Profetas da Chuva - De 1603 a 2024. Secas e Chuvas no Ceará
Histórico dos Profetas
Foto 23/04/1924. Sangra o Cedro pela primeira vez. |
Açude Arneiroz II, inaugurado por Lula, na região mais seca do Ceará, é a esperança do povo dos Inhamuns. Foto: José Rodrigues Xavier |
Além da crendice indígena, revigorada pela religiosidade cristã, os agricultores, dentro da sua simplicidade e rudeza, utilizavam da parceria com a natureza o sentido de adivinhação quanto ao futuro relativo às chuvas: colmeias, formigueiros, cantos e ninhos de aves, e até a umidade do sal eram e continuam sendo as apostas quanto ao “inverno”, mantendo-se a tradição positivista.
Antônio Duarte Passos
Destacado servidor da Delegacia Fiscal, esse profeta cearense iniciou suas pesquisas em 1891, aos 37 anos. Fundamentava-se nos astros, e dizia: "O ano em que o Sol governar será de inverno". Faleceu em Fortaleza no dia 15 de janeiro de 1928, com 75 anos.
Roque de Macedo
Roque de Macedo. Previsões ba- seadas nos animais. |
A formiga, por exemplo, intensifica seu ritmo de trabalho, que é constante, quando sente que vai chover, procurando, nesse caso, levar para o formigueiro a maior quantidade de alimentos, prevenindo-se contra a quadra chuvosa. As “operárias” reforçam o cone de entrada de sua moradia na intensão de impedir a entrada de água, fato que, às vezes, seus cálculos saem errados e o líquido acaba invadindo o formigueiro.
Roque, Profeta das Chuvas. (TC, 1977) |
No livro "Histórias e Estórias", Nascélio Limaverde conta os jornais da época traziam as previsões de Roque Macedo sobre a estação chuvosa seguinte. Considerava promissor o fato de os sapos - cururus e as jias acharem-se de "boca aberta no mundo".
Segundo os estudiosos mais experientes, antigamente o "inverno" começava mais cedo, em novembro, adentrando o ano novo com o capim do burro garantido, raramente estendendo-se a março. Banhado o vizinho Piauí era a certeza de alegria do agricultor cearense, pois sem muito tardar ela, a bendita água do céu, chegaria (crendice que persiste). Porém, as mudanças climáticas, marcando a ação do homem junto à natureza, começaram a surgir entre as décadas de 30 e 50, com o retardamento das chuvas, que iniciavam em janeiro, sendo que já nos anos 70 não eram garantias de chuva. Em 1973, numa matéria do Correio do Ceará, Roque de Macedo sugeriu chuvas a partir de março e acertou. Antes disso, mesmo com as precipitações de janeiro, ele alertou sobre as pragas das lagartas, que além de plantas comiam até pedra.
Profeta Lemos
Lemos: "vozes superiores" |
Pedro Lima
Lima acertou em 1989 |
Alcides Rocha
Alcides Rocha: Vênus como fonte de pesquisa (O Povo) |
Surgimento do Encontro
Ainda nos anos 1990 ocorreu um fato inusitado, quando os profetas da chuva acertavam as previsões mais vezes que a FUNCEME, órgão público responsável pelo monitoramento da meteorologia do Ceará. Aliado dos observadores agricultores, estava o caririense Caio Lóssio Botelho, professor titular do departamento de Geografia Física da UFC, que ia à imprensa quando discordava das previsões científicas oficiais do Estado, baseando-se, geralmente, nas correntes marítimas frias nas ilhas de Benguela e Malvinas, no Atlântico Sul. Acertou muito, mas também errou. Ninguém escapa, pois quem mudou foi a natureza, ofendida pelas ações maléficas do homem.
Profeta Antônio Lima no Açude do Cedro (Quixadá) |
Resumo dos encontros a partir de 2012:
2024
Profetas
Durante o encontro do dia 13 de janeiro no Instituto Federal do Ceará, sede de Quixadá, os profetas fecharam opiniões por dentro da média de chuvas no Ceará. Aliás, alguns acreditavam em precipitações acima da média. Clébio Viriato, secretário de Cultura de Quixadá, tocou num ponto interessante, em que, para os profetas, o "bom inverno" é agua para plantar e cisternas cheias, enquanto para o Estado açudes cheios.
Funceme
Janeiro:
Ceara: 37,2%
Castanhão: 36,41%
Orós: 50,72%
Banabuiú: 31,39%
Araras: 75,84%
Pentecoste: 16,57%
Cedro: 0,69%
2022
Acima da média: 40%
Dentro da média: 40%
Abaixo da média: 20%
Ceará: 21,4% de acumulado nos reservatórios em 20 de janeiro.
2021
No dia 20 de janeiro, com o Ceará contando com reserva de
25% nos açudes monitorados pela COGERH, a tradicional divulgação da previsão
das chuvas deixou certa frustação:
Acima da média: 10%
Dentro da média: 40%
Abaixo da média: 50%
Na reunião nos dias 23 e 24 de janeiro, no Paço Municipal de Quixadá, culminando com o 25° Encontro do Instituto de Pesquisas de Violas e Poesia Cultural Popular do Sertão Central, os profetas previram “bom inverno”. A maioria, entretanto, pediu cautela, pois as fortes chuvas só chegariam a partir de março, “enchendo os açudes”. Entre os participantes, novamente dona Lurdinha Leite, 83, com experiências em pedras de sal.
2021
2020
2019
2018
Quixadá 2018. O otimismo continua |
O evento foi promovido pelo IFCE; Centro de Educação, Ciências e Tecnologias da Região dos Inhamuns (Cecitec) da Universidade Estadual do Ceará (Uece); e Sindicato dos Trabalhadores Rurais, com apoio de instituições governamentais. Além do relato das experiências, houve apresentações culturais (violeiro, sanfoneiro, poesia) e apresentação de prognósticos oficiais de institutos meteorológicos. De Quixeramobim, veio Francisco Arcelino do Rego, 65, mais conhecido por Titico Baia. "Vamos ter chuva, não 100%, mas vai fazer água", disse. "Teremos mais água durante a segunda quinzena de janeiro, março e junho, com sol pelo meio". O agricultor disse que o pior período será a ocorrência de um veranico entre 15 de fevereiro e 15 de março. Outra previsão é que o mês de abril não será bom.
Otimismo também em Tauá |
Valderez de Lima foi categórico: "Com certeza, teremos um bom inverno, pelo que vi na barra de outubro, nos dias 18 e 28". Ele disse que vai aguardar a observação da Estrela Dalva, em janeiro vindouro, e da lua nova, e deixou um recado: "choveu, plante". O mais idoso dos profetas, Manoel Pereira, também prevê uma boa quadra chuvosa: "A barra e o tempo nublado no dia 8 deste mês e a passagem da lua deram bons sinais", frisou. O primeiro encontro dos profetas da chuva foi realizado em 2015, por uma iniciativa do professor do IFCE, hoje diretor do campus de Boa Viagem, João Paulo do Rego, após projeto de pesquisa sobre lavoura e pecuária nos Inhamuns. "Descobri que havia vários observadores da natureza, profetas que previam as chuvas", contou. "Quis reuni-los para ouvir as suas experiências".
O professor de Geografia do campus local do IFCE, Felipe Monteiro, ressaltou que o encontro tem por objetivo resgatar e manter viva a cultura do sertanejo. "Não nos interessa se há erros ou acertos nas experiências, e nem queremos confrontar com as previsões meteorológicas", explicou. "O nosso papel é valorizar essas observações, reconhecer as profecias dos agricultores, manter viva essa tradição e mostrar para a nova geração a importância desses profetas".
O idealizador do tradicional encontro de profetas da chuva da cidade de Quixadá, onde, no próximo dia 13 de janeiro, será realizada a edição de número 22, Hélder Cortez, diretor da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) veio conhecer o evento em Tauá. "Muito positivo. Segue a nossa linha da valorização cultural e a própria comunidade faz a avaliação de cada observador", destacou.”
2017
Dona Lourdinha, que usa madeira nas telhas: "Vai cair chuva". (Foto Diário do Nordeste) |
O otimismo prevaleceu durante o XXI Encontro dos Profetas da Chuva, em Quixadá CE. Com 21 participantes, a maioria acredita em boa quadra chuvosa em 2017, com mais intensidade a partir da segunda quinzena de fevereiro. Entretanto, insuficiente para encher os reservatórios.
2016
2015
2014
Profeta Erasmo Barreira e a morada do joão-de-barro. Otimismo. Foto Alex Pimentel |
2013
2012
Dos 32 participantes, a maior parte entendeu como “bom inverno”. Erasmo Barreira se baseou na construção de ninhos voltados para o poente pelo joão-de-barro (ou maria-de-barro) a fim de proteger os filhos das chuvas. Já o dentista Paulo Costa revelou se abster de sexo a partir do setembro anterior para leitura dos astros e orações (G1, jan 2012).
Dezembro 2015: Vórtice Ciclônico de Altos Níveis
2016 . A Esperança pela La Niña. Frustração.
No dia 13 de junho de 2016, a FUNCEME divulgou o balanço do período chuvoso (de fevereiro a maio), batendo com seus prognósticos de janeiro: 45,2% abaixo da média histórica, contra 30,3% de 2015. Um dos dez anos mais secos da história e o pior desde 2012. Dos 153 açudes monitorados, 120 com volume abaixo de 30% da capacidade, acumulando o Estado apenas 12,7% do total do armazenamento. O Vale do Curu, por exemplo estava com apenas 2,94%, enquanto o gigantesco Banabuiú 3,03%.
O alívio veio com a perspectiva de esfriamento das águas do Pacífico Norte e aquecimento da águas do Atlântico "o mais breve", com La Niña e bom período chuvoso em 2017, mas sem anúncio oficial. Até o final de julho o presidente da FUNCEME dizia estar cedo para a aguardada confirmação. A La Niña geralmente começa em outubro, mas até então sem sinais evidentes. A partir de 1991, quando as águas do Pacíficos atingiram 0,5°C negativos, houve 7 anos de seca, 7 anos de chuvas dentro da média histórica e 12 anos de muita chuva. Porém, em julho 2016 variava entre 0,5°C negativos e positivo.
2016: Quadra chuvosa. Balanço final da FUNCEME (13/06/2016):
O presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Martins, iniciou a coletiva de imprensa desta manhã, 13 de junho de 2016, lamentando ter que comunicar a consolidação do quinto ano de seca no Ceará. Entre os meses de fevereiro e maio, as precipitações observadas foram de 329,3mm. A média para o período é de 600,7mm, ou seja, choveu 45,2% abaixo da média.
“O principal fator para mais este ano de baixas precipitações foi o El Niño. A Funceme já tratava isso como uma preocupação desde dezembro de 2014, devido às perspectivas de que o fenômeno se estabeleceria com intensidade. Foi o que aconteceu. Agora, já estamos monitorando um provável resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, que dissiparia o El Niño e, talvez, configuraria uma La Niña. Ainda é cedo pra uma previsão, mas há possibilidade de um cenário mais positivo em 2017”, explicou Martins.
Durante a apresentação nesta manhã, na sede da Funceme, ele mostrou que as regiões mais afetadas com as poucas chuvas foram Jaguaribana, Sertão Central e Inhamuns. Na faixa litorânea as precipitações tiveram desvios negativos menores, conforme a tabela abaixo.
Além do El Niño no Pacífico, as condições do Oceano Atlântico não estiveram favoráveis na maior parte da quadra chuvosa, o que manteve a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais afastada do Ceará. Quando esse sistema atua pouco no Estado a qualidade do nosso principal período de precipitações fica comprometida.
Era o cenário mais provável
Em janeiro e em fevereiro de 2016, já ciente da intensidade do El Niño, a Funceme elaborou duas previsões climáticas que apontaram maior probabilidade de chuvas abaixo da média durante a quadra chuvosa.
No segundo semestre, conforme a característica climatológica do Ceará, quase não chove. Enquanto março e abril têm médias de 203,4mm e 188mm, em setembro e outubro, essas médias são de apenas 2,2mm e 3,9mm. “O Governo do Estado, através da Secretaria de Recursos Hídricos, tem priorizado a questão do abastecimento da população. Desde que lançamos o prognóstico de 2015 o esforço tem sido de se antecipar, garantindo as licitações para perfuração de poços”, destacou Martins.
Notícias de 2016
Após período de instabilidade atmosférica, em que uma massa de ar seco derrubou a umidade relativa do ar, no dia 8 de julho de 2016 o meteorologista da FUNCEME, Raul Fritz, confirmou o enfraquecimento do El Niño, e com 60% de chance de La Niña em 2017, evidenciando chuvas regulares. Ao mesmo tempo, o jornal Diário do Nordeste alertava para a possibilidade de volume morto do açude Castanhão, o maior do País, ainda em 2016, até então com 8,31% da capacidade, contra 33,25% do Orós, que alimenta a outra barragem.
No dia 19 de agosto de 2016, entrevistado pelo programa "Antenas e Rotativas" (Rádio Cidade AM, com Cid Carvalho), o engenheiro aposentado do DNOCS, Cássio Borges defendeu a tese de que a grandeza do Castanhão foi precipitada, pois provoca maior evaporação, sendo suficiente várias barragens pequenas interligadas. No mesmo dia, a COGERH anunciou que o maior açude do País contava com 7,27% da capacidade .No dia 11 de setembro estava com 6,75% e a CAGECE anunciava nova tarifa de contingência a partir de 18 daquele mês.
Durante o período pós-estação chuvosa, com a chegada de fortes ventos, é comum precipitações ao longo do litoral por conta de instabilidades atmosféricas. Em 2015, por exemplo, ocorreu o fenômeno "Distúrbio Ondulatório de Leste", chegando a cair 140,0 mm em Beberibe e 85,0 mm em Fortaleza.
Os ventos, porém, são sintetizados pela Funceme como deslocamento do Sistema de Alta Pressão Atmosférica do Oceano Atlântico Sul em direção ao Nordeste, que diminui a temperatura mas praticamente não provoca chuvas, embora, em anos secos, tenha relação com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Na metade de agosto de 2016, entretanto, fomos surpreendidos com a revelação da provável neutralização da El Niña entre março e maio de 2017, ou seja, incerteza sobre as chuvas. Segundo Raul Fritz, "existe 55% de possibilidade do fenômeno não atuar durante essa fase da estação chuvosa". Na sua opinião os agricultores deverão iniciar as plantações mais cedo caso se confirme essa tendência frustrante. Seria o maior período de estiagem do CE desde 1979 - 1983.
Um mês depois, a notícia de uma nova tarifa de contingência, podendo a multa chegar a 120% incidente sobre o valor não reduzido. Ou seja, ao consumidor será atribuída nova tarefa de redução de 10% da sua média consumida, prejudicando os que já vinham praticando.
No final de setembro, nova frustração para o cearense: a La Niña estaria se afastando, embora com o fim do El Niño, que não voltaria nem em 2017. Os especialistas, entretanto, se sustentavam na esperança dos esfriamento das águas do Pacífico Equatorial central e leste acima do normal, na primavera (outubro), o que traria a Zona de Convergência Intertropical e consequentemente chuvas no Nordeste a partir de outubro, dependendo do comportamento do Oceano Atlântico.
Para o meteorologista David Ferran, da FUNCEME, num período de cem anos, jamais ocorreu mudanças climáticas tão extremas.Enquanto na seca de 1951-55 a média de precipitações foi de 608 mm ao ano, a atual estiagem (2012-16) registrou 566 mm, problema que só se agrava. Os reservatórios, em ciclos pessimistas assim, não recebem recargas e o governo parte para o racionamentos enquanto desenvolve estudos para aliviar a carência d'água. Um deles trata da utilização de dessalinizadores, juntando-se às adutoras e construções de poços artesianos.
2017: Previsão da FUNCEME
Segundo David Ferran, diretor do órgão, nos últimos cinco anos (2012/16), 1% contabilizado das chuvas, ou 5 mm, transforma-se em reserva hídrica. Caso chovesse em média 900 mm, em vez de 500 mm ao ano, acumularia-se entre 40 mm a 50 mm.
O indutor de precipitações no Ceará, Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que trata da temperatura das águas do Atlântico, embora não agindo diretamente sobre o Estado, fez-se forte a partir de 10 de fevereiro de 2017, com ótimos registros no Cariri, Ibiapaba e Litoral Norte, e assim a FUNCEME previu as chuvas nos dias seguintes, a aguardada quadra chuvosa.
No dia 21 de fevereiro, a previsão oficial para os meses de março, abril e maio foi:
2017: Previsão do INPE pessimista
No dia 9 de fevereiro, o Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS), do Ministério da Ciência e Tecnologia, apontou a previsão de 40% de chances de chuva abaixo do normal no Ceará e estados vizinhos, na região semiárida. 35% dentro da média e 25% acima da média, entre fevereiro e abril, com aporte de água nos reservatórios apenas se ficar com a previsão mais otimista.
No dia 7 de abril, a previsão para o Nordeste durante o período de abril-junho foi mais pessimista:
45% para abaixo da média, 35% dentro da média e 20% acima da média. Isso por conta do afastamento do agente causador das chuvas na região, Zona de Convergência Intertropical.
2017: Quadra chuvosa. Balanço final da Funceme (12/06/2017):
Julho 2017. Governo diz que situação melhorou.
O Monitor de Secas no Nordeste (MSNE) admitiu, em 17 de julho, redução do grau de severidade da estiagem no Ceará, porém devido às chuvas no norte do Estado, onde não houve seca. Por outro lado, situação de severidade extrema no sul e sudoeste, não registrando mudanças em relação ao ano anterior. Enquanto o quandro mantém-se confortável entre o Acaraú e Camocim, continua grave nos Inhamuns, Cariri Norte e adjacências. No geral, nessa data (17/07/2017), a COGERH registrava 11,8% de acúmulo nos açudes monitorados, exatamente igual ao mesmo período de 2016.
COGERH (Armazenamento das bacias hidrográficas no CE):
2017: Resultado da Pré-Estação Chuvosa:
2018: Previsão Funceme. Otimismo.
Em evento realizado no auditório do Palácio da Abolição, nesta quarta-feira (18), o Governo do Ceará divulgou, por meio da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), órgão vinculado à Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), o prognóstico para a quadra chuvosa de 2017. Depois de cinco anos de seca, a probabilidade de chuvas dentro da média histórica é de 40% para os meses de fevereiro, março e abril. O cenário inspira cuidados e continuidade nas ações de segurança hídrica.
Apresentado pelo presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, o prognóstico trouxe as probabilidades de cada uma das três categorias (abaixo, em torno e acima da média histórica) referentes ao acumulado de precipitações dos próximos meses. No Ceará, há 30% de probabilidade para a categoria abaixo da média, 40% para a categoria em torno da média e 30% para a categoria acima da média.
Eduardo Sávio explicou que haverá uma ligeira tendência de chuvas acima da média para o setor noroeste do Estado do Ceará e, para o setor sudeste, uma tendência de chuvas em torno da média. "O setor sudeste é o que mais nos preocupa por conta do aporte de água dos reservatórios mais estratégicos do Estado. Em anos normais, que é a categoria mais provável, nós temos 50% de chances de ter escoamento significativo nos reservatórios. Então significa que teremos aí cerca de 55% de probabilidade, com base na previsão, de nós não termos escoamentos significativos para reservatórios como o Castanhão, Orós, etc", observou.
Eduardo Sávio (Funceme): probabilidade de El Niño em 2018 |
(Diário do Nordeste)
2018. INPE novamente pessimista. Pré-estação frustrante. Chuvas a partir de abril.
21 de janeiro de 2018. COGERH:
2019 - Previsão da FUNCEME indica piora em relação a 2018. Mas com chuvas dentro da média.
A divulgação dos dados foi presidida pelo secretário da Casa Civil, Élcio Batista, e contou com a participação do presidente da Funceme, Eduardo Sávio, do secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, do assessor especial de Relações Institucionais, secretário Nelson Martins, do secretário estadual de Meio Ambiente, Artur Bruno, e do secretário do Desenvolvimento Agrário, De Asis Diniz, dentre outros representantes de órgãos voltados aos trabalhos de Segurança Hídrica no Ceará – Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra) e Defesa Civil.
A previsão é resultado de análise da Funceme sobre os campos atmosféricos e oceânicos de grande escala, como também dos resultados de modelos numéricos globais e regionais, tanto da instituição estadual como de outras do País, incluindo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), além de institutos internacionais.
Representando o governador Camilo Santana no evento, o secretário da Casa Civil, Élcio Batista, enfatizou que o Governo do Ceará segue tratando os Recursos Hídricos como área prioritária no campo de políticas públicas e investimentos.
“Há uma preocupação permanente, diária, com essa questão dos Recursos Hídricos. Foi criado pelo governador Camilo Santana um encontro semanal para se tratar a questão hídrica, que é prioritária. Não poderia ser diferente, dada a nossa condição geográfica. Isso nos convoca para que todos estejamos permanentemente empenhados, seja como cidadãos em nossas casas, seja como servidores públicos, dentro dessa responsabilidade grande de encontrar soluções no semiárido nordestino. A gente tem feito muito esforço. Todos os investimentos realizados nos últimos quatro anos irão continuar. Por isso o Ceará é hoje uma referência no nosso País com a melhor estrutura de Recursos Hídricos.”
Abastecimento e aporte dos reservatórios
Teixeira também destacou que as chuvas dentro da média não significam aportes mais significativos. “É bom lembrar que, mesmo as chuvas dentro da média no Estado do Ceará, elas apresentam uma irregularidade espacial e temporal. Portanto, alguns reservatórios poderão ter aporte significativo, outros reservatórios não. O que nos preocupa, mesmo tendo as chuvas dentro da média, são os grandes reservatórios. A gente sabe que açudes como Castanhão, Orós, Banabuiú, que respondem por 60% de nossas reservas hídricas, só têm aporte significativo em períodos chuvosos muito intensos. Como não esperamos chuvas tão intensas, nós não deveremos ter aportes tão significativos nesses maiores”, pontuou.
Continuidade de ações
Durante a apresentação do prognóstico, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, reforçou que a categoria mais provável de chuvas para o Centro-Sul do Ceará é abaixo da normal, enquanto a região mais próxima da faixa litorânea deve estar acima da média. Sávio alertou para a necessidade da área de Segurança Hídrica manter-se focada em trabalhar estratégias com o objetivo de assegurar o controle sobre possíveis zonas críticas no Estado.
“Eu queria ressaltar que a categoria mais provável aqui na região Centro-Sul do Estado é de chuvas abaixo da média. A gente não pode deixar de lançar a informação diante do Estado de reservas que temos no Ceará nos reservatórios de Orós, Castanhão e Banabuiú. Então isso lança uma preocupação e ressalta a importância de a gente continuar mobilizado e pensando estratégias para se antever a possíveis problemas e apresentar soluções a essas regiões mais críticas”, explanou Eduardo.
Segundo prognóstico divulgado nesta sexta, observa-se ainda a tendência de redução das chuvas ao longo da estação chuvosa, principalmente a partir do mês de abril. O prognóstico indica probabilidades referentes a uma tendência média do volume acumulado de chuva para o trimestre como um todo e não para cada mês, em particular. Em fevereiro de 2019 será divulgado o prognóstico climático para o Ceará abrangendo o trimestre março, abril e maio.
O campo de anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) mostra, no oceano Pacífico equatorial, índices positivos, caracterizando um padrão similar ao de um El Niño, embora ainda não seja observado o acoplamento entre as condições oceânicas e atmosféricas.
Já no oceano Atlântico tropical observam-se áreas um pouco mais resfriadas (até -1oC) na bacia norte e um pouco mais aquecidas (até +1oC) na bacia sul, configurando um padrão similar ao de um dipolo do Atlântico tropical fracamente negativo, para o período analisado, podendo representar condições favoráveis para o posicionamento regular da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) sobre o setor norte do Nordeste. Observa-se ainda que os modelos de previsão de TSM do Pacífico indicam que o El Niño poderá se estabelecer até maio de 2019, contudo, com fraca intensidade.
As condições de TSM do Atlântico, por outro lado, têm apresentado nas últimas semanas, tendência de esfriamento nas bacias tropical norte e sul, reduzindo o gradiente de anomalias de TSM, o que seria uma situação menos favorável ao posicionamento da ZCIT sobre a porção norte da região Nordeste do Brasil. (Fonte Funceme)
2019 - Pré-Estação Chuvosa: 55,4% acima da média.
Os sistemas que atuam na Pré-Estação, como Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e o Cavado de Altos Níveis (CAN), estiveram mais presentes. Além disso, houve contribuição da ZCIT, que chegou a aproximar-se do Ceará¡ em determinadas situações.
As macrorregiões com maiores desvios positivos durante o período de dois meses foram os litorais do Pecém e de Fortaleza com, respectivamente, 115,5% e 98,3%. (FUNCEME)
2019: Previsão para a estação chuvosa (Março, Abril e Maio)
2019: O melhor março desde 2008.
Março de 2019 fechou com 245,0 mm de média de chuva, 19,3% acima da média do mês, graças às chuvas no final do mês no Cariri, que aliás, até então vinha com variação negativa. Segundo Raul Fritz, da FUNCEME, as águas mais quentes do Oceano Atlântico, próximas ao litoral nordestino e mais frias na Linha do Equador contribuíram para a aproximação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Apenas a microrregião do Sertão Central e Inhamuns apresentou índice negativo, no caso 2,4% abaixo do normal. Diante disso, os grandes açudes, Castanhão e Orós, com as cheias do Rio Salgado, começaram a receber maiores aportes. 29 açudes de pequeno porte, monitorados pela COGERH, sangravam.
2019: Balanço Final Estação Chuvosa - FUNCEME
2019 - Armazenamento:
5,07 % (15 de abril)
5,50% (31 de maio)
Orós:
5,39 % (28 de fevereiro)
8,14 % (15 de abril)
9,15 % (31 de maio)
5,85 % (28 de fevereiro)
9,29 % (15 de abril)
8,10% (31 de maio)
Araras:
20,18 % (28 de fevereiro)
48,0 % (15 de abril)
67,68 % (31 de maio)
Pentecoste:
4,93 % (28 de fevereiro)
15,86 % (15 de abril)
21,07 % (31 de maio)
Cedro:
0,87 % (28 de fevereiro)
1,52 % (15 de abril)
1,55 % (31 de abril)
2020: Previsão para a estação chuvosa, março, abril e maio, mais otimista.
2020 - Armazenamento:
Orós - 24/04/2020 - 21,39%
Banabuiú - 24/04/2020 - 9,09%
Araras - 24/04/2020 - 100%
Pentecoste - 24/04/2020 - 18,78 %
Arnairoz II - 24/04/2020 - 92,46 %
Cedro - 24/04/2020 - 1,07 %
2020 - Balanço de FEV - MAR - ABR
2020 - Fevereiro a Maio
Pré-Estação 2021
2021 - Previsão Fev - Abr
Acima da média: 10%
Dentro da média: 40%
Abaixo da média: 50%
2021 - Balanço da quadra chuvosa
O Ceará apresentou desvio negativo de 15,4% nas chuvas do período entre fevereiro e maio deste ano, conforme balanço divulgado, por meio de live no YouTube, pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Conforme a climatologia do Estado, a média para o quadrimestre é de 600,7 milímetros, enquanto o observado foi de 508,3 mm. O cenário de precipitações reduzidas e irregulares já era esperado pela Funceme, conforme prognóstico divulgado em janeiro deste ano.
“No primeiro mês da quadra, tivemos uns dias excelentes de chuva, quando houve uma boa distribuição espacial da chuva. Na ocasião, o sul e o oeste do Estado ficaram acima da média”, comenta o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.
Com os dados de fevereiro, o Ceará acabou fechando o mês dentro da normalidade, com um desvio de 6,2%. Já em março e abril, houve redução. As informações do Calendário de Chuvas apontaram desvios negativos de 7,3% e 33,5%, respectivamente.
“Houve alguns dias com boas chuvas, mas diferente do cenário do mês anterior, com o Litoral de Fortaleza um pouco mais chuvoso. No fim, acabou ficando abaixo da normalidade. Já no mês de abril, em termos de categoria observadas, nós tivemos uma grande porção do Ceará com precipitações abaixo da normalidade e algumas pequenas áreas acima”, diz Martins.
Por fim, no último mês da quadra chuvosa, as precipitações ficaram 24,3% abaixo da média. (COGERH)
Castanhão: 13,0%
Orós: 29,0%
Banabuiú: 9,0%
Pentecoste: 14,0%
Araras: 83%
Arneiroz II: 82,0%
Obs.: 11 pequenos açudes sangrando.
2022 - La Niña e chuvas no sul da Bahia causam otimismo
Em dezembro de 2021, temporais no Vale do Jequitinhonha (MG) e no sul da Bahia evidenciaram a presença do fenômeno La Niña, o que, segundo o Inmet, projetam chuvas de pré-estação, de dezembro a fevereiro de 2022, acima da média no Nordeste. Com os sistemas Zona de Convergência do Atlântico Sul e a La Niña, o Ceará teve 80% de chuvas acima da média durante esse período.
Mas no final de fevereiro, a Funceme anunciou piora na previsão.
ACIMA DA MÉDIA: 20%
DENTRO DA MÉDIA: 45%
ABAIXO DA MÉDIA: 35%
Isso por conta da "confluência de umidades a partir dos ventos dos hemisférios norte e sul, que não chegavam ao nosso continente". A Zcit se afastava do Ceará.
Fevereiro, porém, terminou frustrante em termos de chuva de modo que apenas cinco reservatórios sangravam até o início de março, todos pequenos. Até 7 de março a Cogerh registrava o acúmulo de 21,45% da capacidade dos reservatórios do Estado.
2022. Previsões confirmadas pelos Profetas
A quadra chuvosa, compreendida entre fevereiro e maio ficou
acima da média, conforme as previsões da maioria dos profetas da chuva , com volume médio de 620 mm, contra 533 mm do mesmo período de 2021.
Março, com a influência da ZCIT, foi o mês mais chuvoso, com 265 mm, cerca de
30% acima da média do período. Contudo, fevereiro e abril apresentaram dados
negativos, o que evidencia a má distribuição das chuvas no estado.
As macrorregiões do Litoral de Fortaleza e do Maciço de Baturité lideraram no aspecto de maiores precipitações, enquanto o Sertão Central e Ihamuns no sentido oposto. Somente na capital, foram 1522 mm, quase 60% a mais do que a média do ano anterior.
Contribuiu para as últimas chuvas de maio o sistema de Ondas de
Leste, uma vez que a ZCIT, que é um fenômeno meteorológico de intensidade de ventos
alísios, massas de ar quente e úmidas entre o centro e o leste do Oceano
Pacífico, dirigiu-se para o norte, contudo as instabilidades no Atlântico permitiram a continuidade das chuvas em junho.
Para a Funceme, onde historicamente chove mais (Fortaleza e Baturité), o volume de chuvas subiu, enquanto onde chove menos (Sertão Central e Inhamuns), decresceu. Segundo a Secretaria de Recursos Hídricos, a recarga do ano já garante o abastecimento d'água do Ceará por dois anos.
Com a confirmação da pre-estação chuvosa (2023) em novembro de 2022, os açudes monitorados chegaram a 33% de suas capacidades, melhor marca do período desde 2012. Os açudes Caldeirões e Germinal sangrando e outros cinco com 90% de seus volumes totais. Um mês com volume de chuvas de 65,2 mm, contra a média de 5,8 mm.
2022 - Armazenamento:
Março:
Ceara: 24,3%
Castanhão: 11,59%
Orós: 27,48%
Banabuiú: 8,12%
Araras: 68%
Pentecoste: 7,73%
Cedro: 0,0%
Abril:
Ceara: 36,3%
Castanhão: 21.37%
Orós: 47,98%
Banabuiú: 8,52%
Araras: 95,6%
Pentecoste: 10,62%
Cedro: 0,66%.
Maio:
Ceara: 38,0%
Castanhão: 23,28%
Orós: 49,49%
Banabuiú: 8,81%
Araras: 95,65%
Pentecoste: 12,72%
Cedro: N.I.
2023. Pré Estação começou em outubro de 2022
2023 - La Niña e chuvas no sul da Bahia causam otimismo
No dia 20 de janeiro a Funceme anunciou o prognóstico de chuva entre fevereiro e abril, otimismo que revelou a melhor expectativa desde 1998. embora algumas regiões devam passar por veranicos, provavelmente em fevereiro. Pesaram no relatório a tendência de condições neutras no Pacífico Equatorial, assim como fenômenos positivos no Atlântico Sul, favorecendo a Zona de Convergência Intertropical:
ACIMA DA MÉDIA: 50%
DENTRO DA MÉDIA: 40%
ABAIXO DA MÉDIA: 10%
2023. Confirmação dos prognósticos positivos
Foram 643,3 mm durante os quatro da quadra chuvosa, classificados dentro da média histórica e associadas à proximidade da Zona de Convergência Intertropical.
As chuvas acima da média em março levaram ao sangramento do quarto maior açude do Estado. Na noite de 10 de abril, o açude Paulo Sarasate, em Varjota, começou a sangrar após dez anos. Construído em 1951, o Araras, como é conhecido, beneficia a zona norte, compreendida no Vale do Acaraú. Contudo, as irregularidades das precipitações nos Sertões de Crateús/Inhamuns, com reservatórios atingindo apenas 29,27%, levaram alguns municípios a solicitar estado de emergência, ou seja, quadro de seca.
A partir de 16 de dezembro, iniciaram-se as chuvas de pré-estação de 2024, com precipitações que chegaram a 114 mm (Monsenhor Tabosa). Segundo a Funceme, as chuvas estavam associadas a um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e à borda norte do Cavado de Altos Níveis (CAN), originados no sul da Bahia.
Com 37,1 mm de precipitações, dezembro apresentou 17% de chuva acima da média do mês que é de 31,6%, a maioria associada ao VCAN, fechando o ano dentro das previsões dos profetas e da Funceme: em torno da média histórica.
Ceara: 51,0%
Castanhão: 31,88%
Orós: 67,34%
Banabuiú: 41,87%
Araras: 100,0%
Pentecoste: 26,08%
Junho:
Ceara: 50,0%
Castanhão: 31,17%
Orós: 66,12%
Banabuiú: 41,9%
Araras: 98,0%
Pentecoste: 25,03%
2024. Funceme tem previsão pessimista no início do ano. Mas mudou a partir de abril.
Os institutos de meteorologia concuíram que, por conta do quarto El Niño mais forte desde 1957, o ano seria frustrante para quem espeva chuvas. As análises eram pessimistas para o período chuvoso, março - abril:
ACIMA DA MÉDIA: 15%
DENTRO DA MÉDIA: 40%
ABAIXO DA MÉDIA: 45%
Janeiro iniciou, em plena pré-estação, chovendo em todas as macrorregiões e associadas à presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), comum na época, destacando-se Missão Velha, no Cariri, com 170,0 mm.
Já nos dias 10 e 11 de fevereiro, em meio a dias de calor intenso dia e noite, um transporte de umidade do Oceano Atlântico para o continente ocasionau um fenômeno pontual que resultou em fortes chuvas na região próxima a Fortaleza, chegando a 215,1 mm no posto do Pici. Esse aquecimento das águas marítimas pelo El Niño, segundo a Funceme, causaria mais chuvas durante o período da estação chuvosa. O mês de fevereiro acabou sureendendo positivamente. A atuação da ZCIT e da Zona de Convergência do Atlântico Sul, durante a segunda quinzena, foi responsável, segundo o jornal O Povo, pelo fevereiro mais chuvoso desde 1973, sendo sete açudes sangrando.
Encerrando-se o mês de março, a surpresa dos institutos após a confirmação de chuvas acima e dentro da média em fevereiro e março. De perspectiva desanimadora em janeiro, diante do "superelniño", as avaliações tecnicas começaram a mudar no início de abril. Em entrevista ao Diário do Nordeste, em 3 de abril, o meteorolista da Funceme Francisco Vasconcelos Junior informou o enfraquecimento do El Niño e elevação da temperatura do Oceano Atlântico, formando núvens e consequente previsão de chuvas dentro da média entre abril e maio. No dia 9 de abril, atrasando alguns dias para ter mais segurança nas informações, a Funceme divulgou a previsão de chuvas entre abril e maio. Anomalias positivas em reção ao El Niño, com águas mais frias no Pacífico Equatorial, que atream a aproximação da ZCIT, levaram à seguinte perspectiva:
No dia seguinte, 10 de abril, eio que o quarto maior açude de Estado o Araras, na Zona norte, volta a sangrar, exatamente um ano aós o último sangramento. O otismo quanto "um bom inverno" foi concretizado.
ACIMA DA MÉDIA: 30%
DENTRO DA MÉDIA: 40%
ABAIXO DA MÉDIA: 30%
No dia seguinte, 10 de abril, eis que o quarto maior açude de Estado, o Araras, na Zona Norte, voltou a sangrar exatamente um ano após o último sangramento. O otimismo quanto "um bom inverno" foi concretizado, e o mês fechou positivo, consolidando as chuvas do período chuvoso acima da média histórica.
CEARÁ 2024. Armazenamento:
Janeiro
Ceara: 38,5%
Castanhão: 23,97%
Orós: 50,72%
Banabuiú: 36,83%
Araras: 77,41%
Pentecoste: 17,52%
Arneiroz II: 74,48%
Fevereiro
Ceara: 40,0%
Castanhão: 24,71%
Orós: 51,22%
Banabuiú: 37,04%
Araras: 86,46%
Pentecoste: 18,25%
Arneiroz II: 75,31%
Março
Castanhão: 27,75%
Orós: 54,76%
Banabuiú: 37,91%
Araras: 90,35%
Pentecoste: 32,22%
Arneiroz II: 74,67%
Ceara: 56,4%
Castanhão: 36,04%
Orós: 74,38%
Banabuiú: 42,35%
Araras: 100,0%
Figueiredo: 33,20%
Pentecoste: 63,89%
Arneiroz II: 84,96
CEARÁ - FUNCEME (Médias históricas de 30 anos e médias registradas:
MAR: 206,5 mm - Registros: 2015: 181 mm - 2016: 130,4 mm - 2017: 206,2 mm - 2018: 119,9 mm - 2019: 234,6 mm - 2020: 277,5 mm - 2021: 188,7 mm - 2022: 265,6 mm - 2023: 203,4 mm - 2024: 234,1..
Obs: A FUNCEME considera em torno da média o apurado entre 505,6 mm e 698,8 mm durante o período fevereiro - maio, segundo matéria do Diário do Nordeste de 30 de maio de 2017. Portanto, nessa situação, com 619,9 mm, o período chuvoso do ano ficou dentro da média considerável, embora o normal seria a partir de 600,6 mm, o somatório das médias históricas oficiais de cada mês. O mesmo em 2018, com o apurado de 651,8 mm, mais chuvoso que o ano anterior.
Obs II: O acumulado de chuvas entre fevereiro e março de 2017 foi fundamental para a alavancada do setor agropecuário, que cresceu 41,26% em relação ao mesmo período de 2016, puxando a alta do PIB cearense no segundo semestre, época das safras. A produção de milho quadruplicou e a de feijão triplicou, assim como houve um aporte de 20% na de frutas.
Obs III: Em meio ao anúncio da aparente boa safra agrícola de 2017, confirmou-se o processo de esvaziamento dos grandes açudes, diante da baixa umidade e consequente aumento da temperatura a partir de agosto. Em setembro a COGERH registrou o acúmulo total de 10,3% da capacidade total dos açudes monitorados, estando os maiores, Castanhão, Orós e Banabuiú com 4,27%, 8,6% e 0,67%, respectivamente.
CEARÁ - ACUMULADO:
2022:
2019:
2018:
MAI: 16,9 %. 15 açudes sangrando. 29 acima de 90% da capacidade. Bacia de Coreaú chega a 90,56%.
DEZ: 10,8 %, com dois açudes sangrando.
DEZEMBRO 2018. BACIAS:
Coreaú: 64,24 %.
Litoral: 58,53 %.
Baixo Jaguaribe: 34,88 %. (Açude Orós com 5,7 %)
Ibiapaba: 31,8 %.
Acaraú: 25,1 %. (Açude Araras com 19,3 %)
Metropolitana: 21,19 %.
Salgado: 19,47 %.
Curu: 10,62 %.
Banabuiú: 6,89 %. (Açude Banabuiú com 5,42 %. Açude do Cedro com 0,75%)
Alto Jaguaribe: 6,22 %.
Sertões de Crateús: 5,64 %.
Médio Jaguaribe: 4,23 %. (Açude Castanhão com 4,21 %)
2017:
24 de MAR: 9,8% - Apenas os açude Caldeirões (Alto Jaguaribe), Acaraú Mirim (Massapê), Maranguapinho (RMF) e Valério (Alto Jaguaribe sangrando. Em 15 de março, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), apenas 6,5% do território em situação crítica de seca.
ABR: 12,7% - Dez pequenos açudes sangrando. Menos do que o mesmo período de 2016 (13,4%)
MAI: 12,6% - Nove pequenos açudes sangrando. Menos que o mesmo período de 2016 (12,9%) e anos anteriores. Ou seja, o menor volume registrado para maio. Orós, 10,41%; Castanhão, 5,7% e Banabuiú, 0,77%.
DEZ: 7,2 %.
Armazenamento até maio 2018:
Orós:
2007: 67,96 %
2008: 100 %
2009: 100 %
2017: 10,41 %
2018: 5,8 %
Castanhão:
2007: 60,79 %
2008: 88,96 %
2009: 94,53 %
2010: 72,48 %
2011: 82,39 %
2017: 5,7 %
2018: 8,0 %
Banabuiú:
2007: 46,65 %
2008: 77,79 %
2009: 92 %
2010: 75,78 %
2011: 91,27 %
2017: 0,77 %
2018: 5,4 %
2016:
FEV: 12,7 %
MAR: 12,3 %
MAI (31): 12,9 % (Fim da quadra chuvosa). Baixo Jaguaribe 0,2%.
JUN (13): 12,6 %. Baixo Jaguaribe 0,1%. Curu 2,9%.
JUL(20): 11,8%. Baixo Jaguaribe 0,2%. Curu 2,7%.
AGO (20): 10,8%
SET(12): 9%
2015:
MAR: 19,3 %
MAI: 19,3%
2014:
MAR: 29,4 %
ABR: 30,6 %
MAI: 32,3 %
2011:
JAN: 54,0 %
MAR: 61,1 %
ABR: 66,6 %
MAI: 73,2 %
JUN: 82,3 % (Maior desde 1986)
JUL: 81,2 %
2008:
JAN:42,5 %
FEV: 42,3 %
MAR:43,0 %
ABR: 58,8 %
JUN: 80,4 %
2004:
JAN: 25,2 %
MAR: 75,7 %
ABR: 77,6 %
MAI: 78,2 %
JUN: 78,2 %
2002:
DEZ: 34,9 %
FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):
FORTALEZA 2018:
Registrado até maio de 2018: 961,1 mm. 6,77% inferior.
FEV: Média: 163,2 mm. Registrado: 263,3 mm. 61,3 % superior.
MAR: Média: 324,1 mm. Registrado: 228,8 mm. 29,4 % inferior.
ABR: Média: 355,2 mm. Registrado: 220,2 mm. 38 % inferior.
(Até abril 15,45% abaixo da média na Capital)
MAI: Média: 200,8 mm. Registrado: 248,8 mm. 23,9% superior.
FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):
FORTALEZA 2017:
Média histórica: 1.031 mm.
Registrado até maio de 2017: 1190 mm. 15,42% acima da média.
FEV: Média: 163,2 mm. Registrado: 228,1 mm. 39,8 % superior.
MAR: Média:324,1 mm. Registrado: 477,5 mm. 47,3 % superior.
ABR: Média: 355,2 mm. Registrado: 335,2 mm. 5,6 % inferior.
MAI: Média: 200,8 mm. Registrado: 149,2 mm. 25,7 % inferior.
FORTALEZA 2016:
FEV - MAIO (ESTAÇÃO CHUVOSA):
Média histórica: 1.031 mmRegistrado até maio de 2016: 932 mm. 9,3% abaixo da média, mas dentro da categoria NORMAL, pois não ficou em 10% menor:
FEV: Média: 163 mm. Registrado: 169 mm. 3,6 % superior.
MAR: Média:324 mm. Registrado: 253 mm. 22 % inferior.
ABR: Média: 355 mm. Registrado: 413 mm. 16 % superior.
MAI: Média: 200 mm. Registrado: 97 mm. 50 % inferior.
2015: Registrado: 931 mm, também com maior defasagem em maio.
CE - ANOS COM MAIORES SECAS:
1711: (Fonte Joaquim Alves)
1754: (Fonte Joaquim Alves)
1760: (Fonte Joaquim Alves)
1766: (Fonte Joaquim Alves)
1772: (Fonte Joaquim Alves)
CURIOSIDADE:
Secou totalmente em:
1930 - 1932 - 1950 - 1991 - 2016.
1964
18/03/1968
30/04/1973
1978
25/02/1980
26/03/1981
Obs: Em 26/03/1960, em processo de construção, ainda chamado de Boqueirão das Cabeceiras, quando dois mil homens trabalhavam na ampliação em 15 metros da barreira, através de uma fenda, a mesma rompeu-se e por pouco não redundou em tragédia. 712 milhões de metros cúbicos. A consequência foi catastrófica, com o rio Jaguaribe invadindo todo o seu vale, destruindo e levando as populações à fuga para outras áreas, notadamente rumo à capital.
Limoeiro do Norte, março de 1960. Rio Jaguaribe impiedoso. Foto Sales |
CE - ANOS COM MELHORES CHUVAS:
CEARÁ - MAIORES CHUVAS:
Fortaleza - 06/04/1949 - 270,0 mm (Serviço de Meteorologia). Fonte: O Povo
Fortaleza - 03/04/1985 - 225,0 mm. Fonte: Cronologia Ilustrada de Fortaleza. Nirez.
Icapuí - 12/02/2017 - 223,6 mm. Fonte: Funceme.
Icapuí - 13/03/2020 - 220,0 mm.
Itarema - 23/03/2019 - 212,0 mm. Fonte: Funceme.
FORTALEZA - MAIORES CHUVAS:
02/06/1977 - 199,2 mm (O Povo)
CEARÁ 2024
Fortaleza - 11/02/2024 - 215,1 mm (Pici)
Paracuru - 28/02/2024 - 188,4 mm (Poço Doce)
Missão Velha - 01/01/2024 - 170,0 mm (Sede)
FORTALEZA 2024
Pici - 11/02/2024 - 215,1 mm
Castelão - 19/02/2024 - 90,5 mm.
CEARÁ 2023
Dep. Irapuan Pinheiro - 27/03/2023 - 230,0 mm (Betânia)
Independência - 02/04/2023 - 205,0 mm (Logradouro)
Milhã - 27/03/2023 - 190,0 mm (Sede)
Meruoca - 27/04/2023 - 189,0 mm (Sede)
São Gonçalo do Amarante - 27/04/2023 - 180,0 mm (Sede)
Icapuí - 25/01/2023 - 180,0 mm (Sede)
Maranguape - 27/04/2023 - 165,0 mm (Caluminjuba)
Crateús - 02/04/2023 - 161,0 mm (Monte Nebo)
Várzea Alegre - 20/01/2023 - 160,0 mm (Boa Vista)
Paracuru - 17/06/2023 - 160,0 mm (Jardim do Meio)
Barreira - 16/03/2023 - 160,0 mm (Sede)
Quixeramobim - 03/03/2023 - 155,0 mm (Uruque)
Beberibe - 03/03/2023 - 155,0 mm (Sede)
Uruburetama - 19/03/2023 - 150,6 mm (Açude Mundaú)
Caririaçu - 13/03/2023 - 150,0 mm (Sede)
Milagres - 13/03/2023 - 149,0 mm (Sede)
Senador Sá - 27/04/2023 - 143,0 mm (Salão)
Altaneira - 13/03/2023 - 143,0 mm (São Romão)
Amontada - 16/03/2023 - 143,0 mm (Santa Cruz
Icó - 01/02/2023 - 143,0 mm (Sede)
Lavras da Mangabeira - 02/01/2023 - 140,0 mm (Iborepi)
Lavras da Mangabeira - 02/03/2023 - 140,0 mm (Iborepi)
Bela Cruz - 28/03/2023 - 140,0 mm (Prata)
Granjeiro - 14/03/2023 - 139,2 mm (Cana Brava dos Ferreira)
Varjota - 28/03/2023 - 138,0 mm (Dipan)
Acaraú - 28/03/2023 - 138,0 mm (Aranaú)
Moraújo - 27/04/2023 - 137,0 mm (Varzea da Volta)
Abaiara - 13/03/2023 - 135,0 mm (Sede)
Itapipoca - 16/03/2023 - 135,0 mm (Arapari)
Massapê - 27/04/2023 - 133,0 mm (Gameleira)
Jijoca de Jericoacoara - 28/03/2023 - 131,0 mm (Sede)
Cruz - 28/03/2023 - 130,8 mm (Pitombeiras)
Cascavel - 03/03/2023 - 130,0 mm (Guanacés)
Jaguaribe - 20/01/2023 - 129,4 mm (Sítio Severo)
Tamboril - 15/03/2023 - 129,0 mm (Sede)
Maranguape - 27/04/2023 - 128,4 mm (Viçosa 1)
Crato - 27/03/2023 - 127,0 mm (Lameiro)
Jucás - 27/03/2023 - 126,0 mm (Baixio de Donana)
Aurora - 14/03/2023 - 125,8 mm (Ingazeira)
Itapipoca - 04/03/2023 - 125,4 mm (Praia da Baleia)
Maranguape - 03/03/2023 - 125,0 mm (Columinjuba)
Nova Russas - 17/03/2023 - 125,0 mm (Canindezinho)
Crato - 09/04/2023 - 125,0 mm (Santa Fé)
Cariré - 18/03/2023 - 124,4 mm (Juca)
Quixeré - 17/03/2023 - 124,0 mm (Sede)
Varjota - 22/03/2023 - 122,0 mm (Dipan)
Cariré - 22/03/2023 - 122,0 mm (Sede)
Milagres - 27/03/2023 - 121,0 mm (Valdivino)
FORTALEZA 2023:
Defesa Civil - 25/01/2023 - 83,0 mm
CEARÁ 2022
FORTALEZA 2022:
Agua Fria - 02/06/2022 - 113,0 mm
CEARÁ 2021
Crateús - 16/02/2021 - 200,0 mm (Santa Terezinha)
Cariús - 14/02/2021 - 180,0 mm (Sede)
Quiterianópolis - 16/02/2021 - 170,0 mm (Cruz)
Tianguá - 07/12/2021 - 170,0 mm (Sede)
Jati - 16/02/2021 - 167,6 mm (Macapá)
Granja - 17/02/2021 - 161,0 mm (Parazinho)
Milagres - 16/02/2021 - 160,5 mm (Sede)
Jucás - 14/02/2021 - 156,0 mm (Sede)
Ararendá - 16/02/2021 - 150,0 mm (Sede)
Abaiara - 13/03/2021 - 145,0 mm (Sede)
Acopiara - 16/02/2021 - 140,0 mm (Ebrom)
Barro - 29/04/2021 - 138,1 mm (Sede)
Fortaleza - 30/04/2022 - 136,9 mm (Pici)
Pedra Branca - 16/02/2021 - 136,0 mm (Capitão Mor)
Abaiara - 16/02/2021 - 135,0 mm (Sede)
Quixelô - 06/05/2021 - 133,4 mm (Sede)
Tauá - 16/02/2021 - 132,9 mm (Sede)
Jijoca de Jericoacoara - 16/02/2021- 132,0 mm (Sede)
Icó - 14/02/2021 - 130,0 mm (Cascudo)
Mucambo - 16/02/2021 - 125,0 (Sede)
Granja - 16/02/2021 - 125,0 (Tiaia de Baixo)
Iguatu - 14/02/2021 - 124,0 mm (Baú)
Cariús - 16/02/2021 - 123,0 mm (Sede)
Saboeiro - 16/02/2021 - 123,0 mm (Itaporanga)
Barro - 31/12/2021 - 121,4 mm (Brejinho)
Fortaleza - 26/03/2021 - 121,2 mm (Messejana)
Iguatu - 06/05/2021 - 119,0 mm (Sede)
S. João do Jaguaribe - 29/04/2021 - 118,0 mm (Sede)
Maracanaú - 08/05/2021 - 118,0 mm (Sede)
Mombaça - 30/12/2021 - 117,0 mm (Sede)
Ibiapina - 20/02/2021 - 115,5 mm (Sede)
Itaitinga - 07/05/2021 - 115,0 mm (Sede)
Fortaleza - 26/03/2021 - 115,0 mm (Água Fria)
Cedro - 14/02/2021 - 115,0 mm (Ematerce)
Lavras da Mangabeira - 14/02/2021 - 113,0 mm (Amaniutuba)
Missão Velha - 16/02/2021 - 112,0 mm (Sede)
Jucás - 16/02/2021 - 112,0 mm (Baixio de Donana)
Crato - 26/02/2021 - 110,0 (Lameiro)
Cascavel - 01/03/2021 - 110,0 mm (Guanacés)
Ipaporanga - 22/04/2021 - 110,0 mm (Sede)
Icapuí - 08/05/2021 - 110,0 mm (Sede)
Missão Velha - 14/02/2021 - 109,0 mm (Sede)
Itapipoca - 15/05/2021 - 108,8 mm (Baleia)
Uruburetama - 01/03/2021 - 108,0 (Açude Mundaú)
Irapuan Pinheiro - 17/02/2021 - 103,0 mm (Sede)
Milhã - 103,0 - 03/07/2021 (Carnaubinha)
Pedra Branca - 102,0 - 03/07/2021 (Mineirolândia)
Cascavel - 05/05/2021 - 100,2 (Sede)
Dep. Irapuan Pinheiro - 100,0 - 03/07/2021 (Betânia)
Altaneira - 100,0 - 19/04/2021 (Sede)
CEARÁ 2020
Cariús - 16/03/2020 - 158,0 mm (São Sebastião)
Nova Russa - 11/03/2020 - 157,0 mm (Nova Betânia)
Crateús - 25/03/2020 - 157,0 mm (Ibiapaba)
Redenção - 31/01/2020 - 145,0 mm (Acarape do Meio)
Iracema - 18/02/2020 - 144,0 mm (Bastiões)
Pindoretama - 17/04/2020 - 142 mm (Sede)
Tamboril - 09/01/2020 - 139,0 mm (Oliveira)
Boa Viagem - 18/02/2020 - 137,0 mm (Sede)
Ipaporanga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)
Poranga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)
Jaguaruana - 10/01/2020 - 136,0 mm (Borges)
Tejuçuoca - 07/07/2020 - 135,0 mm (Fazenda Malaquias)
Quixeré - 15/02/2020 - 135,0 mm (Lagoinha)
Amontada - 05/02/2020 - 133,0 mm (Icaraí)
Juazeiro do Norte - 26/03/2020 - 133,0 (Sede)
Fortaleza - 15/03/2020 - 132,3 mm (Castelão)
Jaguaribe - 25/03/2020 - 132,0 mm (Sede)
Beberibe - 13/03/2020 - 130,2 mm (Paripueira)
Potengi - 24/03/2020 - 130 mm (Barreiros de Baixo)
Cariús - 19/01/2020 - 128,0 mm (Angico)
Baturité - 31/01/2020 - 127,0 mm (Sede)
Ererê - 25/03/2020 - 125,0 mm (Sede)
Ererê - 21/04/2020 - 125,0 mm (São João)
Acaraú - 24/04/2020 - 125,0 mm (Aranaú)
Sobral - 23/04/2020 - 125,0 mm (Aracatiaçu)
Ererê - 18/02/2020 - 123,0 mm (Açude Santa Maria)
Farias Brito - 01/01/2020 - 122,0 mm (Cariutaba)
Mombaça - 18/04/2020 - 122,0 mm (Sede)
Acaraú - 11/01/2020 - 120,1 mm (Aranaú). Obs: 218,3 mm em dois dias.
Ererê - 25/02/2020 - 120,0 mm (Sede)
Iguatu - 16/03/2020 - 120,0 mm (Barro Alto)
Cedro - 19/04/2020 - 120,0 mm (Ematerce)
Nova Russa - 11/03/2020 - 157,0 mm (Nova Betânia)
Crateús - 25/03/2020 - 157,0 mm (Ibiapaba)
Redenção - 31/01/2020 - 145,0 mm (Acarape do Meio)
Iracema - 18/02/2020 - 144,0 mm (Bastiões)
Pindoretama - 17/04/2020 - 142 mm (Sede)
Ipaporanga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)
Poranga - 25/03/2020 - 137,0 mm (Sede)
Amontada - 05/02/2020 - 133,0 mm (Icaraí)
Juazeiro do Norte - 26/03/2020 - 133,0 (Sede)
Fortaleza - 15/03/2020 - 132,3 mm (Castelão)
Jaguaribe - 25/03/2020 - 132,0 mm (Sede)
Beberibe - 13/03/2020 - 130,2 mm (Paripueira)
Potengi - 24/03/2020 - 130 mm (Barreiros de Baixo)
Cariús - 19/01/2020 - 128,0 mm (Angico)
Baturité - 31/01/2020 - 127,0 mm (Sede)
Ererê - 25/03/2020 - 125,0 mm (Sede)
Ererê - 21/04/2020 - 125,0 mm (São João)
Acaraú - 24/04/2020 - 125,0 mm (Aranaú)
Sobral - 23/04/2020 - 125,0 mm (Aracatiaçu)
Ererê - 18/02/2020 - 123,0 mm (Açude Santa Maria)
Mombaça - 18/04/2020 - 122,0 mm (Sede)
Ererê - 25/02/2020 - 120,0 mm (Sede)
Iguatu - 16/03/2020 - 120,0 mm (Barro Alto)
Cedro - 19/04/2020 - 120,0 mm (Ematerce)
FORTALEZA 2020:
Castelão - 17/04/2020 - 85,7 mm
Castelão - 02/03/2020 - 85,4 mm
Messejana - 01/02/2020 - 64,8 mm (Obs: precipitação do dia anterior)
CEARÁ 2019:
Quiterianópoles - 16/02/ 2019 - 189,9 mm (Monteiro)
Lavras da Mangabeira - 31/03/2019 - 181,0 mm (Iborepi)
Granja - 14/02/2019 - 176,0 mm (Timonha)
Tabuleiro do Norte - 14/02/2019 - 167,2 mm (Sede)
Santana do Cariri - 22/03/2019 - 160,0 mm (Sede)
Iguatu - 25/03/2019 - 158,0 mm (Quixoa)
Acaraú - 23/03/2019 - 150,0 mm (Sede)
Jijoca de Jericoacoara - 03/04/2019 - 149,0 mm (Jericoacoara)
Fortaleza - 15/04/2019 - 148.4 mm (Água Fria)
Cariús - 31/03/2019 - 147,0 mm (Angicos)
Sobral - 22/05/2019 - 143,1 mm (Boqueirão)
Camocim - 01/04/2019 - 140,0 mm (Sede)
Abaiara - 04/04/2019 - 140,0 mm (Sede)
Barroquinha - 22/03/2019 - 137,2 mm (Sede)
Aurora - 31/03/2019 - 136,0 mm (Santa Vitória)
Várzea Alegre - 31/03/2019 - 135,0 mm (Boa Vista)
Chaval - 01/04/2019 - 135,0 mm (Sede)
São Gonçalo do Amarante - 132,0 mm (Croatá)
Chaval - 22/03/2019 - 132,0 mm (Sede)
Crato - 04/04/2019 - 130,0 mm (Lameiro)
Coreaú - 01/04/2019 - 126,0 mm (Urubu)
Ibiapina - 24/03/2019 - 126,0 mm (Sede)
Iracema - 06/01/2019 - 126,0 mm (Bastiões)
São Gonçalo do Amarante - 24/02/2019 - 125,0 mm (Sede)
Bela Cruz - 22/03/2019 - 125,0 mm (Sede)
Brejo Santo - 04/04/2019 - 130,0 mm (Sede)
Itapipoca - 11/04/2019 - 122,6 mm (Sede)
Solonópole - 24/03/2019 - 122,0 mm (Açude Tigre)
Amontada - 14/03/2019 - 122,0 mm (Barra das Moitas)
Pacatuba - 24/02/2019 - 121,3 mm (Escola Luiza Teodoro)
Jijoca de Jericoacoara - 03/03/2019 - 121,1 mm (Jericoacoara)
Farias Brito- 24/03/2019 - 121,0 mm (Cariatuba)
Amontada - 11/04/2019 - 121,0 mm (Icaraí)
Ibiapina - 16/02/ 2019 - 120,5 mm (Sede)
Fortaleza - 24/02/2019 - 120,3 mm (Castelão)
Amontada - 01/04/2019 - 120,0 mm (Icaraí)
Crato - 16/02/ 2019 - 120,0 mm (Lameiro)
Crato - 19/03/ 2019 - 120,0 mm (Lameiro)
Morada Nova - 22/05/2019 - 120,0 mm (Açude Cipoada)
FORTALEZA 2019:
Água Fria - 19/01/2019 - 105,0 mm
Obs.: Boletins da FUNCEME, no Pici, em Fortaleza, registraram 54,0 mm e 66,4 mm nos dias 1 e 2 de fevereiro, respectivamente. Do total, mais de 110,0 mm corresponderam apenas ao dia primeiro, até então o dia mais chuvoso na capital.
CEARÁ 2018:
Farias Brito - 06/12/2018 - 178,0 mm (Sede)
Granja - 09/04/2018 - 173,0 mm (Timonha)
Itarema - 12/04/2018 - 164,4 mm (Fazenda Aguapé)
S. Gonçalo do Almarante - 12/04/2018 - 150,4 mm (Croatá)
Mauriti - 27/01/ 2018 - 150,0 mm (Mararupa)
Cedro - 24/11/2018 - 150,0 (Várzea da Conceição)
Milagres - 20/02/2018 - 148,0 mm (Serra Brava)
Catunda - 11/04/2018 - 142,0 mm (Paraíso)
Aracoiaba - 17/04/2018 - 136,0 mm (Furnas)
Russas - 08/04/2018 - 135,0 mm (Peixe)
Santana do Cariri - 24/12/2018 - 139,1 mm (sede)
Fortaleza (Água Fria) - 10/05/2018 - 134,0 mm
Caririaçu - 02/04/2014 - 134,0 mm (Vila Feitosa)
Coreaú - 11/04/2018 - 133,0 mm (Urubu)
Morrinhos - 13/02/2018 - 132,0 mm (sede)
S. Luis do Curu -15/02/2018 - 131,0 mm (sede)
Viçosa do Ceará - 08/02/2018 - 127,8 mm (sede)
Uruóca - 12/04/2018 - 127,0 mm (Campanário)
Ipaumirim - 24/12/2018 - 125,2 mm (sede)
Quixadá - 17/04/2018 - 125,0 mm (Sede)
Tauá - 06/12/2018 - 125,0 mm (Vera Cruz)
Irauçuba - 15/02/2018 - 124,0 mm (Sede)
Quixeramobim - 31/03/2018 - 124,0 mm (Encantado)
Barro - 20/02/2018 - 122,4 mm (sede)
Ibaretama - - 17/04/2018 - 122,0 mm (Niterói)
Novo Oriente - 08/04/2018 - 122,0 mm
Barroquinha - 11/04/2018 - 122,0 mm (Sede)
Barreira - 17/02/2018 - 121,0 mm (Sede)
Icó - 30/03/2018 - 121,0 mm (Cascudo)
Ipu - 29/03/2018 - 121,0 mm (Flores)
Massapê - 11/05/2018 - 120,4 mm (Gameleira)
Hidrolândia - 29/03/2018 - 120,0 mm (Sede)
Ibiapina - 14/04/2018 - 120,0 mm (Sede)
Amontada - 15/02/2018 - 119,0 mm (Jacuípe Nascente)
Poranga - 01/03/2018 - 119,0 mm (sede)
Martinópole - 13/02/2018 - 117,0 mm (sede)
Lavras da Mangabeira - 24/11/2018 - 117,0 (Quitaius)
Ibiapina - 02/03/2018 - 115,0 mm (sede)
Fortaleza - 10/03/2018 - 115,0 mm (Pici)
FORTALEZA 2018:
Água Fria - 10/05/2018 - 134,0 mm
Pici - 10/03/2018 - 115,0 mm
Água Fria - 07/07/2018 - 108,2 mm
Pici - 16/04/2018 - 90,8 mm
CEARÁ 2017:
Tururu - 03/03/2017 - 180,0 mm
Alto Santo - 18/02/2017 - 178,6 mm
Caucaia (Tucunduba) - 11/02/2017 - 168,0 mm
Ibicuitinga - 18/02/2017 - 157,0 mm
Morada Nova - 18/02/2017 - 155,6 mm
Beberibe - 03/03/2017 - 148,0 mm
Fortim- 03/03/2017 - 144,0 mm
Granja (Timonha) - 02/07/2017 - 144 mm
Granja (Timonha) - 06/03/2017 - 132,0 mm
Cariús - 01/06/2017 - 126,0 mm
Jaguaretama - 20/01/2017 - 125,0 mm
Itaitinga - 11/02/2017 - 122,0 mm
Cedro - 03/06/2017 - 120,0 mm
Itaiçaba - 02/03/2017 - 121,4 mm
Cascavel - 03/03/2017 - 118,0 mm
São Gonçalo - 29/05/2017 - 118,0 mm
Paracuru - 29/05/2017 - 117,0 mm
Amontada (Icaraí) - 29/05/2017 - 117,0 mm
Amontada (Icaraí) - 11/02/2017 - 116,0 mm
Aracoiaba - 11/02/2017 - 116,0 mm
Aquiraz - 11/02/2017 - 115,0 mm
Viçosa do Ceará - 15/03/2017 - 115,0 mm
FORTALEZA 2017
Pici - 11/02/2017 - 107,8 mm
Castelão - 11/04/2017 - 101,2 mm
CEARÁ 2016:
FORTALEZA 2016:
CEARÁ 2015:
FORTALEZA 2015:
Água Fria - 03/01/2015 - 145,2 mm
CEARÁ 2014:
CEARÁ 2013:
CEARÁ 2012:
Ano atípico, pois ocorreu La Niña e ao mesmo tempo seca, como em 1951, 1981 e 2001. A FUNCEME classificou o ano como o da quinta maior seca da história e a maior desde 1983.
CEARÁ 2011:
2011 foi o último ano de período chuvoso de então, com 41% acima da média histórica do Ceará, mas ruim no Vale do Curu, que vinha de seca em 2010. Portanto, chegou a sete anos de seca até 2016, daí o colapso no açude de Pentecoste, onde os plantadores de coco cavaram poços. A maioria dos profetas acertou as previsões:
FORTALEZA 2011:
Média anual: 1.467,1 mm. Registrado: 2.075,4 mm, desvio positivo de 41%.
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