuva foi realizado em 2015, por uma iniciativa do professor do IFCE, hoje diretor do campus de Boa Viagem, João Paulo do Rego, após projeto de pesquisa sobre lavoura e pecuária nos Inhamuns. "Descobri que havia vários observadores da natureza, profetas que previam as chuvas", contou. "Quis reuni-los para ouvir as suas experiências".

O professor de Geografia do campus local do IFCE, Felipe Monteiro, ressaltou que o encontro tem por objetivo resgatar e manter viva a cultura do sertanejo. "Não nos interessa se há erros ou acertos nas experiências, e nem queremos confrontar com as previsões meteorológicas", explicou. "O nosso papel é valorizar essas observações, reconhecer as profecias dos agricultores, manter viva essa tradição e mostrar para a nova geração a importância desses profetas".

O idealizador do tradicional encontro de profetas da chuva da cidade de Quixadá, onde, no próximo dia 13 de janeiro, será realizada a edição de número 22, Hélder Cortez, diretor da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) veio conhecer o evento em Tauá. "Muito positivo. Segue a nossa linha da valorização cultural e a própria comunidade faz a avaliação de cada observador", destacou.”



2017


Dona Lourdinha, que usa madeira nas telhas: "Vai cair chuva". (Foto Diário do Nordeste)

O otimismo prevaleceu durante o XXI Encontro dos Profetas da Chuva, em Quixadá CE. Com 21 participantes, a maioria acredita em boa quadra chuvosa em 2017, com mais intensidade a partir da segunda quinzena de fevereiro. Entretanto, insuficiente para encher os reservatórios.
Segundo o profeta Josué, a estrela Dalva está se voltando para o norte, isso significa que vai ser um bom inverno, com muita chuva. Já a única profetisa, Lourdinha, de 71 anos, usa o método usado pelo pai. Fixa-se pedaços de madeira debaixo de telhas da cozinha. Como apresentaram boa humildade, também previu chuvas
.
 A certeza de que não haverá aporte significativo deve-se ao pior ciclo de estiagem da história do Ceará, com cinco anos de seca, sendo o Vale do Curu o sexto. Dados da COGERH apontam 6,5 % do total da capacidade, estando a bacia do Banabuiú seca (0%). As do norte (Litoral e Coreaú), com cerca de 25,5%, são as de melhores situação. Com 9,95%, a bacia Metropolitana também preocupa. O processo de evaporação das águas do Castanhão fez com que se buscasse água do Orós, enquanto a transposição do rio São Francisco não avança. Fortaleza e região metropolitana vivem estado de emergência. Distribuição garantida apenas até março caso as chuvas não cheguem. Enquanto isso, campanha educativa quanto ao consumo é veiculada na imprensa.

 A Funceme anunciará no dia 18 de janeiro a primeira previsão sobre a estação chuvosa de 2017, com tendência a melhoras com relação a 2016, aguardando que a Zona de Convergência Intertropical se reaproxime do Ceará já que a La Niña, fenômeno de esfriamento das águas do Pacífico Equatorial, perdeu a força. Enquanto isso, a torcida pela temperatura no Atlântico Equatorial é por aquecimento, mas no momento permanece neutra.


2016


 No evento de 2016, estiveram presentes Guilherme Sampaio (então Secretário de Cultura do Ceará, hoje vereador por Fortaleza) e Dedé Teixeira (Secretário de Agricultura do Ceará).  Dos 32 presentes, a maioria descartou seca: “inverno favorável”. Erasmo Barreira (floração e rotina dos animais): “o galho do feijão não perdeu nenhuma flor, e continua verdinho”...”não tenho medo de dizer que o Nordeste terá um grande inverno em 2016”. Renato Lino (caule da embiratanha): “nasce em solo pedregoso e vive para dar sinais de que vai chover” (Ag. Brasil EBC). Ocorreu o contrário, 43% abaixo da média.

2015 


 17 dos 26 apresentadores acreditaram em” inverno” regular. “Muita chuva”. Exemplo: João Soares (o moribundo faz sua casa na colmeia para se proteger da chuva); e Josimar da Silva (floração do juazeiro).

2014 


14 dos 28 presentes previram em 80% as chances de inverno acima da média, mas a partir de março (“tardio”). O então presidente da EMATERCE, José Maria Pimenta, foi um dos que profetizaram positivamente. 


Profeta Erasmo Barreira e a morada do joão-de-barro.
Otimismo. Foto Alex Pimentel

2013


 A maioria dos 38 participantes defendeu boas chuvas a partir de março. Exemplo: José Irismar: “não vai ter seca, com chuvas a partir de janeiro, melhorando em março”. Da mesma forma Erasmo Barreira (arvore do juazeiro), que errou no ano anterior.

2012



 Dos 32 participantes, a maior parte entendeu como “bom inverno”. Erasmo Barreira se baseou na construção de ninhos voltados para o poente pelo joão-de-barro (ou maria-de-barro) a fim de proteger os filhos das chuvas. Já o dentista Paulo Costa revelou se abster de sexo a partir do setembro anterior para leitura dos astros e orações (G1, jan 2012).


Dezembro 2015: Vórtice Ciclônico de Altos Níveis


 A partir de dezembro, ocorre no Ceará a corrente conhecida por Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), responsável pela pré-estação chuvosa, que se estende em janeiro. Perspectivas ruins, contudo, têm suas surpresas. Nos primeiros dias do ano de 2015 foi verificado, no sul da Bahia, um ciclone subtropical raro que reforçou as chuvas no semiárido nordestino, associando-se ao vórtice que citamos. Nos dias 20 de janeiro e 23 de fevereiro de 2016, técnicos da FUNCEME anunciaram previsão das mais pessimistas da história quanto estação favorável às chuvas, desqualificando os estudos dos profetas da chuva. Foi um ano de terrível seca.

2016 . A Esperança pela La Niña. Frustração.


 No dia 13 de junho de 2016, a FUNCEME divulgou o balanço do período chuvoso (de fevereiro a maio), batendo com seus prognósticos de janeiro: 45,2% abaixo da média histórica, contra 30,3% de 2015. Um dos dez anos mais secos da história e o pior desde 2012. Dos 153 açudes monitorados, 120 com volume abaixo de 30% da capacidade, acumulando o Estado apenas 12,7% do total do armazenamento. O Vale do Curu, por exemplo estava com apenas 2,94%, enquanto o gigantesco Banabuiú 3,03%.

 O alívio veio com a perspectiva de esfriamento das águas do Pacífico Norte e aquecimento da águas do Atlântico "o mais breve", com La Niña e bom período chuvoso em 2017, mas sem anúncio oficial. Até o final de julho o presidente da FUNCEME dizia estar cedo para a aguardada confirmação. A La Niña geralmente começa em outubro, mas até então sem sinais evidentes. A partir de 1991, quando as águas do Pacíficos atingiram 0,5°C negativos, houve 7 anos de seca, 7 anos de chuvas dentro da média histórica e 12 anos de muita chuva. Porém, em julho 2016 variava entre 0,5°C negativos e positivo.


2016: Quadra chuvosa. Balanço final da FUNCEME (13/06/2016):



O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins, iniciou a coletiva de imprensa desta manhã, 13 de junho de 2016, lamentando ter que comunicar a consolidação do quinto ano de seca no Ceará. Entre os meses de fevereiro e maio, as precipitações observadas foram de 329,3mm. A média para o período é de 600,7mm, ou seja, choveu 45,2% abaixo da média.

“O principal fator para mais este ano de baixas precipitações foi o El Niño. A Funceme já tratava isso como uma preocupação desde dezembro de 2014, devido às perspectivas de que o fenômeno se estabeleceria com intensidade. Foi o que aconteceu. Agora, já estamos monitorando um provável resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, que dissiparia o El Niño e, talvez, configuraria uma La Niña. Ainda é cedo pra uma previsão, mas há possibilidade de um cenário mais positivo em 2017”, explicou Martins.

Durante a apresentação nesta manhã, na sede da Funceme, ele mostrou que as regiões mais afetadas com as poucas chuvas foram Jaguaribana, Sertão Central e Inhamuns. Na faixa litorânea as precipitações tiveram desvios negativos menores, conforme a tabela abaixo.

Além do El Niño no Pacífico, as condições do Oceano Atlântico não estiveram favoráveis na maior parte da quadra chuvosa, o que manteve a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais afastada do Ceará. Quando esse sistema atua pouco no Estado a qualidade do nosso principal período de precipitações fica comprometida.

Era o cenário mais provável

Em janeiro e em fevereiro de 2016, já ciente da intensidade do El Niño, a Funceme elaborou duas previsões climáticas que apontaram maior probabilidade de chuvas abaixo da média durante a quadra chuvosa.

No segundo semestre, conforme a característica climatológica do Ceará, quase não chove. Enquanto março e abril têm médias de 203,4mm e 188mm, em setembro e outubro, essas médias são de apenas 2,2mm e 3,9mm. “O Governo do Estado, através da Secretaria de Recursos Hídricos, tem priorizado a questão do abastecimento da população. Desde que lançamos o prognóstico de 2015 o esforço tem sido de se antecipar, garantindo as licitações para perfuração de poços”, destacou Martins.

Notícias de 2016


Após período de instabilidade atmosférica, em que uma massa de ar seco derrubou a umidade relativa do ar, no dia 8 de julho de 2016 o meteorologista da FUNCEME, Raul Fritz, confirmou o enfraquecimento do El Niño, e com 60% de chance de La Niña em 2017, evidenciando chuvas regulares. Ao mesmo tempo, o jornal Diário do Nordeste alertava para a possibilidade de volume morto do açude Castanhão, o maior do País, ainda em 2016, até então com 8,31% da capacidade, contra 33,25% do Orós, que alimenta a outra barragem.

No dia 19 de agosto de 2016, entrevistado pelo programa "Antenas e Rotativas" (Rádio Cidade AM, com Cid Carvalho), o engenheiro aposentado do DNOCS, Cássio Borges defendeu a tese de que a grandeza do Castanhão foi precipitada, pois provoca maior evaporação, sendo suficiente várias barragens pequenas interligadas. No mesmo dia, a COGERH anunciou que o maior açude do País contava com 7,27% da capacidade .No dia 11 de setembro estava com 6,75% e a CAGECE anunciava nova tarifa de contingência a partir de 18 daquele mês.

 Durante o período pós-estação chuvosa, com a chegada de fortes ventos, é comum precipitações ao longo do litoral por conta de instabilidades atmosféricas. Em 2015, por exemplo, ocorreu o fenômeno "Distúrbio Ondulatório de Leste", chegando a cair 140,0 mm em Beberibe e 85,0 mm em Fortaleza.

 Os ventos, porém, são sintetizados pela Funceme como deslocamento do Sistema de Alta Pressão Atmosférica do Oceano Atlântico Sul em direção ao Nordeste, que diminui a temperatura mas praticamente não provoca chuvas, embora, em anos secos, tenha relação com a Zona de Convergência Intertropical  (ZCIT).

 Na metade de agosto de 2016, entretanto, fomos surpreendidos com a revelação da provável neutralização da El Niña entre março e maio de 2017, ou seja, incerteza sobre as chuvas. Segundo Raul Fritz, "existe 55% de possibilidade do fenômeno não atuar durante essa fase da estação chuvosa". Na sua opinião os agricultores deverão iniciar as plantações mais cedo caso se confirme essa tendência frustrante. Seria o maior período de estiagem do CE desde 1979 - 1983.

Um mês depois, a notícia de uma nova tarifa de contingência, podendo a multa chegar a 120% incidente sobre o valor não reduzido. Ou seja, ao consumidor será atribuída nova tarefa de redução de 10% da sua média consumida, prejudicando os que já vinham praticando.

 No final de setembro, nova frustração para o cearense: a La Niña estaria se afastando, embora com o fim do El Niño, que não voltaria nem em 2017. Os especialistas, entretanto, se sustentavam na esperança dos esfriamento das águas do Pacífico Equatorial central e leste acima do normal, na primavera (outubro), o que traria a Zona de Convergência Intertropical e consequentemente chuvas no Nordeste a partir de outubro, dependendo do comportamento do Oceano Atlântico.

 Para o meteorologista David Ferran, da FUNCEME, num período de cem anos, jamais ocorreu mudanças climáticas tão extremas.Enquanto na seca de 1951-55 a média de precipitações foi de 608 mm ao ano, a atual estiagem (2012-16) registrou 566 mm, problema que só se agrava. Os reservatórios, em ciclos pessimistas assim, não recebem recargas e o governo parte para o racionamentos enquanto desenvolve estudos para aliviar a carência d'água. Um deles trata da utilização de dessalinizadores, juntando-se às adutoras e construções de poços artesianos.


2017: Previsão da FUNCEME 


 Na manhã do 18 de janeiro, no Palácio da Abolição, a FUNCEME e a Secretária de Recursos Hídricos revelaram o primeiro prognóstico otimista, quanto às chuvas, desde 2012, no que concerne aos meses de fevereiro, março e abril:

 40% de probabilidade de chuvas em torno da média histórica (510,1 mm).
 30% de probabilidade de chuvas abaixo da média histórica.
 30% de probabilidade de chuvas acima da média histórica.

 Segundo David Ferran, diretor do órgão, nos últimos cinco anos (2012/16), 1% contabilizado das chuvas, ou 5 mm, transforma-se em reserva hídrica. Caso chovesse em média 900 mm, em vez de 500 mm ao ano, acumularia-se entre 40 mm a 50 mm.

 O indutor de precipitações no Ceará, Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que trata da temperatura das águas do Atlântico, embora não agindo diretamente sobre o Estado, fez-se forte a partir de 10 de fevereiro de 2017, com ótimos registros no Cariri, Ibiapaba e Litoral Norte, e assim a FUNCEME previu as chuvas nos dias seguintes, a aguardada quadra chuvosa.

 No dia 21 de fevereiro, a previsão oficial para os meses de março, abril e maio foi:

 43% de probabilidade de chuvas em torno da média histórica (510,1 mm).
 37% de probabilidade de chuvas abaixo da média histórica.
 20% de probabilidade de chuvas acima da média histórica.

 Para João Lúcio Farias, presidente da FUNCEME, a área onde se localiza os principais reservatórios, Castanhão, Orós e Banabuiú está entre as que provavelmente "ficarão abaixo da média histórica" (20%), no caso a jaguaribana.


2017: Previsão do INPE pessimista


 No dia 9 de fevereiro, o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência e Tecnologia, apontou a previsão de 40% de chances de chuva abaixo do normal no Ceará e estados vizinhos, na região semiárida. 35% dentro da média e 25% acima da média, entre fevereiro e abril, com aporte de água nos reservatórios apenas se ficar com a previsão mais otimista.

 No dia 7 de abril, a previsão para o Nordeste durante o período de abril-junho foi mais pessimista:
 45% para abaixo da média, 35% dentro da média e 20% acima da média. Isso por conta do afastamento do agente causador das chuvas na região, Zona de Convergência Intertropical.



2017: Quadra chuvosa. Balanço final da Funceme (12/06/2017):


Os dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) revelam que a quadra chuvosa (fevereiro a maio) deste ano, que observou em média, 554,6 mm, foi a melhor desde quando começou o atual ciclo de estiagem que o sertão cearense enfrenta, a partir de 2012. No período, houve déficit de chuva em todos os anos, mas o atual é de apenas 7,7%. O chamado inverno deste ano inclui-se na categoria em torno da média, segundo critérios estatísticos do órgão. A irregularidade das chuvas no tempo e no espaço, no entanto, afetou a reserva hídrica dos açudes e contribuiu fortemente para a frustração de safra de grãos. A preocupação é com o segundo semestre e com a próxima quadra chuvosa. Em fevereiro de 2018, as reservas devem se esgotar na maioria dos municípios cearenses, agravando o quadro de escassez de água para o abastecimento humano. Para a quadra chuvosa são esperados, no geral, 600,7 mm, segundo média histórica do Ceará. Foram observados neste ano, no período, 554,6 mm. Entre 2012 e 2016, a quadra sempre ficou na categoria abaixo da média. No período atual de seca, o pior ano foi observado em 2012, quando a Funceme registrou apenas, em média, 302.5 mm, um déficit de 49,6%. “A situação das reservas hídricas permanece grave, com perda de volume nos açudes, mas a quadra chuvosa deste ano foi a melhor desde 2012”, observou o meteorologista da Funceme, Raul Fritz. “Ocorreu de acordo com a previsão feita pela Funceme, em janeiro passado”. Fritz observa que, em 2016, ocorreu o fenômeno El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, e tem forte influência para a não formação de nuvens de chuva no Ceará. “Neste ano, tivemos condições melhores dos oceanos Pacífico e Atlântico, em particular até a primeira quinzena de abril”, explicou. “Infelizmente, as condições mudaram depois de 15 abril e no decorrer de maio, afastando a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o principal sistema indutor de chuvas no Estado”. Os dados coletados pela Funceme revelam a irregularidade do período chuvoso. Em fevereiro, as chuvas ficaram 32,6% acima da média; em março, houve desvio positivo de 1%; em abril, as precipitações caíram 39,6% em relação ao esperado para o período; e em maio, a queda foi de 28,4%. Observando mês a mês, a quadra chuvosa de 2017 foi positiva em fevereiro e março e negativa em abril e maio. Já por regiões, a parte Norte, que inclui o litoral cearense foi a mais beneficiada. As macrorregiões do Litoral de Fortaleza, Litoral Norte, Maciço de Baturité e Litoral de Pecém registraram índices positivos de chuva. Outras regiões, Ibiapaba, Cariri, Sertão Central e Inhamuns e Jaguaribana observaram déficit, sendo o maior, no Sul do Ceará, o Cariri, com 23,2%. Segundo Fritz, as condições atuais da temperatura do Oceano Pacífico são de neutralidade.
Fonte: Diário do Nordeste

Julho 2017. Governo diz que situação melhorou.



O Monitor de Secas no Nordeste (MSNE) admitiu, em 17 de julho, redução do grau de severidade da estiagem no Ceará, porém devido às chuvas no norte do Estado, onde não houve seca. Por outro lado, situação de severidade extrema no sul e sudoeste, não registrando mudanças em relação ao ano anterior. Enquanto o quandro mantém-se confortável entre o Acaraú e Camocim, continua grave nos Inhamuns, Cariri Norte e adjacências. No geral, nessa data (17/07/2017), a COGERH registrava 11,8% de acúmulo nos açudes monitorados, exatamente igual ao mesmo período de 2016.

COGERH (Armazenamento das bacias hidrográficas no CE):


2017: Resultado da Pré-Estação Chuvosa:



Fonte: FUNCEME



JAN: 6,2% (pior desde a série histórica)


2018: Previsão Funceme. Otimismo.


Em evento realizado no auditório do Palácio da Abolição, nesta quarta-feira (18), o Governo do Ceará divulgou, por meio da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), órgão vinculado à Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o prognóstico para a quadra chuvosa de 2017. Depois de cinco anos de seca, a probabilidade de chuvas dentro da média histórica é de 40% para os meses de  fevereiro, março e abril. O cenário inspira cuidados e continuidade nas ações de segurança hídrica.

Apresentado pelo presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, o prognóstico trouxe as probabilidades de cada uma das três categorias (abaixo, em torno e acima da média histórica) referentes ao acumulado de precipitações dos próximos meses. No Ceará, há 30% de probabilidade para a categoria abaixo da média, 40% para a categoria em torno da média e 30% para a categoria acima da média.

Com relação aos setores do Estado, no noroeste a probabilidade para a categoria abaixo da média é de 25%, para a categoria em torno da média é de 35% e para a categoria acima da média é de 40%. Já no sudeste as probabilidades apontam 35% para a categoria abaixo da média, 40% para a categoria em torno da média e 25% para a categoria acima da média.

Eduardo Sávio explicou que haverá uma ligeira tendência de chuvas acima da média para o setor noroeste do Estado do Ceará e, para o setor sudeste, uma tendência de chuvas em torno da média. "O setor sudeste é o que mais nos preocupa por conta do aporte de água dos reservatórios mais estratégicos do Estado. Em anos normais, que é a categoria mais provável, nós temos 50% de chances de ter escoamento significativo nos reservatórios. Então significa que teremos aí cerca de 55% de probabilidade, com base na previsão, de nós não termos escoamentos significativos para reservatórios como o Castanhão, Orós, etc", observou.


Eduardo Sávio (Funceme): probabilidade de El Niño em 2018

O presidente da Funceme salientou ainda que, para o segundo semestre de 2017, se tem um indício que coloca uma preocupação para 2018 de aumento das probabilidades de surgimento do El Niño. "É uma preocupação forte para termos mais cuidado com a água neste momento de crise no Ceará. Por isso, nós temos que ter cuidado no uso da água. O nosso trabalho a partir de hoje é exatamente colocar o cenário de previsão não só de chuva, mas de vazão que nós já rodamos para a Companhia de Gestão de Recursos Hídricos, para fazer cenários de alocação. A partir daí, os impactos previstos vão ser analisados e as medidas serão tomadas para o horizonte deste ano".

                                                                                                               (Diário do Nordeste)


2018. INPE novamente pessimista. Pré-estação frustrante. Chuvas a partir de abril.


 "Uma situação preocupante para o Nordeste", assim analisa, em 8 de janeiro de 2018, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do INPE, com 40% de chances das chuvas, no Nordeste, ficarem abaixo da média históricas até março; dentro da média 35% e acima da média 25%, prognóstico idêntico ao período do ano anterior. O início da pré-estação chuvosa no mês de dezembro apontou precipitação de 14,6 mm contra uma média histórica de 31 mm do Ceará. 

 Nota divulgada em 19 de dezembro de 2017 relata a alteração climática em baixa intensidade, por conta da neutralidade no Oceano Pacífico. Por sua vez, o Atlântico Norte encontra-se um pouco mais aquecido que o Sul, de modo que as zonas de convergências, que levam chuvas ao Nordeste, atuem mais ao norte, acima da Linha do Equador, o que pode retardar a chegada das chuvas no Ceará. Por conta disso, verifica-se a pré-estação chuvosa até então ineficaz no Cariri, como chuvas de baixas intensidade, como ocorreu na quadra anterior. Desse modo, o período chuvoso ocorreria a partir de abril e não em março, o primeiro mês considerado dentro da estação das chuvas. Enquanto isso, a FUNCEME fixa-se no Atlântico Norte, que possui muitas variações de temperaturas sem se manter. Vai se posicionar a partir de janeiro.



21 de janeiro de 2018. COGERH:



Situação dos reservatórios em 22/01/2018. COGERH


 No dia 22 de fevereiro de 2018, dentro de forte atuação da Zona de Convergência Intertropical, a FUNCEME não apenas confirmou como foi mais otimista em relação à quadra chuvosa do ano. Sua previsão para os meses de março, abril e maio foi de 45% para chuvas acima da média, 35% dentro da média, e 20% abaixo da média. Já a COGERH anunciou o aporte de 1% no volume armazenado nos açudes, com perspectiva que chegue a superar os 30% até o final de maio. Não chegou a 17%.


 Novembro de 2018 se notabilizou como o mês mais chuvoso desde 1979 segundo a FUNCEME, quando a média registrada foi de 28,5 mm. Bem elevado quando comparada com a média histórica do mês: 5,8 mm, embora concentradas em apenas três dias. Atuando a aproximadamente 12 Km, o sistema Cavado de Altos Níveis (CAN) foi o responsável pelas precipitações no Cariri, uma queda da pressão atmosférica em relação às demais regiões. Já a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), estreita faixa de nuvens onde os ventos alísios (de forte pressão atmosférica) dos dois hemisférios se encontram, levou chuvas ao litoral. No dia 23, pluviômetros particulares registraram 160,0 mm em Cedro, enchendo açudes. A FUNCEME, entretanto, oficializou, no dia posterior, 150,0 mm naquele município, 117,0 mm em Lavras da Mangabeira, 85,0 mm em Barro e 80,8 mm em Granjeiro. Já no dia 30, computados do boletim de 1 de dezembro, 105,0 mm em Guaraciaba do Norte e 84,4 mm no posto do Pici, em Fortaleza.

 Já em dezembro o otimismo continuou, com a média de chuva no Estado chegando a 101,2 mm, contra a média histórica de 31,6 mm. A superação dessa média em dezembro só correu treze vezes entre o período de 1973 a 2018, sendo a maior em 1989: 138,2 mm.


2019 - Previsão da FUNCEME indica piora em relação a 2018. Mas com chuvas dentro da média.

 



18 de janeiro. O Ceará apresenta cenário mais favorável para chuvas dentro da média histórica no trimestre de fevereiro a abril de 2019. A avaliação climática aponta que, no Estado, há 40% de probabilidade para chuvas em torno da normal climatológica, 30% de chance para chuvas acima da média e também 30% de chances do período se encerrar abaixo do normal. O prognóstico foi divulgado pelo Governo do Ceará, por meio da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), no Palácio da Abolição, em Fortaleza, nesta sexta-feira (18).

A divulgação dos dados foi presidida pelo secretário da Casa Civil, Élcio Batista, e contou com a participação do presidente da Funceme, Eduardo Sávio, do secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, do assessor especial de Relações Institucionais, secretário Nelson Martins, do secretário estadual de Meio Ambiente, Artur Bruno, e do secretário do Desenvolvimento Agrário, De Asis Diniz, dentre outros representantes de órgãos voltados aos trabalhos de Segurança Hídrica no Ceará – Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e Defesa Civil.

A previsão é resultado de análise da Funceme sobre os campos atmosféricos e oceânicos de grande escala, como também dos resultados de modelos numéricos globais e regionais, tanto da instituição estadual como de outras do País, incluindo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de institutos internacionais.

Representando o governador Camilo Santana no evento, o secretário da Casa Civil, Élcio Batista, enfatizou que o Governo do Ceará segue tratando os Recursos Hídricos como área prioritária no campo de políticas públicas e investimentos.

“Há uma preocupação permanente, diária, com essa questão dos Recursos Hídricos. Foi criado pelo governador Camilo Santana um encontro semanal para se tratar a questão hídrica, que é prioritária. Não poderia ser diferente, dada a nossa condição geográfica. Isso nos convoca para que todos estejamos permanentemente empenhados, seja como cidadãos em nossas casas, seja como servidores públicos, dentro dessa responsabilidade grande de encontrar soluções no semiárido nordestino. A gente tem feito muito esforço. Todos os investimentos realizados nos últimos quatro anos irão continuar. Por isso o Ceará é hoje uma referência no nosso País com a melhor estrutura de Recursos Hídricos.”



Abastecimento e aporte dos reservatórios



O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, projetou que as chuvas deverão permitir o Estado a atravessar mais um ano com abastecimento da população, de forma semelhante aos anos de 2018 e 2017. “Deveremos fazer com que o uso prioritário do abastecimento humano seja atendido e que tenha alguma água para a economia, principalmente a agropecuária, mas nada muito diferente dos anos anteriores. Teremos água para atravessar mais um ano fazendo uma gestão eficiente da oferta e da demanda que já temos feito”, afirmou.

Teixeira também destacou que as chuvas dentro da média não significam aportes mais significativos. “É bom lembrar que, mesmo as chuvas dentro da média no Estado do Ceará, elas apresentam uma irregularidade espacial e temporal. Portanto, alguns reservatórios poderão ter aporte significativo, outros reservatórios não. O que nos preocupa, mesmo tendo as chuvas dentro da média, são os grandes reservatórios. A gente sabe que açudes como Castanhão, Orós, Banabuiú, que respondem por 60% de nossas reservas hídricas, só têm aporte significativo em períodos chuvosos muito intensos. Como não esperamos chuvas tão intensas, nós não deveremos ter aportes tão significativos nesses maiores”, pontuou.



Continuidade de ações

Durante a apresentação do prognóstico, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, reforçou que a categoria mais provável de chuvas para o Centro-Sul do Ceará é abaixo da normal, enquanto a região mais próxima da faixa litorânea deve estar acima da média. Sávio alertou para a necessidade da área de Segurança Hídrica manter-se focada em trabalhar estratégias com o objetivo de assegurar o controle sobre possíveis zonas críticas no Estado.

“Eu queria ressaltar que a categoria mais provável aqui na região Centro-Sul do Estado é de chuvas abaixo da média. A gente não pode deixar de lançar a informação diante do Estado de reservas que temos no Ceará nos reservatórios de Orós, Castanhão e Banabuiú. Então isso lança uma preocupação e ressalta a importância de a gente continuar mobilizado e pensando estratégias para se antever a possíveis problemas e apresentar soluções a essas regiões mais críticas”, explanou Eduardo.

Segundo prognóstico divulgado nesta sexta, observa-se ainda a tendência de redução das chuvas ao longo da estação chuvosa, principalmente a partir do mês de abril. O prognóstico indica probabilidades referentes a uma tendência média do volume acumulado de chuva para o trimestre como um todo e não para cada mês, em particular. Em fevereiro de 2019 será divulgado o prognóstico climático para o Ceará abrangendo o trimestre março, abril e maio.

O campo de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) mostra, no oceano Pacífico equatorial, índices positivos, caracterizando um padrão similar ao de um El Niño, embora ainda não seja observado o acoplamento entre as condições oceânicas e atmosféricas.

Já no oceano Atlântico tropical observam-se áreas um pouco mais resfriadas (até -1oC) na bacia norte e um pouco mais aquecidas (até +1oC) na bacia sul, configurando um padrão similar ao de um dipolo do Atlântico tropical fracamente negativo, para o período analisado, podendo representar condições favoráveis para o posicionamento regular da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o setor norte do Nordeste. Observa-se ainda que os modelos de previsão de TSM do Pacífico indicam que o El Niño poderá se estabelecer até maio de 2019, contudo, com fraca intensidade.

As condições de TSM do Atlântico, por outro lado, têm apresentado nas últimas semanas, tendência de esfriamento nas bacias tropical norte e sul, reduzindo o gradiente de anomalias de TSM, o que seria uma situação menos favorável ao posicionamento da ZCIT sobre a porção norte da região Nordeste do Brasil. (Fonte Funceme)





2019 - Pré-Estação Chuvosa: 55,4% acima da média.



Com o fim de janeiro, encerra-se o período chamado e Pré-Estação, que teve iní­cio em dezembro. Neste período, as chuvas ficaram 55,4% acima da média, com observado de 202,5 milí­metros. O normal para o bimestre é de 130,3 mm.

Os sistemas que atuam na Pré-Estação, como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e o Cavado de Altos Ní­veis (CAN), estiveram mais presentes. Além disso, houve contribuição da ZCIT, que chegou a aproximar-se do Ceará¡ em determinadas situações.

As macrorregiões com maiores desvios positivos durante o período de dois meses foram os litorais do Pecém e de Fortaleza com, respectivamente, 115,5% e 98,3%. (FUNCEME)



2019: Previsão para a estação chuvosa (Março, Abril e Maio)


 Acima da Média : 25 %
 Dentro da Média: 40 %
 Abaixo da Média: 35 %

 A Funceme estimou as precipitações dentro ou abaixo da média histórica, e menores do que as do mesmo período do ano passado: 45 %, 30 % e 20 %, respectivamente). O Cariri com mais uma perspectiva de chuvas abaixo da média, repetindo 2018.



2019: O melhor março desde 2008. 


 Março de 2019 fechou com 245,0 mm de média de chuva, 19,3% acima da média do mês, graças às chuvas no final do mês no Cariri, que aliás, até então vinha com variação negativa. Segundo Raul Fritz, da FUNCEME, as águas mais quentes do Oceano Atlântico, próximas ao litoral nordestino e mais frias na Linha do Equador contribuíram para a aproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Apenas a microrregião do Sertão Central e Inhamuns apresentou índice negativo, no caso 2,4% abaixo do normal. Diante disso, os grandes açudes, Castanhão e Orós, com as cheias do Rio Salgado, começaram a receber maiores aportes. 29 açudes de pequeno porte, monitorados pela COGERH, sangravam.


2019: Balanço Final Estação Chuvosa - FUNCEME



A precipitação observada durante a quadra chuvosa (fevereiro a maio) de 2019 no Estado do Ceará ficou em torno da média histórica, que se situa entre os limites 505,6 mm e 695,8 mm. O volume médio observado no quadrimestre foi 676,3 milímetros, conforme balanço da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Em relação ao desvio referente à média histórica por mês, fevereiro foi o mais chuvoso, com 45,3% acima da normal climatológica, que é de 118,6 mm, seguido de março que ficou com desvio positivo de 15,3%. O mês de abril apresentou um pequeno desvio positivo de 0,9% e, em maio, as chuvas ficaram abaixo da média, com -12,1%.

Março e abril são os meses mais chuvosos, segundo a climatologia, com média de 203,4 mm e 188,0 mm, respectivamente; enquanto, em maio, a média mensal é de 90,6 mm.

“Esta tendência de redução das chuvas, relativa à climatologia mensal, como mostrado pelos desvios percentuais mensais ao longo da quadra chuvosa, foi indicada no prognóstico emitido em janeiro de 2019”, afirma o meteorologista Raul Fritz.

Macrorregiões

A análise da quadra chuvosa mostra que a região do Sertão Central e Inhamuns foi a que apresentou o maior desvio percentual negativo (-6,3%), seguida do Cariri, com desvio percentual de -4,8%, da Jaguaribana (1,5%), do Maciço de Baturité (14%), da Ibiapaba (25,6%), do Litoral de Pecém (40,9%), do Litoral de Fortaleza (44,2%) e do Litoral Norte (48,0%).

As macrorregiões Ibiapaba, Litoral de Pecém, Litoral de Fortaleza e Litoral Norte ficaram com o acumulado acima de suas normais, enquanto as macrorregiões Maciço de Baturité, Jaguaribana, Cariri e Sertão Central e Inhamuns apresentaram chuvas em torno da média.



Comparação

Com um desvio percentual de 12,6%, durante os meses de fevereiro a maio, o Ceará, em 2019, apresentou  um quadro pluviométrico melhor do que o observado nos anos de 2018 (0,0%), 2017 (-8,2%), 2016 (-45,5%), 2015 (-30,3%), 2014 (-23,4%), 2013 (-39,3%) e 2012 (-49,6%).

“O período de fevereiro a maio de 2019 foi ligeiramente superior ao mesmo período de 2011 (9,7%), que foi o último semelhante ao atual. Nos últimos 10 anos, o período de fevereiro a maio mais chuvoso foi o do corrente ano. Um longo período seco, de 5 anos consecutivos, ocorreu entre 2012 e 2016.”, destaca Fritz.

Prognóstico

O quadro pluviométrico observado ultrapassou, ligeiramente, o primeiro prognóstico, divulgado em janeiro de 2019, que apontou maior probabilidade de que a precipitação média estadual, acumulada no período de fevereiro a abril estaria na categoria em torno da média.

Esse trimestre apresentou um desvio positivo de 17%, com o acumulado médio de precipitação (596,6 mm) situado dentro da categoria acima da média, que corresponde a valores acima de 587,1 mm.

“O primeiro prognóstico indicou tendência de categoria mais provável abaixo da média histórica no centro-sul do estado e acima da média histórica na região mais próxima do litoral, o que foi aproximadamente verificado pois o Sertão Central e Inhamuns, o Cariri e a região Jaguaribana ficaram em torno da média histórica, sendo as duas primeiras regiões mencionadas aquelas que apresentaram pequenos desvios percentuais negativos. Já o segundo, divulgado em fevereiro, para os meses de março a maio, também indicou, como mais provável a categoria em torno da média para o trimestre, sendo a categoria abaixo da média a segunda mais provável”, reforça o meteorologista da Funceme.

As condições de temperatura da superfície do Oceano Atlântico tropical favoreceram a atuação mais regular da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema indutor de chuvas no setor norte do Nordeste. Em maio, a ZCIT teve maior influência apenas sobre o centro-norte do estado durante o início até meados do mês.

No oceano Atlântico tropical observou-se, neste ano, temperaturas da superfície do mar mais aquecidas do que a média nas proximidades da região Nordeste e em torno da neutralidade acima da Linha do Equador, favorecendo a atuação da ZCIT. O fenômeno El Niño se manteve com intensidade fraca durante o período de fevereiro a maio, provavelmente interferindo negativamente na incidência de chuvas sobre o estado entre abril e maio. (FUNCEME)

2019 - Armazenamento:


Ceará - Janeiro: 10,6 % - Fevereiro: 11,2 %.

Castanhão:

3,85 % (25 de janeiro)
3,49 % (28 de fevereiro)
5,07 % (15 de abril)
5,50% (31 de maio)

Orós:

5,49 % (25 de janeiro)
5,39 % (28 de fevereiro)
8,14 % (15 de abril)
9,15 % (31 de maio)

Banabuiú: 

5,44 % (25 de janeiro)
5,85 % (28 de fevereiro)
9,29 % (15 de abril)
8,10% (31 de maio)

Araras:


18,88 % (25 de janeiro)
20,18 % (28 de fevereiro)
48,0 % (15 de abril)
67,68 % (31 de maio)

Pentecoste:

5,07 % (25 de janeiro)
4,93 % (28 de fevereiro)
15,86 % (15 de abril)
21,07 % (31 de maio)

Cedro:

0,77% (25 de janeiro)
0,87 % (28 de fevereiro)
1,52 % (15 de abril)
1,55 % (31 de abril)

2020: Previsão para a estação chuvosa, março, abril e maio, mais otimista.


 FUNCEME, 21 de janeiro:

Acima da Média : 45 %
 Dentro da Média: 35 %
 Abaixo da Média: 20 %

Eduardo Sávio, presidente: "O padrão de conhecimento que temos do Atlântico hoje é bem mais estabelecido do que tínhamos no mesmo período do ano passado".

23/04/2020: Após nove anos, açude Paulo Sarasate, o Araras, em Varjota, atinge 100% da capacidade. O primeiro grande reservatório a sangrar no ano. São 859,53 hm3 de volume.

2020 - Armazenamento:


Ceará - 24/04/2020 - 30,9 %
30/04/2020 - 34,1%

Castanhão - 24/04/2020 - 13,51%
30/04/2020 - 15,4%

Orós - 24/04/2020 - 21,39%
30/04/2020 - 26,8%

Banabuiú - 24/04/2020 - 9,09%
30/04/2020 - 12,0%

Araras - 24/04/2020 - 100%
30/04/2020 - 100%

Pentecoste - 24/04/2020 - 18,78 %
30/04/2020 - 23,3%

Arnairoz II - 24/04/2020 - 92,46 %
30/04/2020 - 95,2%

Cedro - 24/04/2020 - 1,07 %
30/04/2020 - 1,07%

2020 - Balanço de FEV - MAR - ABR

O volume médio atingiu 652,6 mm, equivalente a 28% acima da média histórica, tendo a região do Litoral de Fortaleza a maior média: 877,4 mm, o melhor período chuvoso desde 2009. Moraújo, no norte do Estado, foi o município onde mais choveu: 1.694  mm. O conjunto dos reservatórios chega a 34,1% do total. Contudo, abril fechou com volume 1,5% abaixo da sua média, tendo mais uma vez o Ceará, nesse trimestre, má distribuição das chuvas entre os municípios.

2020 - Fevereiro a Maio 

Ceará conseguiu superar em 22% a media do período, a melhor marca da década. O acumulado de 734,3 mm foi puxado pelo mês de março, com média de 277,5 mm, tendo o Litoral de Fortaleza como destaque. Foram 1049,8 mm entre fevereiro e o final de maio, mês que, mais uma vez foi favorecido pela formação de Ondas de Leste na costa da África.

Pré-Estação 2021

Com as chuvas iniciadas em 2 de novembro, os meteorologistas indicaram o início da pré-estação chuvosa de 2021. O calor intenso, umidade e a Zona de Convergência do Atlântico Sul, em meio a ventos acima da média, formaram precipitações que atingiram o Cariri, o Centro-Sul e o Oeste do Estado, com chuvas de até 120 mm. Segundo o INMET, as chuvas de novembro a janeiro deverão ficar dentro da média histórica do período: 136,1 mm.

No início de dezembro, o fenômeno Vórtice Ciclônico de Ar Superior (VCAS), formado na Bahia, causou chuvas no Maciço de Baturité, Litoral de Fortaleza, Sertão Central e Inhamuns, respingando no Cariri. . Por isso, segundo a FUNCEME, a pré-estação ficaria próxima à média histórica do período.

2021 - Previsão Fev - Abr

Acima da média: 10%

Dentro da média: 40%

Abaixo da média: 50%


2021 - Balanço da quadra chuvosa


O Ceará apresentou desvio negativo de 15,4% nas chuvas do período entre fevereiro e maio deste ano, conforme balanço divulgado, por meio de live no YouTube, pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).

Conforme a climatologia do Estado, a média para o quadrimestre é de 600,7 milímetros, enquanto o observado foi de 508,3 mm. O cenário de precipitações reduzidas e irregulares já era esperado pela Funceme, conforme prognóstico divulgado em janeiro deste ano.

“No primeiro mês da quadra, tivemos uns dias excelentes de chuva, quando houve uma boa distribuição espacial da chuva. Na ocasião, o sul e o oeste do Estado ficaram acima da média”, comenta o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.

Com os dados de fevereiro, o Ceará acabou fechando o mês dentro da normalidade, com um desvio de 6,2%. Já em março e abril, houve redução. As informações do Calendário de Chuvas apontaram desvios negativos de 7,3% e 33,5%, respectivamente.

“Houve alguns dias com boas chuvas, mas diferente do cenário do mês anterior, com o Litoral de Fortaleza um pouco mais chuvoso. No fim, acabou ficando abaixo da normalidade. Já no mês de abril, em termos de categoria observadas, nós tivemos uma grande porção do Ceará com precipitações abaixo da normalidade e algumas pequenas áreas acima”, diz Martins.

Por fim, no último mês da quadra chuvosa, as precipitações ficaram 24,3% abaixo da média.                                                                                                         (COGERH)



   Cogerh 03/06/2021


2021 - Açudes no final da quadra chuvosa:

Castanhão: 13,0%

Orós: 29,0%

Banabuiú: 9,0%

Pentecoste: 14,0%

Araras: 83%

Arneiroz II: 82,0%

Obs.: 11 pequenos açudes sangrando.


2022 - La Niña e chuvas no sul da Bahia causam otimismo

 Em dezembro de 2021, temporais no Vale do Jequitinhonha (MG) e no sul da Bahia evidenciaram a presença do fenômeno La Niña, o que, segundo o Inmet, projetam chuvas de pré-estação, de dezembro a fevereiro de 2022, acima da média no Nordeste. Com os sistemas Zona de Convergência do Atlântico Sul e a La Niña, o Ceará teve 80% de chuvas acima da média durante esse período.

Mas no final de fevereiro, a Funceme anunciou piora na previsão. 

ACIMA DA MÉDIA: 20%

DENTRO DA MÉDIA: 45%

ABAIXO DA MÉDIA: 35%

Isso por conta da "confluência de umidades a partir dos ventos dos hemisférios norte e sul, que não chegavam ao nosso continente". A Zcit se afastava do Ceará.

Fevereiro, porém, terminou frustrante em termos de chuva de modo que apenas cinco reservatórios sangravam até o início de março, todos pequenos. Até 7 de março a Cogerh registrava o acúmulo de 21,45% da capacidade dos reservatórios do Estado.


2022. Previsões confirmadas pelos Profetas


A quadra chuvosa, compreendida entre fevereiro e maio ficou acima da média, conforme as previsões da maioria dos profetas da chuva , com volume médio de 620 mm, contra 533 mm do mesmo período de 2021. Março, com a influência da ZCIT, foi o mês mais chuvoso, com 265 mm, cerca de 30% acima da média do período. Contudo, fevereiro e abril apresentaram dados negativos, o que evidencia a má distribuição das chuvas no estado.

As macrorregiões do Litoral de Fortaleza e do Maciço de Baturité lideraram no aspecto de maiores precipitações, enquanto o Sertão Central e Ihamuns no sentido oposto. Somente na capital, foram 1522 mm, quase 60% a mais do que a média do ano anterior.

Contribuiu para as últimas chuvas de maio o sistema de Ondas de Leste, uma vez que a ZCIT, que é um fenômeno meteorológico de intensidade de ventos alísios, massas de ar quente e úmidas entre o centro e o leste do Oceano Pacífico, dirigiu-se para o norte, contudo as instabilidades no Atlântico permitiram a continuidade das chuvas em junho.

Para a Funceme, onde historicamente chove mais (Fortaleza e Baturité), o volume de chuvas subiu, enquanto onde chove menos (Sertão Central e Inhamuns), decresceu. Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos, a recarga do ano já garante o abastecimento d'água do Ceará por dois anos.

Com a confirmação da pre-estação chuvosa (2023) em  novembro de 2022, os açudes monitorados chegaram a 33% de suas capacidades, melhor marca do período desde 2012. Os açudes Caldeirões e Germinal sangrando e outros cinco com 90% de seus volumes totais. Um mês com volume de chuvas de 65,2 mm, contra a média de 5,8 mm.


2022 - Armazenamento:


Março:

Ceara: 24,3%

Castanhão: 11,59%

Orós: 27,48%

Banabuiú: 8,12%

Araras: 68%

Pentecoste: 7,73%

Cedro: 0,0%


Abril:

Ceara: 36,3%

Castanhão: 21.37%

Orós: 47,98%

Banabuiú: 8,52%

Araras: 95,6%

Pentecoste: 10,62%

Cedro: 0,66%.


Maio:

Ceara: 38,0%

Castanhão: 23,28%

Orós: 49,49%

Banabuiú: 8,81%

Araras: 95,65%

Pentecoste: 12,72%

Cedro: N.I.


2023. Pré Estação começou em outubro de 2022

 

 Na metade do mẽs de outubro de 2022, o Inmet anunciou caso raro em termos de estação chuvosa. Influenciada pela La Niña, o Nordeste iniciaria a sua pré estação chuvosa naquele mẽs. Algumas precipitações ao longo do litoral cearense, seguido de temporais no Cariri. Influenciaram ainda a umidade do ar, forte calor e o fenômeno ZCAS, Zona de Convergência do Atlântico Sul.


2023 - La Niña e chuvas no sul da Bahia causam otimismo

No dia 20 de janeiro a Funceme anunciou o prognóstico de chuva entre fevereiro e abril, otimismo que revelou a melhor expectativa desde 1998. embora algumas regiões devam passar por veranicos, provavelmente em fevereiro. Pesaram no relatório a tendência de condições neutras no Pacífico Equatorial, assim como fenômenos positivos no Atlântico Sul, favorecendo a Zona de Convergência Intertropical:

ACIMA DA MÉDIA: 50%

DENTRO DA MÉDIA: 40%

ABAIXO DA MÉDIA: 10%


2023. Confirmação dos  prognósticos positivos


Foram 643,3 mm durante os quatro da quadra chuvosa, classificados dentro da média histórica e associadas à proximidade da Zona de Convergência Intertropical.

As chuvas acima da média em março levaram ao sangramento do quarto maior açude do Estado. Na noite de 10 de abril, o açude Paulo Sarasate, em Varjota, começou a sangrar após dez anos. Construído em 1951, o Araras, como é conhecido, beneficia a zona norte, compreendida no Vale do Acaraú. Contudo, as irregularidades das precipitações nos Sertões de Crateús/Inhamuns, com reservatórios atingindo apenas 29,27%, levaram alguns municípios a solicitar estado de emergência, ou seja, quadro de seca.

A partir de 16 de dezembro, iniciaram-se as chuvas de pré-estação de 2024, com precipitações que chegaram a 114 mm (Monsenhor Tabosa). Segundo a Funceme, as chuvas estavam associadas a um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e à borda norte do Cavado de Altos Níveis (CAN), originados no sul da Bahia.

Com 37,1 mm de precipitações, dezembro apresentou 17% de chuva acima da média do mês que é de 31,6%, a maioria associada ao VCAN, fechando o ano dentro das previsões dos profetas e da Funceme: em torno da média histórica.



2023. Armazenamento. 

Maio:

Ceara: 51,0%

Castanhão: 31,88%

Orós: 67,34%

Banabuiú: 41,87%

Araras: 100,0%

Pentecoste: 26,08%


Junho:

Ceara: 50,0%

Castanhão: 31,17%

Orós: 66,12%

Banabuiú: 41,9%

Araras: 98,0%

Pentecoste: 25,03%


2024. Funceme tem previsão pessimista no início do ano. Mas mudou a partir de abril.


Os institutos de meteorologia concuíram que, por conta do quarto El Niño mais forte desde 1957, o ano seria frustrante para quem espeva chuvas. As análises eram pessimistas para  o período chuvoso, março - abril:


ACIMA DA MÉDIA: 15%

DENTRO DA MÉDIA: 40%

ABAIXO DA MÉDIA: 45% 


Janeiro iniciou, em plena pré-estação, chovendo em todas as macrorregiões e associadas à presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), comum na época, destacando-se  Missão Velha, no Cariri, com 170,0 mm. 

Já nos dias 10 e 11 de fevereiro, em meio a dias de calor intenso dia e noite, um transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente ocasionau um fenômeno pontual que resultou em fortes chuvas na região próxima a Fortaleza, chegando a 215,1 mm no posto do Pici. Esse aquecimento das águas marítimas pelo El Niño, segundo a Funceme, causaria mais chuvas durante o período da estação chuvosa. O mês  de fevereiro acabou sureendendo positivamente. A atuação da ZCIT e da Zona de Convergência do Atlântico Sul, durante a segunda quinzena, foi responsável, segundo o jornal O Povo, pelo fevereiro mais chuvoso desde 1973, sendo sete açudes sangrando. 

Encerrando-se o mês de março, a surpresa dos institutos após a confirmação de chuvas acima e dentro da média em fevereiro e março. De perspectiva desanimadora em janeiro, diante do "superelniño", as avaliações tecnicas começaram a mudar no início de abril. Em entrevista ao Diário do Nordeste, em 3 de abril, o meteorolista da Funceme Francisco Vasconcelos Junior informou o enfraquecimento do El Niño e elevação da temperatura do Oceano Atlântico, formando núvens e consequente previsão de chuvas dentro da média entre abril e maio. No dia 9 de abril, atrasando alguns dias para ter mais segurança nas informações, a Funceme divulgou a previsão de chuvas entre abril e maio. Anomalias positivas em reção ao El Niño, com águas mais frias  no Pacífico Equatorial, que atream a aproximação da ZCIT, levaram à seguinte perspectiva:

No dia seguinte, 10 de abril,  eio que o quarto maior açude de Estado o Araras, na Zona norte, volta a sangrar, exatamente um ano aós o último sangramento. O otismo quanto "um bom inverno" foi concretizado.


ACIMA DA MÉDIA: 30%

DENTRO DA MÉDIA: 40%

ABAIXO DA MÉDIA: 30



No dia seguinte, 10 de abril, eis que o quarto maior açude de Estado, o Araras, na Zona Norte, voltou a sangrar exatamente um ano após o último sangramento. O otimismo quanto "um bom inverno" foi concretizado, e o mês fechou positivo, consolidando as chuvas do período chuvoso acima da média histórica.


CEARÁ 2024. Armazenamento:


Janeiro

Ceara: 38,5%

Castanhão: 23,97%

Orós: 50,72%

Banabuiú: 36,83%

Araras: 77,41%

Pentecoste: 17,52%

Arneiroz II: 74,48%


Fevereiro

Ceara: 40,0%

Castanhão: 24,71%

Orós: 51,22%

Banabuiú: 37,04%

Araras: 86,46%

Pentecoste: 18,25%

Arneiroz II: 75,31%

Março

Ceara: 45,6%

Castanhão: 27,75%

Orós: 54,76%

Banabuiú: 37,91%

Araras: 90,35%

Pentecoste: 32,22%

Arneiroz II: 74,67%


Abril:

Ceara: 56,4%

Castanhão: 36,04%

Orós: 74,38%

Banabuiú: 42,35%

Araras: 100,0%

Figueiredo: 33,20%

Pentecoste: 63,89%

Arneiroz II: 84,96


CEARÁ - FUNCEME (Médias históricas de 30 anos e médias registradas: 



JAN:   99,8 mm - Registros: 2015: 28,4 mm - 2016: 192 mm - 2017: 68,3 mm - 2018: 72,5 mm - 2019: 109,0 mm - 2020: 142,2 mm - 2021: 45,9 mm - 2022: 162,9 mm - 2023: 113,0 mm - 2024: 59,5 mm
 
FEV:  121,3 mm - Registros: 2015: 97,0 mm - 2016: 52,8 mm - 2017: 159,9 mm - 2018: 187,7 mm - 2019: 172,4 mm - 2020: 200,4 m - 2021: 125,9 mm.- 2022: 64,0 mm - 2023: 115,7 - 2024: 231,7 mm.

MAR: 206,5 mm - Registros: 2015: 181 mm - 2016: 130,4 mm - 2017: 206,2 mm - 2018:  119,9 mm - 2019: 234,6 mm - 2020: 277,5 mm - 2021: 188,7 mm - 2022: 265,6 mm - 2023: 203,4 mm - 2024: 234,1.. 
 
ABR: 190,7 mm - Registros: 2015: 116,4 mm - 2016: 100,7 mm - 2017: 116,1 mm - 2018: 213,4 mm - 2019: 190,5 mm - 2020: 185,2 mm - 2021: 124,5 mm - 2022: 182,5 - 2023: 182,4 mm - 2024: 226,5. mm.
 
MAI:   90,6 mm - Registros: 2015: 37,3 mm - 2016: 52,2 mm - 2017: 69,4 mm - 2018: 58,3 mm - 2019: 77,3 mm - 2020: 86,1 mm - 2021: 93,9 mm - 2022: 108,8 - 2023: 90,6 mm.


Obs: A FUNCEME considera em torno da média o apurado entre 505,6 mm e 698,8 mm durante o período fevereiro - maio, segundo matéria do Diário do Nordeste de 30 de maio de 2017. Portanto, nessa situação, com 619,9 mm, o período chuvoso do ano ficou dentro da média considerável, embora o normal seria a partir de 600,6 mm, o somatório das médias históricas oficiais de cada mês. O mesmo em 2018, com o apurado de 651,8 mm, mais chuvoso que o ano anterior.

Obs II: O acumulado de chuvas entre fevereiro e março de 2017 foi fundamental para a alavancada do setor agropecuário, que cresceu 41,26%  em relação ao mesmo período de 2016, puxando a alta do PIB cearense no segundo semestre, época das safras. A produção de milho quadruplicou e a de feijão triplicou, assim como houve um aporte de 20% na de frutas.

Obs III: Em meio ao anúncio da aparente boa safra agrícola de 2017, confirmou-se o processo de esvaziamento dos grandes açudes, diante da baixa umidade e consequente aumento da temperatura a partir de agosto. Em setembro a COGERH registrou o acúmulo total de 10,3% da capacidade total dos açudes monitorados, estando os maiores, Castanhão, Orós e Banabuiú com 4,27%, 8,6% e 0,67%, respectivamente.

CEARÁ - ACUMULADO:


2022:

Janeiro: 21,24%

Fevereiro: 21,3%

Março: 28,7%

Abril: 36,3%

Maio: 38,0%

2019:


MAI: 21,4 %. 25 açudes sangrando.

2018:


JAN: 7,0 %. Nenhum açude sangrou.
FEV:  6,6 %. Apenas os pequenos açudes Caldeirão (Saboeiro) e Geminal (Palmácia) sangrando. 
MAR: 8,1 %. Dez açudes sangrando, sendo o maior o Itaúna, em Granja.
ABR: 16,34 %. 18 açudes sangrando. 25 acima de 90% da capacidade. Chega a 516,1 mm de chuvas, atingindo a média histórica (505,6 mm a 698,8 mm) do período chuvoso.
MAI: 16,9 %. 15 açudes sangrando. 29 acima de 90% da capacidade. Bacia de Coreaú chega a 90,56%.
DEZ: 10,8 %, com dois açudes sangrando.

DEZEMBRO 2018. BACIAS:


Coreaú: 64,24 %.
Litoral: 58,53 %.
Baixo Jaguaribe: 34,88 %. (Açude Orós com 5,7 %)
Ibiapaba: 31,8 %.
Acaraú: 25,1 %. (Açude Araras com 19,3 %)
Metropolitana: 21,19 %.
Salgado: 19,47 %.
Curu: 10,62 %.
Banabuiú: 6,89 %. (Açude Banabuiú com 5,42 %. Açude do Cedro com 0,75%)
Alto Jaguaribe: 6,22 %.
Sertões de Crateús: 5,64 %.
Médio Jaguaribe: 4,23 %. (Açude Castanhão com 4,21 %)

2017:


JAN: 6,7% - 60% do território cearense em situação crítica de seca (Fonte: ANA)
FEV: 6,53% - Apenas o açude Caldeirões (Alto Jaguaribe) sangrando.
24 de MAR: 9,8% - Apenas os açude Caldeirões (Alto Jaguaribe), Acaraú Mirim (Massapê), Maranguapinho (RMF) e Valério (Alto Jaguaribe sangrando. Em 15 de março, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), apenas 6,5% do território em situação crítica de seca.
ABR: 12,7% - Dez pequenos açudes sangrando. Menos do que o mesmo período de 2016 (13,4%)
MAI: 12,6% - Nove pequenos açudes sangrando. Menos que o mesmo período de 2016 (12,9%) e anos anteriores. Ou seja, o menor volume registrado para maio. Orós, 10,41%; Castanhão, 5,7% e Banabuiú, 0,77%.
DEZ: 7,2 %.

Armazenamento até maio 2018:


Orós:


 2007: 67,96 %
 2008: 100 %
 2009: 100 %
 2017: 10,41 %
 2018: 5,8 %


Castanhão:


2007: 60,79 %
2008: 88,96 %
2009: 94,53 %
2010: 72,48 %
2011: 82,39 %
2017: 5,7 %
2018: 8,0 %

Banabuiú:


2007: 46,65 %
2008: 77,79 %
2009: 92 %
2010: 75,78 %
2011: 91,27 %
2017: 0,77 %
2018: 5,4 %

2016:


JAN: 11,8 %
FEV: 12,7 %
MAR: 12,3 %
ABR (4): 12,77 %
ABR (29): 13,4%
MAI (31): 12,9 % (Fim da quadra chuvosa). Baixo Jaguaribe 0,2%.
JUN (13): 12,6 %. Baixo Jaguaribe 0,1%. Curu 2,9%.
JUL(20): 11,8%. Baixo Jaguaribe 0,2%. Curu 2,7%.
AGO (20): 10,8%
SET(12): 9%

2015:


JAN: 19,6 %
FEV: 19,0 %
MAR: 19,3 %
ABR:  20,37 %
MAI: 19,3%
OUT (22): 14,8 %
DEZ: 12,1 % 

2014:


JAN: 31,1 %
FEV: 29,95 %
MAR: 29,4 %
ABR: 30,6 %
MAI: 32,3 %

2011:


JAN: 54,0 %
FEV (24): 62,01%
MAR: 61,1 %
ABR: 66,6 %
MAI: 73,2 %
JUN: 82,3 % (Maior desde 1986)
JUL: 81,2 %

2008:


JAN:42,5 %
FEV: 42,3 %
MAR:43,0 %
ABR: 58,8 % 
MAI: 77,1%
JUN: 80,4 %

2004:


JAN: 25,2 %
FEV: 51,4 %
MAR: 75,7 %
ABR: 77,6 %
MAI: 78,2 %
JUN: 78,2 %

2002:


DEZ: 34,9 %


FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):


FORTALEZA 2018:


Média histórica: 1.031 mm.
Registrado até maio de 2018: 961,1 mm. 6,77% inferior.


FEV: Média: 163,2 mm. Registrado:  263,3 mm. 61,3 % superior.
MAR: Média: 324,1 mm. Registrado: 228,8 mm. 29,4 % inferior.
ABR: Média: 355,2 mm. Registrado: 220,2 mm. 38 % inferior.
(Até abril 15,45% abaixo da média na Capital)
MAI: Média: 200,8 mm. Registrado: 248,8 mm. 23,9% superior.


FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):


FORTALEZA 2017:


Média histórica: 1.031 mm.
Registrado até maio de 2017: 1190 mm. 15,42% acima da média.


FEV: Média: 163,2 mm. Registrado:  228,1 mm. 39,8 % superior.
MAR: Média:324,1 mm. Registrado: 477,5 mm. 47,3 % superior.
ABR: Média: 355,2 mm. Registrado: 335,2 mm. 5,6 % inferior.
MAI: Média: 200,8 mm. Registrado: 149,2 mm. 25,7 % inferior.

FORTALEZA 2016:


FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):

Média histórica: 1.031 mm
Registrado até maio de 2016: 932 mm. 9,3% abaixo da média, mas dentro da categoria NORMAL, pois não ficou em 10% menor:

FEV: Média: 163 mm. Registrado:  169 mm. 3,6 % superior.
MAR: Média:324 mm. Registrado: 253 mm. 22 % inferior.
ABR: Média: 355 mm. Registrado: 413 mm. 16 % superior.
MAI: Média: 200 mm. Registrado:   97 mm. 50 % inferior.

2015: Registrado: 931 mm, também com maior defasagem em maio.


CE - ANOS COM MAIORES SECAS:


1605/06: Historiador Raimundo Girão: “A primeira que a história cearense registra”.
1612/14
1645
1652
1670/71
1690/93
1711: (Fonte Joaquim Alves)
1721/27: Primeira grande seca com registros oficiais.
1736/38: Índios escravizados e assassinados.Penúria em 1738.
1744/46: A fome avança no sertão.
1754: (Fonte Joaquim Alves)
1760: (Fonte Joaquim Alves)
1766: (Fonte Joaquim Alves)
1772: (Fonte Joaquim Alves)
1777/78: Começa a enfraquecer as charqueadas.
1790/93: Arruinou as charqueadas do CE. Raimundo Girão: “...matando os rebanhos quase inteiramente, liquidou em definitivo o comércio das carnes, cujos mercados compradores passaram a ser abastecidos por Parnaíba (PI), e depois e até hoje - 1962 - pelo charque do RS”.
1814
1824/25: Seca cruel.
1844/45: Historiador Gustavo Barroso: “Peste e fome”. Criado órgão oficial de pesquisas, Comissão Científica.
1877/81: Jornalista Dórian Sampaio: “...famílias inteiras morriam de fome, além de surto de bexiga. Província arruinada”. (Obs: em 1877 a varíola matou milhares de cearenses. Fortaleza foi "invadida" por retirantes)
1915: Com a devastação, flagelados interioranos foram a pé para Fortaleza.
1931/32
1942
1951/53
1958: Seca a maioria dos rios e açudes.
1970 - Três composições da RVC (Rede Viação Cearense) tomadas de assalto, por flagelados, entre Piquet Carneiro e Acopiara. Delas levaram dezenas de sacas de alimentos.
1976
1979/83: O noticioso da TV Globo, Fantástico, mostrou a devastação no Ceará.
1987/88
1991/94
1998/2000
2012/17

CURIOSIDADE:


 O açude do Cedro (Quixadá CE), cujas obras foram iniciadas durante o Império e inauguradas na República, em 1906, em Quixadá, por ter sido construído ao lado de nascente de rios, só sangrou seis vezes:
23 de abril de 1924 - 1925 - 1974 - 1975 - 1986 (3 de maio) e 1989.
Secou totalmente em:
1930 - 1932 - 1950 - 1991 - 2016.

 O açude Orós (Orós CE), o segundo maior do Estado, tendo as obras iniciadas no Governo JK (1958) ante à grande seca do período, e inaugurado em 1961, sangrou em:


 1964
 24/02/1966 
 18/03/1968
 30/04/1973
 1974
 1978
 25/02/1980
 26/03/1981
 1985 a 1989
 05/02/2004
 12/04/2008
 24/04/2009 - 1,9 bi metros cúbicos.
 27/04/2011


 Obs: Em 26/03/1960, em processo de construção, ainda chamado de Boqueirão das Cabeceiras, quando dois mil homens trabalhavam na ampliação em 15 metros da barreira, através de uma fenda, a mesma rompeu-se e por pouco não redundou em tragédia. 712 milhões de metros cúbicos. A consequência foi catastrófica, com o rio Jaguaribe invadindo todo o seu vale, destruindo e levando as populações à fuga para outras áreas, notadamente rumo à capital.



Limoeiro do Norte, março de 1960. Rio Jaguaribe impiedoso. Foto Sales



CE - ANOS COM MELHORES CHUVAS:


1741
1789: Rio Jaguaribe invade Aracati. Alguns pesquisadores falam em 32 anos de "invernos" seguidos nesse século, complementados por terrível seca que praticamente acabou com as charqueadas.
1924
1963/64
1973/74
1986
1996
2004
2008
2009
2011


CEARÁ - MAIORES CHUVAS:



Dom Quintino (Crato) - 290,0 mm - 16/02/2004 (Fonte Funceme).
Obs: Jornal do Cariri, publicado no dia seguinte, apontou 130 mm no Crato e 176 mm em Juazeiro do Norte. Enviamos o jornal via anexo (internet) e continuamos aguardando o posicionamento da Funceme. 

Açude Favelas (Tauá) - 282,0 mm - 16/02/2021. Fonte: Funceme.

*Tucunduba (Caucaia) - 280 mm - 22/03/2015 (Fonte Funceme. Ano de seca)

Fortaleza - 24/04/1997 - 270,6 mm (Fonte FUNCEME, de 3h às 13h. Ano de seca)

*Tucunduba (Caucaia/Maranguape) - 13/04/2015 - 270,0 mm. Fonte: Funceme
*Essas chuvas em Tucunduba, uma serra habitada, sem ocorrências de alagamentos e desastres ambientais, nós questionamos. Foram cerca de 650 mm nas três ocasiões seguidas.

Fortaleza - 06/04/1949 - 270,0 mm (Serviço de Meteorologia). Fonte: O Povo

Icapuí - 13/04/2018 - 255,0 mm. Fonte: Funceme.

Eusébio - 07/03/2004 - 253,0 mm. Fonte: Funceme.

Cágado (S. Gonçalo do Amarante) - 07/04/2016 - 252,0 mm. Fonte: Funceme.

Fortaleza - 29/01/2004 - 250,0 mm. Fonte: Funceme.

Fortaleza - 06/05/1949 - 250,0 mm. Fonte Serviço de Meteorologia. Não entra nos dados da Funceme.

Fortaleza - 11/02/1978 - 250,0 mm.  Fonte: Funceme.

Paraipaba - 07/04/2016 - 233,0 mm Fonte: Funceme.

Quixelô - 23/03/2008 - 231 mm. Fonte: Funceme.

Fortaleza - 03/04/1985 - 225,0 mm. Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza. Nirez.

Icapuí - 12/02/2017 - 223,6 mm. Fonte: Funceme.

Icapuí - 13/03/2020 - 220,0 mm. Fonte: Funceme.

Trairi - 07/04/2016 - 217,0 mm. Fonte: Funceme.

Beberibe - 29/04/2009 – 215 mm. Fonte: Funceme.

Icapuí - 19/04/2009 – 213,0 mm. Fonte: Funceme.

Itarema - 23/03/2019 - 212,0 mm. Fonte: Funceme.


Obs: Em 2004, exceto as citadas acima, as maiores chuvas ocorreram em janeiro, como em Mauriti (180,0 mm) e Cariré (173,0 mm). Municípios como Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Tauá, Jardim e Fortaleza decretaram calamidade pública. Exemplo: 30/01/2004: Açude Araras (Varjota) sangra. Comemoração com fogos de artifício.


FORTALEZA - MAIORES CHUVAS:



24/04/1997 - 270,6 mm (seca)
11/02/1978 - 250,0 mm (chuvoso)
29/01/2004 - 250,0 mm (chuvoso). 
06/05/1949 - 242,0 mm (chuvoso. O Povo)
03/04/1985 - 225,0 mm (Cronologia Ilustrada de Fortaleza. Nirez)
11/02/2024 - 215,1 mm (Pici)
11/01/1978 - 200,0 mm (Segundo o meteorologista Claudio Pamplona. Ano chuvoso)
02/06/1977 - 199,2 mm (O Povo)
23/06/2012 - 197,6 mm (seca)
27/03/2012 - 197,5 mm (seca)
23/04/1929 - 189,0 mm (Jornal O Nordeste)
20/03/1988 - 189,0 mm (seca)
07/03/2004 - 185,6 mm (chuvoso. Entre 0h e 20h. Funceme)
05/01/1934 - 184,0 mm (Jornal O Nordeste)
29/06/2004 - 180,6 mm (chuvoso)
23/06/2012 - 177,8 mm (seca)
07/03/2004 - 173,8 mm (chuvoso)
29/01/2004 - 170,3 mm (chuvoso)
31/03/2014 - 169,0 mm (seca)
12/05/2005 - 169,0 mm (chuvoso)
02/06/1977 - 168,0 mm (chuvoso)
08/04/2001 - 165,0 mm (mal distribuídas)
10/04/2002 - 163,0 mm (mal distribuídas)
08/04//2001 - 165,0 mm (por este pesquisador)
21/03/1981 - 161,6 mm (seca)
15/04/2019 - 148.4 mm (seca)
01/05/1974 - 147,0 mm (chuvoso)
19/03/2003 - 146,7 mm (idem)
11/03/2011 - 145,8 mm (chuvoso)
03/04/1985 - 145,5 mm (chuvoso)
03/01/2015 - 145,2 mm (seca)
01/05/1986 - 140,4 mm (chuvoso)  

CEARÁ 2024

Obs: No dia 30 de maio, a Funceme registrou no Posto Defesa Civil (Fortaleza) 97,0 mm, e no dia seguinte 65,0 mm. Como não choveu naquela data, o acumulado do dia anterior, 30/05/2024 foi de 163,0 mm. Infelizmente não vale como oficial.


Fortaleza - 11/02/2024 - 215,1 mm (Pici)

Granja - 21/02/2024 - 210,0 mm (Adianópolis)

Maranguape - 26/02/2024 - 195,0 mm (Columinjuba)

Camocim - 21/02/2024 - 190,0 mm (Sede)

São Gonçalo do Amarante - 28/02/2024 - 189,0 mm (Croatá)

Granja - 28/02/2024 - 188,4 mm (Sede)

Paracuru - 28/02/2024 - 188,4 mm (Poço Doce)

Missão Velha - 01/01/2024 - 170,0 mm (Sede)

Barroquinha - 27/03/2024 - 168,0 mm (Barra do Sitiá)

Banabuiú - 12/04/2024 - 166,0 mm (Sede)

Iracema - 27/03/2024 - 165,0 mm (Açude Figueiredo)

Jijoca de Jericoacoara - 28/02/2024 - 161,0 mm (Jericoacoara)

Irauçuba - 05/04/2024 - 161,0 mm (Missi)

Acaraú - 28/02/2024 - 159,0 mm (Aranaú)

Caucaia  - 11/02/2024 - 157,6 mm (Sede)

Catunda - 01/01/2024 - 157,2 mm (Sede)

Maranguape  - 11/02/2024 - 150,0 mm (Columinjuba)

Camocim - 27/03/2024 - 150,0 mm (Sede)

Jaguaribara - 20/05/2024 - 148,0 mm (Nova Floresta)

Santa Quitéria - 28/02/2024 - 144,0 mm (Lisieux)

Milagres - 01/01/2024 - 143,0 mm (Sede)

Forquilha - 28/02/2024 - 143,0 mm (Açude Arrebita)

Cariús - 04/03/2024 - 142,0 mm (Angico)

Lavras da Mangabeira - 03/04/2024 - 142,0 mm (Mangabeira)

Quixelô - 01/01/2024 - 141,0 mm (Sede)

Chorozinho  - 26/02/2024 - 139,6 mm (Sede)

Icapuí  - 20/03/2024 - 139,4 mm (Retiro Grande)

Paraipaba - 27/03/2024 - 138,8 mm (Sede)

Alto Santo - 29/03/2024 - 137,0 mm (Umburana)

Varzea Alegre - 04/03/2024 - 134,0 mm (Canindezinho)

Santana do Cariri - 13/04/2024 - 132,0 mm (Dom Leme)

Pereiro - 01/01/2024 - 132,0 mm (Grossas)

Ararendá - 19/01/2024 - 132,0 mm (Lagoa de Santo Antônio)

Santa Quitéria - 27/02/2024 - 130,0 mm (Sede)

Aurura - 13/04/2024 - 130,0 mm (Soledade)

Icapuí  - 23/03/2024 - 128,4 mm (Barrinha)

Sobral - 28/02/2024 - 128,0 mm (Taperuaba)

São Luís do Curu - 28/02/2024 - 127,0 mm (Sede)

Santa Quitéria - 11/04/2024 - 126,6 mm (Trapiá)

Arneiroz - 01/04/2024 - 125,0 mm (Sede)

Aracati  - 20/03/2024 - 124,4 mm (Mata Grande)

Trairi - 27/03/2024 - 124,0 mm (Sede)

Ibiapina - 24/03/2024 - 123,0 mm (Sitio Pituba)

Aurora - 09/02/2024 - 120,0 mm (Sede)

Santa Quitéria - 20/02/2024 - 120,0 mm (Sede)

Camocim - 28/02/2024 - 120,0 mm (Sede)

Cruz - 11/03/2024 - 120,0 mm (Sede)

Trairi - 16/03/2024 - 120,0 mm (Sede)

Lavras da Mangabeira - 13/04/2024 - 120,0 mm (Iborepi)


FORTALEZA 2024


Pici - 11/02/2024 - 215,1 mm 

Fundação Maria Nilva - 12/02/2024 - 112,0 mm (Obs. Precipitação do dia anterior, adiada por conta do limite de horário do fechamento).

Fundação Maria Nilva - 13/05/2024 - 110,0 mm

Castelão - 19/02/2024 - 90,5 mm. 

CEARÁ 2023


Dep. Irapuan Pinheiro - 27/03/2023 - 230,0 mm (Betânia)

Independência - 02/04/2023 - 205,0 mm (Logradouro)

Milhã - 27/03/2023 - 190,0 mm (Sede)

Meruoca - 27/04/2023 - 189,0 mm (Sede)

São Gonçalo do Amarante - 27/04/2023 - 180,0 mm (Sede)

Icapuí  - 25/01/2023 - 180,0 mm (Sede)

Maranguape - 27/04/2023 - 165,0 mm (Caluminjuba)

Crateús - 02/04/2023 - 161,0 mm (Monte Nebo)

Várzea Alegre - 20/01/2023 - 160,0 mm (Boa Vista)

Paracuru - 17/06/2023 - 160,0 mm (Jardim do Meio)

Barreira - 16/03/2023 - 160,0 mm (Sede)

Quixeramobim  - 03/03/2023 - 155,0 mm (Uruque)

Beberibe  - 03/03/2023 - 155,0 mm (Sede)

Uruburetama - 19/03/2023 - 150,6 mm (Açude Mundaú)

Caririaçu  - 13/03/2023 - 150,0 mm (Sede)

Milagres  - 13/03/2023 - 149,0 mm (Sede)

Senador Sá - 27/04/2023 - 143,0 mm (Salão)

Altaneira  - 13/03/2023 - 143,0 mm (São Romão)

Amontada - 16/03/2023 - 143,0 mm (Santa Cruz

Icó  - 01/02/2023 - 143,0 mm (Sede)

Lavras da Mangabeira - 02/01/2023 - 140,0 mm (Iborepi)

Lavras da Mangabeira - 02/03/2023 - 140,0 mm (Iborepi)

Bela Cruz - 28/03/2023 - 140,0 mm (Prata)

Granjeiro - 14/03/2023 - 139,2 mm (Cana Brava dos Ferreira)

Varjota - 28/03/2023 - 138,0 mm (Dipan)

Acaraú - 28/03/2023 - 138,0 mm (Aranaú)

Moraújo - 27/04/2023 - 137,0 mm (Varzea da Volta)

Abaiara  - 13/03/2023 - 135,0 mm (Sede)

Itapipoca - 16/03/2023 - 135,0 mm (Arapari)

Massapê - 27/04/2023 - 133,0 mm (Gameleira)

Jijoca de Jericoacoara - 28/03/2023 - 131,0 mm (Sede)

Cruz - 28/03/2023 - 130,8 mm (Pitombeiras)

Cascavel - 03/03/2023 - 130,0 mm (Guanacés)

Jaguaribe - 20/01/2023 - 129,4 mm (Sítio Severo)

Tamboril - 15/03/2023 - 129,0 mm (Sede)

Maranguape - 27/04/2023 - 128,4 mm (Viçosa 1)

Crato - 27/03/2023 - 127,0 mm (Lameiro)

Jucás - 27/03/2023 - 126,0 mm (Baixio de Donana)

Aurora - 14/03/2023 - 125,8 mm (Ingazeira)

Itapipoca - 04/03/2023 - 125,4 mm (Praia da Baleia)

Maranguape - 03/03/2023 - 125,0 mm (Columinjuba)

Nova Russas - 17/03/2023 - 125,0 mm (Canindezinho)

Crato - 09/04/2023 - 125,0 mm (Santa Fé)

Cariré - 18/03/2023 - 124,4 mm (Juca)

Quixeré - 17/03/2023 - 124,0 mm (Sede)

Varjota - 22/03/2023 - 122,0 mm (Dipan)

Cariré - 22/03/2023 - 122,0 mm (Sede)

Milagres - 27/03/2023 - 121,0 mm (Valdivino)

Pacatuba - 17/03/2023 - 120,0 mm (Sede)

S. J. do Jaguaribe - 31/03/2023 - 120,0 mm (Sítio Lima)

Aracati - 29/03/2023 - 120,0 mm (Aeroporto)

Solonópole - 27/03/2023 - 120,0 mm (Açude Tigre)

Coreaú - 27/04/2023 - 120,0 mm (Urubu)

FORTALEZA 2023:

Pici  - 14/03/2023 - 92,2 mm (Sede)

Obs: A Funceme informou no boletim de 15 de março, um dia sem chuvas na capital, 44,2 mm no posto do Pici. Isso por conta do horário de fechamento das coletas, pela manhã. Portanto foram cerca de 136,0 mm de precipitação no dia 14/03/2023.

Defesa Civil - 25/01/2023 - 83,0 mm 


CEARÁ 2022


Várzea Alegre - 17/04/2022 - 200,0 mm. (Boa Vista)

São Gonçalo do Amarante - 10/04/2022 - 179,0 mm (Sede)

Caririaçu - 17/11/2022 - 171,0 mm (Vila Feitosa)

Granja - 05/06/2022 - 161,0 mm (Adrianópolis)
 
Missão Velha - 26/10/2022 - 148,0 mm (Gameleiro de São Sebastião)

Campos Sales - 04/11/2022 -146,0 mm (Barão de Aquiraz)
 
Várzea Alegre - 26/10/2022 - 145,0 mm (Sede)

Altaneira - 04/11/2022 -143,0 mm (São Romão)

Granja - 04/06/2022 - 137,0 mm (Adrianópolis)

Fortaleza - 30/04/2022 - 136,9 mm (Pici)

Ipu - 21/03/2022 - 136,4 mm (Marruás dos Paiva)

Fortaleza - 29/03/2022 - 135,8 mm (Caça e Pesca)

Quixeramobim - 04/06/2022 - 133,0 mm (Belém)

Beberibe - 19/02/2022 - 132,2 mm (Paripueira)

Lavras da Mangabeira - 12/03/2022 - 130,0 mm (Iborepi)

Lavras da Mangabeira - 08/11/2022 - 130,0 mm (Iborepi)
 
Juazeiro do Norte - 26/10/2022 - 127,7 mm (Sede)
 
Aurora - 05/11/2022 - 127,0 mm (Agrovila)

Jaguaribara - 06/01/2022 - 125,0 mm (São José da Fama)

Salitre - 04/11/2022 -125,0 mm (Chapada do Alegre)

Aurura - 17/11/2022 - 123,6 mm (Agrovila)

Ipu - 07/03/2022 - 123,0 mm (Sítio São João)

Granjeiro - 17/11/2022 - 122,3 mm (Canabrava dos Ferreira)

Tauá - 06/01/2022 - 120,0 mm (Corisco)

Lavras da Mangabeira - 04/03/2022 - 120,0 mm (Quitauns)

FORTALEZA 2022:

Pici - 30/04/2022 - 136,9 mm 

Caça e Pesca - 29/03/2022 - 135,8 mm

Agua Fria - 02/06/2022 - 113,0 mm


CEARÁ 2021

Crateús - 16/02/2021 - 200,0 mm (Santa Terezinha)

Cariús - 14/02/2021 - 180,0 mm (Sede)

Quiterianópolis - 16/02/2021 - 170,0 mm (Cruz)

Tianguá - 07/12/2021 - 170,0 mm (Sede)

Jati - 16/02/2021 - 167,6 mm (Macapá)

Granja - 17/02/2021 - 161,0 mm (Parazinho)

Milagres - 16/02/2021 - 160,5 mm (Sede)

Jucás - 14/02/2021 - 156,0 mm (Sede)

Ararendá - 16/02/2021 - 150,0 mm (Sede)

Abaiara - 13/03/2021 - 145,0 mm (Sede)

Acopiara - 16/02/2021 - 140,0 mm (Ebrom)

Barro - 29/04/2021 - 138,1 mm (Sede)

Fortaleza - 30/04/2022 - 136,9 mm (Pici)

Pedra Branca - 16/02/2021 - 136,0 mm (Capitão Mor)

Abaiara - 16/02/2021 - 135,0 mm (Sede)

Quixelô - 06/05/2021 - 133,4 mm (Sede)

Tauá - 16/02/2021 - 132,9 mm (Sede)

Jijoca de Jericoacoara - 16/02/2021- 132,0 mm (Sede)

Icó - 14/02/2021 - 130,0 mm (Cascudo)

Mucambo - 16/02/2021 - 125,0 (Sede)

Granja - 16/02/2021 - 125,0 (Tiaia de Baixo)

Iguatu - 14/02/2021 - 124,0 mm (Baú) Cariús - 16/02/2021 - 1

Cariús - 16/02/2021 - 123,0 mm (Sede)

Saboeiro - 16/02/2021 - 123,0 mm (Itaporanga)

Barro - 31/12/2021 - 121,4 mm (Brejinho)

Fortaleza - 26/03/2021 - 121,2 mm (Messejana)

Cedro - 27/12/2021 - 120,0 mm (Ematerce)

Iguatu - 06/05/2021 - 119,0 mm (Sede)

S. João do Jaguaribe - 29/04/2021 - 118,0 mm (Sede)

Maracanaú - 08/05/2021 - 118,0 mm (Sede)

Mombaça - 30/12/2021 - 117,0 mm (Sede)

Ibiapina - 20/02/2021 - 115,5 mm (Sede)

Itaitinga - 07/05/2021 - 115,0 mm (Sede)

Fortaleza - 26/03/2021 - 115,0 mm (Água Fria)

Cedro - 14/02/2021 - 115,0 mm (Ematerce)

Lavras da Mangabeira - 14/02/2021 - 113,0 mm (Amaniutuba)

Missão Velha - 16/02/2021 - 112,0 mm (Sede)

Jucás - 16/02/2021 - 112,0 mm (Baixio de Donana)

Crato - 26/02/2021 - 110,0 (Lameiro)

Cascavel - 01/03/2021 - 110,0 mm (Guanacés)

Ipaporanga - 22/04/2021 - 110,0 mm (Sede)

Icapuí - 08/05/2021 - 110,0 mm (Sede)

Missão Velha - 14/02/2021 - 109,0 mm (Sede)

Itapipoca - 15/05/2021 - 108,8 mm (Baleia)

Uruburetama - 01/03/2021 - 108,0 (Açude Mundaú)

Irapuan Pinheiro - 17/02/2021 - 103,0 mm (Sede)

Milhã - 103,0 - 03/07/2021 (Carnaubinha)

Pedra Branca - 102,0 - 03/07/2021 (Mineirolândia)

Cascavel - 05/05/2021 - 100,2 (Sede)

Dep. Irapuan Pinheiro - 100,0 - 03/07/2021 (Betânia)

Altaneira - 100,0 - 19/04/2021 (Sede)


CEARÁ 2020


Icapuí - 13/03/2020 - 220,0 mm (Sede)
Lavras da Mangabeira - 16/03/2020 - 205,0 mm (Amaniutuba)
São Gonçalo do Amarante - 06/07/2020 - 185,0 mm (Santo Amaro)
Granja - 05/03/2020 - 180,0 mm (Pessoa Anta)
Pedra Branca - 09/01/2020 - 172,0 mm (Aç. Trapiá)
Tarrafas - 16/03/2020 - 170,0 mm (Sede)
Lavras da Mangabeira - 18/03/2020 - 170,0 mm (Iborepi)
Aquiraz - 24/04/2020 - 170,0 mm (Sapucaia Fagundes)

Mombaça - 09/01/2020 - 166,0 mm (Boa Vista)
Parambu - 16/03/2020 - 165,0 mm (Novo Assis)

Cariús - 16/03/2020 - 158,0 mm (São Sebastião) 
Nova Russa - 11/03/2020 - 157,0 mm (Nova Betânia)
Crateús - 25/03/2020 - 157,0 mm (Ibiapaba)
Redenção - 31/01/2020 - 145,0 mm (Acarape do Meio)
Iracema - 18/02/2020 - 144,0 mm (Bastiões)
Pindoretama - 17/04/2020 - 142 mm (Sede)
Tamboril - 09/01/2020 - 139,0 mm (Oliveira)
Boa Viagem - 18/02/2020 - 137,0 mm (Sede)
Ipaporanga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)
Poranga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)

Jaguaruana - 10/01/2020 - 136,0 mm (Borges)
Tejuçuoca - 07/07/2020 - 135,0 mm (Fazenda Malaquias)
Quixeré - 15/02/2020 - 135,0 mm (Lagoinha)
Amontada - 05/02/2020 - 133,0 mm (Icaraí)
Juazeiro do Norte - 26/03/2020 - 133,0 (Sede)
Fortaleza - 15/03/2020 - 132,3 mm (Castelão)
Jaguaribe - 25/03/2020 - 132,0 mm (Sede)
Beberibe - 13/03/2020 - 130,2 mm (Paripueira)
Potengi - 24/03/2020 - 130 mm (Barreiros de Baixo)
Cariús - 19/01/2020 - 128,0 mm (Angico)
Baturité - 31/01/2020 - 127,0 mm (Sede)
Ererê - 25/03/2020 - 125,0 mm (Sede)

Ererê - 21/04/2020 - 125,0 mm (São João)
Acaraú - 24/04/2020 - 125,0 mm (Aranaú)
Sobral - 23/04/2020 - 125,0 mm (Aracatiaçu)
Ererê - 18/02/2020 - 123,0 mm (Açude Santa Maria)
Farias Brito - 01/01/2020 - 122,0 mm (Cariutaba)
Mombaça - 18/04/2020 - 122,0 mm (Sede)
Acaraú - 11/01/2020 - 120,1 mm (Aranaú). Obs: 218,3 mm em dois dias.
Ererê - 25/02/2020 - 120,0 mm (Sede)
Iguatu - 16/03/2020 - 120,0 mm (Barro Alto)
Cedro - 19/04/2020 - 120,0 mm (Ematerce)


FORTALEZA 2020:


Castelão - 15/03/2020 - 132,3 m
Castelão - 17/04/2020 - 85,7 mm
Castelão - 02/03/2020 - 85,4 mm
Messejana - 01/02/2020 - 64,8 mm (Obs: precipitação do dia anterior)

Obs: 31/01/2020: Choveu 147,8 mm no posto Pici, em Fortaleza, mas sem valer oficialmente por conta da política de apuração de dados da FUNCEME, às 7h de cada dia. Portanto, as fortes chuvas da tarde e noite dessa data só foram registradas pelo órgão nos dois dias posteriores, que foram de sol em Fortaleza.

CEARÁ 2019:


Itarema - 23/03/2019 - 212,0 mm (Sede)
Quiterianópoles - 16/02/ 2019 - 189,9 mm (Monteiro)
Lavras da Mangabeira - 31/03/2019 - 181,0 mm (Iborepi)
Granja - 14/02/2019 - 176,0 mm (Timonha)
Tabuleiro do Norte - 14/02/2019 - 167,2 mm (Sede)
Santana do Cariri - 22/03/2019 - 160,0 mm (Sede)
Iguatu - 25/03/2019 - 158,0 mm (Quixoa)
Acaraú - 23/03/2019 - 150,0 mm (Sede)
Jijoca de Jericoacoara - 03/04/2019 - 149,0 mm (Jericoacoara)
Lavras da Mangabeira - 24/03/2019 - 148,6 mm (Sede)
Fortaleza - 15/04/2019 - 148.4 mm (Água Fria)
Cariús - 31/03/2019 - 147,0 mm (Angicos)
Sobral - 22/05/2019 - 143,1 mm (Boqueirão)
Camocim - 01/04/2019 - 140,0 mm (Sede)
Abaiara - 04/04/2019 - 140,0 mm (Sede)
Maracanaú - 24/02/2019 - 139,0 mm (Museu Rodolfo Teófilo)
Jaguaruana - 20/01/2019 - 137,4 mm (Borges)
Barroquinha - 22/03/2019 - 137,2 mm (Sede)
Amontada- 23/03/2019 - 137,0 mm (Icaraí)
Aurora - 31/03/2019 - 136,0 mm (Santa Vitória)
Várzea Alegre - 31/03/2019 - 135,0 mm (Boa Vista) 
Chaval - 01/04/2019 - 135,0 mm (Sede)
Itaitinga - 16/03/2019 - 133,0 mm (Paço Municipal)
São Gonçalo do Amarante - 132,0 mm (Croatá) 
Chaval - 22/03/2019 - 132,0 mm (Sede)
Crato - 04/04/2019 - 130,0 mm (Lameiro)
Paracuru- 23/03/2019 - 128,0 mm (Jardim do Meio)
Itapiúna - 18/01/2019 - 127,0 mm (Boa Vista)
Coreaú - 01/04/2019 - 126,0 mm (Urubu)
Ibiapina - 24/03/2019 - 126,0 mm (Sede)
Iracema - 06/01/2019 - 126,0 mm (Bastiões)
São Gonçalo do Amarante - 24/02/2019 - 125,0 mm (Sede)
Bela Cruz - 22/03/2019 - 125,0 mm (Sede)
Brejo Santo - 04/04/2019 - 130,0 mm (Sede)
Itapipoca - 11/04/2019 - 122,6 mm (Sede)
Solonópole - 24/03/2019 - 122,0 mm (Açude Tigre)
Amontada - 14/03/2019 - 122,0 mm (Barra das Moitas)
Pacatuba - 24/02/2019 - 121,3 mm (Escola Luiza Teodoro)
Jijoca de Jericoacoara - 03/03/2019 - 121,1 mm (Jericoacoara)
Farias Brito- 24/03/2019 - 121,0 mm (Cariatuba)
Amontada - 11/04/2019 - 121,0 mm (Icaraí)
Ibiapina - 16/02/ 2019 - 120,5 mm (Sede)
Fortaleza - 24/02/2019 - 120,3 mm (Castelão)
Amontada - 01/04/2019 - 120,0 mm (Icaraí)
Crato - 16/02/ 2019 - 120,0 mm (Lameiro)
Crato - 19/03/ 2019 - 120,0 mm (Lameiro)
Morada Nova - 22/05/2019 - 120,0 mm (Açude Cipoada)


FORTALEZA 2019:

Água Fria - 15/04/2019 - 148.4 mm 
Castelão - 24/02/2019 - 120,3 mm
Água Fria - 19/01/2019 - 105,0 mm


Obs.: Boletins da FUNCEME, no Pici, em Fortaleza, registraram 54,0 mm e 66,4 mm nos dias 1 e 2 de fevereiro, respectivamente. Do total, mais de 110,0 mm corresponderam apenas ao dia primeiro, até então o dia mais chuvoso na capital. 

CEARÁ 2018:


Icapuí - 13/04/2018 - 255,0 mm (Sede)
Farias Brito - 06/12/2018 - 178,0 mm (Sede)
Granja - 09/04/2018 - 173,0 mm (Timonha)
Itarema - 12/04/2018 - 164,4 mm (Fazenda Aguapé)
S. Gonçalo do Almarante - 12/04/2018 - 150,4 mm (Croatá)
Mauriti - 27/01/ 2018 - 150,0 mm (Mararupa)
Cedro - 24/11/2018 - 150,0 (Várzea da Conceição)
Milagres - 20/02/2018 - 148,0 mm (Serra Brava)
Catunda - 11/04/2018 - 142,0 mm (Paraíso)
Aracoiaba - 17/04/2018 - 136,0 mm (Furnas)
Russas - 08/04/2018 - 135,0 mm (Peixe)
Santana do Cariri - 24/12/2018 - 139,1 mm (sede)
Fortaleza (Água Fria) - 10/05/2018 - 134,0 mm
Caririaçu - 02/04/2014 - 134,0 mm (Vila Feitosa)
Coreaú - 11/04/2018 - 133,0 mm (Urubu)
Morrinhos - 13/02/2018 - 132,0 mm (sede)
S. Luis do Curu -15/02/2018 - 131,0 mm (sede) 
Viçosa do Ceará - 08/02/2018 - 127,8 mm (sede)
Uruóca - 12/04/2018 - 127,0 mm (Campanário)
Ipaumirim - 24/12/2018 - 125,2 mm (sede)
Quixadá - 17/04/2018 - 125,0 mm (Sede)
Tauá - 06/12/2018 - 125,0 mm (Vera Cruz)
Irauçuba - 15/02/2018 - 124,0 mm (Sede)
Quixeramobim - 31/03/2018 - 124,0 mm (Encantado)
Barro - 20/02/2018 - 122,4 mm (sede)
Ibaretama - - 17/04/2018 - 122,0 mm (Niterói)
Novo Oriente - 08/04/2018 - 122,0 mm 
Barroquinha - 11/04/2018 - 122,0 mm (Sede)
Barreira - 17/02/2018 - 121,0 mm (Sede)
Icó - 30/03/2018 - 121,0 mm (Cascudo)
Ipu - 29/03/2018 - 121,0 mm (Flores)
Massapê - 11/05/2018 - 120,4 mm (Gameleira)
Hidrolândia - 29/03/2018 - 120,0 mm (Sede)
Ibiapina - 14/04/2018 - 120,0 mm (Sede)
Amontada - 15/02/2018 - 119,0 mm (Jacuípe Nascente)
Poranga - 01/03/2018 - 119,0 mm (sede)
Martinópole - 13/02/2018 - 117,0 mm (sede)
Lavras da Mangabeira - 24/11/2018 - 117,0 (Quitaius)
Ibiapina - 02/03/2018 - 115,0 mm (sede)
Fortaleza - 10/03/2018 - 115,0 mm (Pici)


FORTALEZA 2018:


Água Fria - 10/05/2018 - 134,0 mm
Pici - 10/03/2018 - 115,0 mm
Água Fria - 07/07/2018 - 108,2 mm
Pici - 16/04/2018 - 90,8 mm

CEARÁ 2017:


Icapuí - 12/02/2017 - 223,6 mm
Tururu - 03/03/2017 - 180,0 mm
Alto Santo - 18/02/2017 - 178,6 mm
Caucaia (Tucunduba) - 11/02/2017 - 168,0 mm
Ibicuitinga - 18/02/2017 - 157,0 mm
Morada Nova - 18/02/2017 - 155,6 mm
Tauá (Altamira) - 11/02/2017 - 152,0 mm
Beberibe - 03/03/2017 - 148,0 mm
Fortim- 03/03/2017 - 144,0 mm
Granja (Timonha) - 02/07/2017 - 144 mm
Granja (Timonha) - 06/03/2017 - 132,0 mm
Cariús - 01/06/2017 - 126,0 mm
Ipaumirim - 26/01/2017 - 125,4 mm
Jaguaretama - 20/01/2017 - 125,0 mm
Itaitinga - 11/02/2017 - 122,0 mm
Cedro - 03/06/2017 - 120,0 mm
Itaiçaba - 02/03/2017 - 121,4 mm
Cascavel - 03/03/2017 - 118,0 mm
São Gonçalo - 29/05/2017 - 118,0 mm
Paracuru - 29/05/2017 - 117,0 mm
Amontada (Icaraí) - 29/05/2017 - 117,0 mm
Amontada (Icaraí) - 11/02/2017 - 116,0 mm
Aracoiaba - 11/02/2017 - 116,0 mm
Aquiraz - 11/02/2017 - 115,0 mm
Viçosa do Ceará - 15/03/2017 - 115,0 mm

FORTALEZA 2017


Água Fria - 09/03/2017 - 110,0 mm
Pici - 11/02/2017 - 107,8 mm
Castelão - 11/04/2017 - 101,2 mm

CEARÁ 2016:


Cágado (S. Gonçalo) - 07/04/2016 - 253,0 mm
Paraipaba - 07/04/2016 - 233,0 mm
Trairi - 07/04/2016 - 217,0 mm
Quiterianópolis - 21/01/2016 - 204,5 mm
Arneiroz - 21/01/2016 - 194,0 mm
Barroquinha - 21/01/2016 - 166,2 mm
Crateús - 21/01/2016 - 166,0 mm
Trairi - 21/01/2016 - 164, 0 mm
Aquiraz - 31/03/2016 - 163,2 mm
S. Teresa (Tauá) - 21/01/2016 - 160,0 mm

FORTALEZA 2016:


Água Fria - 02/04/2016 - 132,6 mm. A maior parte se refere a 1 de abril.
Pici - 21/01/2016 - 129,8 mm
Água Fria - 31/03/2016 - 123,8 mm
Messejana - 01/04/2016 - 100,6 mm

CEARÁ 2015:


*Tucunduba (Caucaia/Maranguape) - 22/03/2015 - 280,0 mm
*Tucunduba - 13/04/2015 - 270,0 mm
*Tucunduba - 15/04/2015 - 101,0 mm
*Total: 651,0 mm em uma semana na serra de Tucunduba.

Paramoti - 01/04/2015 - 197,8 mm
Cruz - 03/04/2015 - 167,4 mm (228,9 em três dias)
Lameiro (Crato) - 22/04/2015 - 162,0 mm
Barbalha - 22/04/2015 - 159,0 mm
Camocim - 07/04/2015 - 146,0 mm
Água Fria (Fortaleza) - 03/01/2015 - 145,2 mm
Crato - 22/04/2015 – 140,0 mm
Missão Velha - 22/04/2015 - 133,0 mm


FORTALEZA 2015:


Pici - 05 a 10/03/2015 - 181,0 mm
Castelão - 05 a 10/03/2015 - 167,4 mm
Água Fria - 03/01/2015 - 145,2 mm


CEARÁ 2014:


Farias Brito - 03/02/2014 – 182,0 mm
Fortaleza - 31/03/2014 - 169,0 mm (Messejana)
Ererê - 03/04/2014 - 158,0 mm
Ipaumirim - 05/03/ 2014 - 157,0 mm
Pereiro - 03/04/2014 -130,0
Cariús - 08/02/2014 - 127,0 mm
Juazeiro do Norte - 08/02/2014 - 125,0 mm
Caririaçu - 31/03/2014 -111,0 mm
Barreira - 03/04/2014 - 110,0 mm
Várzea das Mercês (Itapipoca) - 31/03/2014 -106,6 mm              
Barbalha - 26/03/2014 - 106 mm
S. Gonçalo - 30/01/2014 -104,5 mm
S. Gonçalo - 03/04/2014 - 102,0 mm

CEARÁ 2013:


Icapuí - 20/04/2014 - 180,0 mm
Jaguaretama - 18/03/2013 - 158,0 mm
Baleia (Itapipoca) - 18/05/2013 - 144,0 mm
Icaraí (Amontada) - 18/05/2013 - 142,0 mm
Aracati - 20/04/2013 - 142,0 mm
Jardim - 14/01/2013 - 133,0 mm
Groaíras - 03/01/2013 - 126 mm
Paraipaba - 18/05/2013 - 125,0 mm
Crato - 25/05/2013 - 125,0 mm

CEARÁ 2012:


Ano atípico, pois ocorreu La Niña e ao mesmo tempo seca, como em 1951, 1981 e 2001. A FUNCEME classificou o ano como o da quinta maior seca da história e a maior desde 1983.


CEARÁ 2011:


2011 foi o último ano de período chuvoso de então, com 41% acima da média histórica do Ceará, mas ruim no Vale do Curu, que vinha de seca em 2010. Portanto, chegou a sete anos de seca até 2016, daí o colapso no açude de Pentecoste, onde os plantadores de coco cavaram poços. A maioria dos profetas acertou as previsões:


Porteiras - 04/05/2011 - 182,0 mm
Aquiraz - 05/01/2011 - 174,0 mm
Croatá - 10/05/2011 - 170,4 mm
Santa Quitéria - 25/01/2011 - 162,8 mm
Ibiapina - 10/05/2011 - 150,0 mm
Paramoti - 19/01/2011 - 149,6 mm
Canindé - 25/01/2011 - 147,0 mm
Fortaleza - 11/03/2011 - 145,8 mm
Ipueiras - 10/05/2011 - 141,0 mm
Acaraú - 24/04/2011 - 139,4 mm
Granja - 01/05/2011 - 137,0 mm
Ipu - 10/05/2011 - 137,0 mm

Obs.: O Orós sangrou no dia 24/04/2011.


FORTALEZA 2011:


Média anual: 1.467,1 mm. Registrado: 2.075,4 mm, desvio positivo de 41%.

CEARÁ 2008:


 Espetacular ano chuvoso. Sertão Central e Baixo Jaguaribe com as menores precipitações.

De janeiro a abril:

Itapipoca (Vale do Curu): 1.206,9 mm
Granja (Litoral Norte): 1.164,9 mm
Trairi (Vale do Curu): 1.136,8 mm
Lavras da Mangabeira (Cariri): 1.060,5 mm
Barro (Cariri): 1.053,6 mm
Sobral (Vale do Acaraú): 988,0 mm
Fortaleza: 947,7 mm

Obs 2008:


30/03/2008: Sangra o açude Trici (Tauá - Inhamuns)
03/04/2008: sangra o açude Várzea do Boi (Tauá - Inhamuns)
03/04/2008: Sangra o açude Arneiroz II (Arneiroz - Inhamuns)
04/04/2008: Sangra o açude Orós (abriram as comportas do Castanhão, o maior do País, que nunca sangrou), assim como no dia 27/04/2009 e 24/04/2011.




2008: COGERH. Nível dos açudes monitorados do Ceará: 13/05/2008: 83,23% (o maior segundo as nossas anotações).


Maiores precipitações:


Quixelô - 23/03/2008 - 231,0 mm
Beberibe - 29/04/2008 - 215,0 mm
Aracati - 11/03/2008 - 200,8 mm
Saboeiro - 26/02/2008 -197,0 mm
Acaraú - 07/04/2008 - 174,0 mm
Chaval - 05/04/2008 - 158,0 mm
S. L. do Curu - 11/04/2008 -158,0 mm
Iracema - 29/03/2008 - 156,0 mm
Morrinhos - 31/03/2008 - 148,2 mm
Campos Sales - 29/04/2008 -147, 3 mm
Redenção - 29/04/2008 -147,0 mm
Novo Oriente - 29/04/2008 -146,2 mm
Missão Velha - 31/01/2008 - 143,0 mm
Pereiro - 02/04/2008 - 142,0 mm
Parambu e N. Oriente - 31/01/2008 - 140,0 mm
Uruoca - 11/04/2008 - 140,0 mm
Saboeiro - 15/04/2008 - 140,0 mm



2004:


Jan: 25, 2%
Fev: 51,4%
Mar: 75,7%
Abr: 77,6%
Mai: 78,2%
Jun: 78,2%
Jul: 78,9%


Obs. Castanhão:


2004 foi o primeiro ano de monitoramento do Castanhão, o maior açude múltiplo para usos do País, inaugurado no ano anterior, e também o que mais choveu no reservatório: 1.399,7 mm, enquanto a média na área de Jaguaretama é de 857,9 mm.  Mesmo assim só chegou a 74,6%. Apenas em 2009, quando choveu 1.020,4 mm, atingiu quase a cotação máxima, o que não ocorreu devido a abertura das comportas.



Fontes: FUNCEME e COGERH; "Pequena História do Ceará" (Raimundo Girão); Jornais O Povo. Tribuna do Ceará (TC) e Diário do Nordeste; Anuário do Ceará (Dórian Sampaio); Agência Brasil EBC, Revista Central e Acervo Lucas.



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